Sobre recompensa muito se sabe a respeito. Aqui neste vale de lágrimas ela é tida com muito bons olhos por tantas e tantas pessoas. Afinal, quem não gosta de ser recompensado por alguma coisa? Porém, eis aí o problema. Nem sempre ser recompensado é uma coisa boa. Vamos com calma para entendermos a reflexão. Em Atos dos Apóstolos 20,35 está escrito que existe mais alegria em dar do que em receber. E em Filipenses 2,4 está escrito tenha em vista os interesses dos outros. Do contrário cairemos na tentação de cometermos o pecado capital da soberba. Por este caminho podemos perceber que, se a alegria é maior em dar, uma vez que devemos primeiro priorizar o próximo, conforme nos ensinam as escrituras, fica fácil de se compreender que Deus não quer filhos egoístas no céu. Tão pouco como lemos em Eclesiástico 15,21-22 - "Ele não deu ordem a ninguém para fazer o mal, e a ninguém deu licença para pecar; pois não deseja uma multidão de filhos infiéis e inúteis." E sendo assim dessa forma compreendemos também que se fazemos algo esperando recompensa, que no fundo é esperando sermos reconhecidos, isso é uma atitude premeditada e desaprovada por Jesus. Ele nos dá como maus exemplos deste tipo os fariseus e nos ensina que quem se exaltar será humilhado. No entanto é bom estarmos atentos para a natureza das recompensas pois existem aquelas que em vida são sadias e aquela que após a morte é a mais desejada de todas. A mecânica da coisa, divinamente engendrada consiste em se praticar obras. Começamos uma vida de mãos vazias e ao seu término teremos que estender nossas mãos para Jesus, no dia do nosso juízo e apresentar o que fizemos ou deixamos de fazer – Apocalipse 22,12. Desta maneira, uma coisa precisa ficar bem clara: nossa salvação passa pela conta daquilo que fazemos ou deixamos de fazer. As obras. A salvação que não cai do céu para ninguém e não vale dizer que o bom ladrão se arrependeu e em atitude de contrição perfeita alcançou na cruz a promessa de ir ao paraíso no mesmo dia, recebendo assim, das mãos de Jesus, a salvação, caindo dos céus. Não esqueçamos do detalhe da cruz. Ele estava pregado, passando por sofrimentos e não foi isentado de nada, ou seja, não lhe caiu do céu a salvação e sim a graça especialíssima da contrição perfeita. Então, como vemos, nada de nos exaltarmos e sim de nos humilharmos, de sermos os últimos e servir a todos, como nos ensinou Jesus. Eis um ensinamento muito sério e que eu, na minha simplicidade em viver e na minha conduta cristã que me leva a exercer o ministério da catequese, procuro exercer e nunca perder de vista. E de tempos em tempo recebo algumas recompensas em forma de reconhecimento. Sinal de que aquilo que faço, é para o bem comum dos irmãos, membros do corpo de Cristo. Além de ser um mandato de Cristo é obra de misericórdia. Trata-se do reconhecimento que vez por outra, algum catequisando ou crismando esboça em forma de suas simples e verdadeiras palavras. Mais recentemente recebi mais alguns agradecimentos de pais e seus filhos por ocasião da entrega de mais uma turma da primeira comunhão. A maioria são reconhecimentos pessoais, mas, em tempos de tecnologia alguns se aventuram em deixar por escrito seus agradecimentos. Todos muito benvindos e todos me servem para lembrar que preciso me manter humilde. Transcrevo aqui um deles: [1/5 20:30] +55 41 XXXX-XXXX: Catequista Jefferson muito obrigado pela carta que o senhor me deu eu queria agradecer pela experiência que eu tive e o aprendizado que eu tive eu agradeço muito mesmo saiba que você é um ótimo Catequista. Grande abraço [1/5 22:04] Jefferson Roger: Eu que agradeço Alberto por ter podido participar um pouquinho da sua vida nesses meses. Boa caminhada e sucesso. [1/5 22:05] +55 41 XXXX-XXXX: Obrigado Catequista [1/5 22:06] +55 41 XXXX-XXXX: Seus ensinamentos eu vou levar para minha vida inteira. Artigo relacionado: Os maus exemplos fonte: Jefferson Roger
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