Um dos sentidos do ser humano que mais contribui para gerar informações para o cérebro é o da visão. Através dela podemos tomar consciência do mundo que nos cerca. Nesse mundo, inevitavelmente, se enxergamos, então colocamos em prática a atitude da observação. O ato de observar pode ser nosso aliado ou nosso inimigo, dependendo de como interagimos com esse sentido. A grande maioria das pessoas já ouviu dizer que “quem vê cara, não vê coração. Também já ouviu dizer que “não se julga um livro pela capa”. E também ouviu que é preciso ter “cuidado, as aparências enganam”. No mundo em que vivemos o sentido da visão é muito explorado por nosso inimigo. Ele sabe que pelos olhos podem entrar as tentações e se alojarem no coração. Se este sentido ceder, os outros o acompanharão. Vejamos um exemplo. O marido, cujo casamento não vai bem mas, detalhe, não vai bem segundo a concepção do marido, porque as coisas não estão saindo no dia a dia como ele quer, começa então a cogitar a opção de se envolver com outra mulher, na tentativa inicial, não de prejudicar o casamento mas apenas para satisfazer o que imagina não receber da esposa. Assim que o diabo souber disso, e podemos ter certeza ele vai saber porque anda espreitando como um leão procurando a quem dar o bote, ele irá providenciar as tentações necessárias. Usando o sentido da visão, ele apresenta ao candidato a adúltero uma mulher bonita e atraente. Se o sentido ceder e a aproximação acontecer, o sentido do olfato será o próximo porque com certeza a mulher que o diabo arranjou estará bem perfumada. Caindo o sentido do olfato, quase ao mesmo tempo o sentido da audição recebe a mesma investida e a voz da mulher entra pelos ouvidos como um canto de sereia, falando exatamente tudo que o homem gostaria de ouvir em casa. Mais um pouco, o próximo a sucumbir é o sentido do tato, porque após a proximidade começam os primeiros toques descompromissados e disfarçados de ingênuos e em seguida os toques mais ousados começam a tomar forma e vão entrando em cena, pouco a pouco. Por fim, faltando apenas o sentido do paladar, o beijo que sela o pacto do pecado entre os adúlteros é motivo de festa no inferno. Com todos os sentidos envolvidos na perdição, independente da ordem em que foram atacados, os próximos passos cuidam de dominar em definitivo o coração e mente e continuar a empurrar cada vez mais para baixo, no sentido da rampa que leva ao abismo do inferno, os pobres infelizes que procurando a felicidade onde ela não se encontra, conseguiram apenas encontrar uma imitação barata dela, proporcionada pelo diabo. Mas ele, o diabo é esperto, e para que você não sofra com isso, vindo a se arrepender, ele te ajuda a arranjar justificativas para o que estais fazendo. Você sempre procurou ser correto, justo, honesto, batalhador, uma pessoa de família, cumpridor de suas obrigações na sociedade, bom marido ou esposa, bom pai ou mãe, bom filho ou filha, se esforçou para estudar, para ter um emprego que te possibilite uma dignidade e em troca você recebe uma vida cheia de dificuldades? O dinheiro é curto? Vira e mexe fica desempregado? Não consegue ter um carro que gostaria? Morar num lugar que gostaria? Ser inteligente o quanto gostaria? Ter os bens que gostaria? Puxa vida! Você foi a vida toda uma pessoa boa e o que ganhou com isso? Algo do que quis você ganhou? Pelo menos alguma coisa ou nem isso? Pois é e ainda por cima, tudo para você é difícil e aquela pessoa que você conhece é quase o oposto do que você é e tudo para ela parece mais fácil na vida? Tudo que você não tem ela tem? Ou tem muito mais do que você tem? O que você ganhou com isso, sendo bonzinho? A pergunta está completamente errada! Como diz Santa Teresa de Calcutá no fim das contas as coisas sempre são entre nós e Deus, nunca foram entre nós e o outro. Então a pergunta é: a vida toda procuramos fazer o que agrada a Deus, o que ganhamos com isso? Ahhhh, agora sim. Esta pergunta está completamente alinhada com o evangelho porque Jesus disse que de que vale o homem ganhar o mundo inteiro se vier a perder a sua alma? É preciso colocar em mente a necessidade constante de vivermos tudo aquilo que rezamos na oração do Pai Nosso. Através dela, se mergulharmos em seu cerne, iremos entender que a recompensa verdadeira não está no agora, está na eternidade. Se realmente temos fé e acreditamos nas promessas de Jesus, os sofrimentos, como diz São Paulo, não tem comparação com o que nos aguarda nos céus. Se formos perseverantes até o fim, como nos ensina Jesus, seremos salvos. Porém, Jesus também disse que é possível recebermos a recompensa agora, aceitando as ofertas do mundo, oferecidas em forma de tentações pelo diabo que gosta muito de nos colocar contra Deus. fonte: Jefferson Roger
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