Caros leitores, outro assunto que é muito polêmico e que ao meu ver só será encerrado de forma definitiva quando o salvador da humanidade, o justo juiz, colocar a termo a etapa final deste vale de lágrimas, apresentando por ocasião do juízo e antes do prêmio ou condenação, o seu evangelho. A todos que decidem pagar o preço em não se admitir a existência histórica e incontestável do messias terão suas oportunidades para explicar pessoalmente a Jesus, porque não creram nele. Basta aguardar. Pois bem, como o assunto é muito polêmico e de vasto material, vamos ficar por aqui apenas no que é essencial e vale lembrar, dentro do campo católico, haja vista a origem e o apostolado deste site. O marco histórico e tão influenciável até os dias de hoje é algo impressionante na vida da humanidade. A grande maioria populacional conhece Jesus Cristo, pelo menos de ouvir falar. Outro grupo de pessoas o conhece através dos escritos bíblicos. Porém, o que é de grande importância, é que muitas pessoas não adeptas do cristianismo atestaram para fins históricos a sua existência como pessoa que passou por esta terra. No evangelho de Lucas 3,1-2 a história se começa contextualizando historicamente o cenário onde tudo estava a acontecer: “No ano décimo quinto do reinado do imperador Tibério, sendo Pôncio Pilatos governador da Judéia, Herodes tetrarca da Galiléia, seu irmão Filipe tetrarca da Ituréia e da província de Traconites, e Lisânias tetrarca da Abilina, sendo sumos sacerdotes Anás e Caifás, veio a palavra do Senhor no deserto a João, filho de Zacarias.” Pois bem, com o crescimento significativo do número de ateus no mundo, crescem também as tentativas de negação da existência de Jesus de Nazaré, chamado "o Cristo", como personagem histórico. É óbvio que um dos maiores sonhos de todo ateu ativista sempre foi o de poder, um dia, ver a ciência "provar" que Jesus de Nazaré nunca existiu, que foi apenas um mito criado com algum propósito delirante. É fácil encontrar, entre ateus militantes, os mesmos erros que tanto condenam nos religiosos radicais: extremismo, negação ou desconsideração dos fatos, aquele típico ar de superioridade de quem não se admite capaz de errar. Impressiona o sentimento genuinamente "religioso" que move muitos dos céticos mais ferrenhos. Eles acreditam piamente que livrar o mundo da “superstição” e da “ignorância” é sua missão de vida. Muitos ateus acreditam que desmoralizar as religiões é a melhor coisa que um ser humano realmente consciente poderia fazer para tornar o mundo um lugar melhor. Na opinião de muitos deles, a religião e a fé em Deus são os piores venenos que já existiram no mundo. No entanto, vamos conhecer alguns relatos históricos e não bíblicos à cerca da pessoa de Jesus Cristo: Josefo, historiador judeu que viveu até 98dC escreve no seu livro Antiguidades Judaicas que “Por esse tempo apareceu Jesus, homem sábio que praticou boas obras e cujas virtudes eram reconhecidas. Muitos judeus e pessoas de outras nações tornaram-se seus discípulos. Pilatos o condenou a ser crucificado e morto. Porém, aqueles que se tornaram seus discípulos pregaram sua doutrina. Eles afirmam que Jesus apareceu a eles três dias após a sua crucificação e que está vivo. Talvez ele fosse o Messias previsto pelos misteriosos prognósticos dos profetas.”(Josefo, Antiguidades Judaicas XVIII, 3,2) Plínio, o moço, romano procônsul na Asia Menor, escreveu em uma carta dirigida ao imperador Trajano: “Os cristãos têm como hábito reunir-se em um dia fixo, antes do nascer do sol, e dirigir palavras a Cristo como se este fosse um deus; eles mesmos fazem um juramento, de não cometer qualquer crime, nem cometer roubo ou saque, ou adultério, nem quebrar sua palavra, e nem negar um depósito quando exigido. Após fazerem isto, despedem-se e se encontram novamente para a refeição…” (Plínio, Ep. 97) Lembrando que o citado Plínio era um perseguidor de cristãos, que punia ou executava qualquer um que confessasse o nome de Cristo. Se Jesus fosse um simples mito e sua execução uma mentira, sem nenhuma dúvida Tácito o teria relatado e divulgado a plenos pulmões, pois seria de seu máximo interesse. Jamais teria ele ligado a execução de Jesus aos líderes romanos. Esses escritos, portanto, apresentam Jesus como personagem real e histórico, indubitavelmente. Outro historiador romano, Tácito, reconhecido pelos modernos pesquisadores por sua precisão histórica, escreveu sobre Cristo e sua Igreja: “O fundador da seita foi Crestus, executado no tempo de Tibério pelo procurador Pôncio Pilatos. Essa superstição perniciosa, controlada por certo tempo, brotou novamente, não apenas em toda a Judéia… mas também em toda a cidade de Roma…” (Tácito, Anais XV,44) Como vemos negar a confiabilidade de todas as fontes que citam Jesus seria negar todo o resto da história antiga, e, seguindo essa mesma linha de raciocínio, teríamos que duvidar também da existência histórica de uma infinidade de homens e mulheres célebres, como Platão e Alexandre Magno, por exemplo. Sendo assim caro leitor, você que abraçou a fé em Jesus Cristo Ressuscitado, filho do Deus Vivo não tem o que temer, porque toda a criação, toda a séria ciência e toda a mente brilhante que busque a verdadeira verdade, comprova que tua vida tem sentido e objetivos voltados para a eternidade. Pensar como os ateus que acham que não possuímos almas e que com a morte tudo se vai, ou ainda achar que seremos admitidos a outra realidade cósmica que não depende do Deus criador de todas as coisas visíveis e invisíveis é achar que somos nosso próprio deus, condutor de nossas vidas sem influência de nenhuma divindade. É não se render a magnitude divina porque esse Deus não faz as coisas ao meu modo e sim ao dele. Então me revolto, me rebelo e vivo minha vida feliz e contente sem nenhuma regra de “pode e não pode”, sem ninguém que me aponte ou condene e que me presenteie se eu me humilhar e, detalhe, me ame de uma maneira que eu não entendo. Dizem os ateus que Deus não salva pessoas, pessoas salvam pessoas pois Deus não existe. E por isso dizem que têm fé nas pessoas e falando dessa maneira desconhecem que fé “é a certeza a respeito daquilo que não se vê”. Jesus disse que bem-aventurados aqueles que crerem sem terem vistos. O debate é extenso e como disse no início do artigo não vai se encerrar nesta terra porque a questão é um intenso cabo de guerra onde cada lado defende sua verdade. Aos ateus o nosso respeito sem preconceitos e a nós católicos a nossa certeza nas palavras do Deus que disse que “Eu sou o vosso Deus e não mudo” – Malaquias 3,6 – “Minhas palavras não serão revogadas” – Isaías 45,23. Fiquemos com “A Verdade”. fonte: Jefferson Roger e ofielcatolico
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