Existe uma expressão que diz que “se uma coisa pode dar errado, provavelmente ela vai dar errado”. Um dos motivos que a expressão procura mostrar é a falta de atenção. Ela meio que desmascara a atitude que as pessoas têm em frente aos seus afazeres e também demonstra a falta de preparo. Vamos ilustrar um pouco a questão para compreendermos um pouquinho mais. A expressão quer nos passar a mensagem de que por não agirmos com a devida atenção e o cuidado abrimos espaço, por conta desse nosso comportamento um tanto “relaxado”, para a possibilidade de cometermos um erro, engano, falha ou desatenção que, culminarão num resultado negativo para aquilo que fazemos. Aí mora o perigo pois dependendo da gravidade da situação, o saldo negativo que se apresenta a nós, não poderá mais ser desfeito ou remediado. Vamos dar um exemplo. Se uma pessoa está andando a pé pela cidade, num trânsito movimentado, se estiver com a cabeça em pensamentos distantes, corre o risco de ser atropelada ao tentar atravessar um cruzamento movimentado e ficar gravemente ferida, com sequelas ou perder a vida. Já ouvimos as pessoas dizerem que para certas situações e ocasiões todo cuidado é pouco. Ou seja, devemos ter a máxima atenção que conseguimos produzir com nossos sentidos. E vale lembrar que os sentidos podem ser treinados. Todos eles. E ainda mais, nosso cérebro também, isso já foi comprovado cientificamente. Mantê-lo em constante atividade é um salutar exercício para sua longevidade, bom funcionamento e desempenho. E é claro, a famosa noite de sono. Qualquer um sabe que é preciso colocar o corpo humano na tomada todos os dias. E assim como um celular que se deve esperar a bateria quase descarregar para “dar” outra carga nela, da mesma forma temos que restaurar nossas forças por completo e não de forma parcial. O que seria essa parcialidade? Seriam as noites mal dormidas ou dormidas de forma insuficiente. O cansaço vai se acumulando pelo corpo e mais tarde a fatura vai ser apresentada, quando a vida útil de nosso corpo já estiver comprometida. Como somos um composto de corpo e alma. Nossas ações na carne contribuem também para a alma. O mesmo acontece no outro sentido. Nem poderia ser diferente, não somos como os outros seres vivos do planeta, que não possuem alma. Por isso cabe também aqui outra expressão que diz que “devemos ter atenção redobrada”. Não basta cuidarmos só do corpo ou só da alma. Se o corpo contribui para a realidade do pecado, que é espiritual, ambos irão padecer no dia do juízo. Não é possível descartamos o corpo como uma cobra que troca de pele e entrarmos no céu somente de alma. O corpo, que é muito valioso para os olhos de Deus, é visto como a parábola dos talentos onde o patrão confiou aos empregados as moedas e depois que retornou de viagem recebeu de cada um a prestação de contas. Aquele a quem não rendeu o talento foi considerado servo mau e infiel. Não devemos ser assim, não devemos deixar que a falta de atenção nos prejudique seja em qual instancia de nossa vida ou em que natureza de nossa existência for. Se precisamos vigiar e orar sem cessar como nos ensinam as escrituras então precisamos é ficar atentos mesmo. Não atentos de vez em quando. A escritura é clara: “sem cessar”. Pois assim, estaremos nos comportando como imitadores do Cristo (1ª Coríntios 11,1) que é atento a tudo e dele não escapa nenhum detalhe das coisas que fazemos e que brotam em nossos corações. Com uma vida para se viver e apenas uma alma com uma chance para se salvar, ser desatento não nos parece bom negócio. O desatendo se distrai e o distraído cai em tentação. fonte: Jefferson Roger
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