segunda-feira, 22 de maio de 2017

Por que não, apenas padre?

O que digo por aqui, caros leitores, vale para qualquer religião. Mas, vou comentar dentro da igreja católica apenas porque tem muita cabeça nesse meio que a carapuça vai servir. Vamos logo ao assunto então. Cada vez que estou a estudar a vida dos santos fico admirado com a beleza de suas vidas heroicas e seus testemunhos. Dentre alguns, existiam os sacerdotes. E indo a fundo em suas biografias, vemos que um padre era apenas isso, um padre. São inúmeros testemunhos de vida dos santos que comprovam essa verdade. O padre era padre e exercia suas obrigações de ofício. Fazia o que lhe cabia o sacerdócio em prol das ovelhas do senhor que estavam arrebanhadas na paróquia para a qual ele foi designado. Já vão gritar os arruaceiros e modernistas de plantão, saindo em defesa dos padres que são muito atarefados por causa da falta de padres e crescimento populacional. Pois é, não discordo plenamente mas existem algumas funções que o clero poderia dar treinamento aos leigos para que eles trabalhassem em funções administrativas que muitos clérigos hoje em dia atuam. Já se sabe que essa realidade existe nos dias de hoje, mas precisaria acontecer com maior profundidade. No entanto, mesmo que de forma precária esse mal-estar anda meio que sob controle e por isso o apenas padre a que vou me referir, se destina àqueles que querem acumular funções seculares que destoam das suas origens sacerdotais. São os padres artistas, padres cantores, que fazem turnê (pelo amor de Deus já dizem isso dos padres), andam arrumadinhos, com vida boa melhor que muito fiel, andam com seguranças, cuidam de seus corpos na academia, arrumando um tempo que poderiam se dedicar a confissão ou direção espiritual e assim por diante. Nem vamos entrar em mais detalhes. São os padres galãs que cuidam da fachada corpórea como um modelo de capa de revista. Alguns dizem que não ganham nada, que tudo é revertido. Não fica fácil de acreditar quando o lado externo e aparentemente vaidoso dá sinais de vida. Seja como for, vira e mexe, acabam por serem polêmicos e se encontrarem no foco das lentes seculares da mídia. As entrevistas que concedem sempre podem ser deturpadas ou utilizadas para promover a rixa entre religiões. Num episódio recente, numa entrevista concedida pelo padre cantor artista (valha-me Deus, o homem é tudo isso?) para a revista Veja, as colocações do Padre Manzotti se transformaram em alfinetadas rebatidas por outros líderes religiosos posteriormente consultados a respeito dos fatos, entre eles o pastor Silas Malafaia. O que podemos tirar de tudo isso? No fim das contas tudo termina em troca de acusações porque cada um tem a sua verdade para defender pisando nos erros do outro e esquecendo da trave em seus olhos. Isso sem dúvida não pode alegrar os céus. Jesus disse que é necessário a união nossa com ele e o pai para um dia vivermos na glória eterna do paraíso e o que fazemos? Quanto mais o tempo passa e a humanidade caminha ela não avança, embora ande cronologicamente para frente. Que saudades dos grandes sacerdotes santos e que alegria quando nos tempos atuais nos deparamos com padres que são assim, fiéis ao ministério de Jesus, preocupados com o evangelho e sua paróquia e acima de tudo, com o compromisso de apaziguar as ovelhas do salvador exatamente como ele ordenou a São Pedro (João 21,15-17). Ezequiel 22,26 - “Seus sacerdotes violam a minha lei, profanam o meu santuário, tratam indiferentemente o sagrado e o profano e não ensinam a distinguir o que é puro do que é impuro.” Lucas 16,15 - “Ele lhes disse: Vós pretendeis passar por justos perante os homens, mas Deus conhece-vos os corações: porque o que para os homens é estimável, é abominável perante Deus.” Artigo relacionado: Verdadeiros Sacerdotes? fonte: Jefferson Roger

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