Nem uma coisa e nem outra. Vamos entender como são as coisas caro leitor. Como bem sabemos, biblicamente falando, fomos criados a imagem e semelhança de Deus e para muitos aí começam os problemas e a grande confusão que se propaga na vida das pessoas promovem muitas inseguranças, dúvidas e se, nos deixarmos levar por pensamentos de curto alcance, seremos derrotados muito facilmente pela tentação do desânimo. Quando o sujeito começa a pensar que foi feito a imagem e semelhança de Deus e olha ao mesmo tempo para sua vida, uma das perguntas que cedo ou tarde poderá surgir é a de que: se Deus é perfeito (Mateus 5,48), como é que o ser humano criado a sua imagem e semelhança (Gênesis 1,26) parece tão diferente do agir divino e dá tantas cabeçadas pela vida? Ora, se somos seus semelhantes por que agimos tão diferente? As coisas não são tão difíceis quanto podem parecer, vamos com calma seguir uma linha de raciocínio para entendermos como tudo funciona. Uma anta não foi criada a imagem e semelhança de Deus, nem uma muriçoca. Nós, seres humanos, únicos na terra a possuir corpo e alma sim. Aqui já podemos vislumbrar uma primeira direção. A imagem e semelhança tem, num primeiro momento, um caráter físico. Mas como fica então a questão do Espírito Santo, que apareceu em forma de pomba? Então todas as pombas foram feitas a imagem e semelhança dele? Agora bagunçou tudo! Bagunçou caro leitor? Não bagunçou não, senão a bagunça seria maior ainda porque em Atos dos Apóstolos lemos que o Espírito Santo apareceu em forma de línguas de fogo. Para esclarecermos a questão de forma resumida, as escrituras trazem, para bem descrever, em forma de representações simbólicas a figura de pessoas e acontecimentos pois, se acreditamos na Santíssima Trindade, fica fácil entender que são três pessoas, e não duas pessoas e uma pomba, ou duas pessoas e um amontoado de línguas de fogo. Vejamos um exemplo. Podemos dizer assim: Você viu aquele carro? Passou neste cruzamento como um avião, voando baixo, parecia até um caça militar! Ou ainda mais este: Eu vi o palhaço do Joãozinho alegrando a todos com suas macaquices! E então, foi um carro ou um avião que passou pelo cruzamento, ou o carro passou do mesmo modo que anteriormente tinha passado um avião? E Joãozinho tinha um palhaço, estava ele fantasiado de palhaço ou Joãozinho era o nome do macaco que fazia suas macaquices? Percebem? A comparação é simples mas demonstra como se dão as coisas na bíblia. Por isso é preciso sempre a luz do Espírito Santo para bem compreender os seus escritos sagrados. Sendo assim, se a forma já entendemos quanto a semelhança da criatura humana para com seu criador, ainda resta a questão comportamental, que tange o espírito de cada um. Somos perfeitos ou imperfeitos? Nem um e nem outro. Somos perfectíveis. E aqui mora a beleza de tudo. Deus, ser perfeito não nos criaria imperfeitos porque não seria possível entrarmos no céu, morada do três vezes santo. Nossa busca pela perfeição conforme lemos em Mateus 5,48 nos diz que somos capacitados para alcançar a perfeição, que é o mesmo que alcançar a santidade, pois somente como santos passaremos pela porta estreita. Os salvos, mas ainda não santos, se morrem, completam seu processo no purgatório. Se morrem como santos, caminham para as moradas eternas. Deus, em sua infinita sabedoria nos fez perfectíveis para que possamos passar do estado em que estamos para a estatura de Cristo. Assim como o corpo humano de um atleta, por exemplo, melhora suas capacidades através do treinamento, ou uma pessoa melhora suas faculdades através dos estudos, assim o conjunto humano de corpo e alma, é capacitado para crescer no amor subindo pelos degraus das provações e tentações do vale de lágrimas. Todos são criados por Deus com o propósito divino da santidade, que é perfeita, para um dia chegarem à pátria celeste. Não somos imperfeitos, pois se fossemos não seria justo da parte de Deus exigir de nós que carregássemos a cruz de cada dia, porque não teríamos condições de transforma-la em passaporte para o céu. Se fossemos criados perfeitos não nos faltaria nada e então não haveria sentido algum em existir provações e tentações pois o que é perfeito é aquilo que não lhe falta mais nada. Como somos perfectíveis somos maleáveis e suscetíveis e isso nos permite compreender o porquê de nossa condição. fonte: Jefferson Roger
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