Quando nos falta coragem para seguir em frente, esta falta de coragem, algumas vezes ocasionada pelo medo, traz como resultado um estado de covardia. As consequências da covardia podem ser muitas, como a pessoa que não assume suas intenções e atitudes, agride quem não se defende ou não pode se defender. Usa sua força ou influência para prejudicar outros injustamente. Quem demonstra espírito de covardia age em bando, sabendo que sua atitude não vai ser repreendida. Não diz diretamente o que pensa, faz insinuações maldosas. O covarde torna-se uma pessoa sem força moral, fraca, sem personalidade ou senso de justiça e incapaz de tomar iniciativas ou agir com postura firme em prol de bons propósitos. Algumas vezes o medroso é confundido com o covarde porque suas definições e conceitos são muito parecidos, quase sinônimos. Vejamos: Uma pessoa pode não assumir uma empreitada por medo de não ser capaz de dar conta. Falta-lhe coragem. Um covarde também pode não assumir uma empreitada por medo de não dar conta, mas seu estado é mais crônico. Uma pessoa não está a sentir medo 100% do tempo. Agora, uma pessoa que passa a se comportar em constante estado de medo, significa que essa emoção evoluiu de forma doentia, gerando o comportamento de covardia. Que pode vir a se tornar crônico e afetar a vida da pessoa. Muitos de nós já ouvimos aquela célebre frase: “Fulano vive com medo!”, mas por outro lado não é muito comum ouvirmos alguém dizer que “Fulano vive com covardia”. Até nem soa bem aos ouvidos. E nossos ouvidos não nos enganam porque quem vive com medo, nem sempre é um covarde mas pode ter atitudes de covardia, mas o covarde sempre vive com medo. Percebem? O medo que algumas vezes pode ser sadio evoluiu de forma desordenada, tornou-se um tipo de medo de grandes proporções e transformou-se numa patologia muito séria que coloca o indivíduo num estado de covardia. Alguns também chamam este grande medo de pavor ou pânico. Ter medo de cobra é sadio, porque sabemos que as venenosas se nos picarem haverá problemas. Ser uma pessoa medrosa no entanto não é tão sadio assim, o medroso anda pelo limiar do medo sadio que nos poupa dos perigos e do medo doentio que nos faz não agirmos mais frente a muitas necessidades por culpa desse medo. Talvez um grande exemplo que serve muito bem para destacar a diferença entre covardia e medo seja este: homem que bate em mulher não é medroso, homem que bate em mulher é um covarde. Seja como for se o medroso é aquele que tem medo de tudo e o corajoso é aquele que não tem medo de nada, outra questão surge na equação. Esses excessos, que denotam falta de temperança, prejudicam tanto a um quanto a outro. Em suma devemos ainda acrescentar que, como não sabemos o que se passa nos corações e entre quatro paredes na vida das pessoas, não podemos sair por aí julgando seus comportamentos por conta das aparências, de partes que conhecemos ou de referências mais genéricas. Os corações ondem brotam todas as coisas só cabem a Jesus julga-los. Embora os comportamentos e aparências sinalizem alguma coisa sabemos bem que precisamos sempre ir mais a fundo. Um jovem que se interessa bela beleza de uma moça, aproxima-se por conta dessa atração para conversar. Essa conversa poderá atraí-los mais e transformar o interesse em afinidade, paixão e depois amor. Ou não, mas foi necessário a aproximação para que não houve pré-julgamento ou pré-conceito. Assim devemos agir com as pessoas. Atrás de aparências podem existir corações que clamam por ajuda. Atrás de atitudes incoerentes podem existir sentimentos que precisam ser curados e clamam por auxílio através do corpo. Sendo assim, em meio a tantas reflexões sobre o tema, uma coisa apenas precisa ficar bem clara, é preciso sempre recorrermos ao médico do corpo e da alma, aquele que com seu jugo suave e peso leve (Mateus 11,30) irá nos julgar pelas obras (Apocalipse 22,12). Esse médico que nos afirmou que a fila dos condenados começa pelos tíbios (fraco, frouxo, indolente, apático, indiferente, descuidado, desatento, morno) nos disse também que o “morno” ele vomita (Apocalipse 3,16). Quem tem ouvidos ouça. Em cima do muro é estar morno, nem quente e nem frio. Se parece aos outros que desistimos de alguma coisa, se parece aos outros que desistimos porque temos medo ou somos covardes, precisamos olhar para dentro de nós e averiguar como estão as coisas pois, se pessoas que não enxergam no ocultam conseguem perceber algo, o que dizer de Deus que vê os corações? fonte: Jefferson Roger
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