Caros leitores, hoje a contribuição deste site apontará para o polêmico assunto do tabagismo. Digo polêmico porque existe o cabo de guerra entre os que defendem a atitude de fumar e os que não defendem. No livro do Eclesiástico se diz que o bem e o mal nos é apresentado e que temos que fazer uma escolha. Jesus disse que nossas escolhas irão gerar nossa recompensa ou condenação no dia do juízo. A abordagem que iremos fazer vai ficar no campo do essencial, até porque aqueles em outras vidas que nem alcançaram por culpa invencível os ensinos bíblicos estão amparados, como nos recorda o Sacerdote Gabriele Amorth e o Sacerdote Paulo Ricardo de Azevedo Junior, pelo oitavo sacramento que é o sacramento da santa ignorância. Adiante. Fumar é um vício. Quem diz que não é viciado e que só fuma socialmente está tentando tampar o sol com a peneira. No fundo está socialmente viciado. Em tempos antigos não se conhecia a real gravidade que o ato de inalar tabaco, nicotina e muitas outras substâncias prejudiciais à saúde física e química da pessoa causava. Eis aí, como disse, a santa ignorância, embora, nem isso escapa das sagradas escrituras porque está escrito em 1ª Tessalonicenses 5,22 – “Guardai-vos de toda a espécie de mal.” Ou seja, aqui a prudência cristã nos ensina que devemos evitar também o que tem aparência de mal pois elas estão ocultas nas ocasiões de pecado. Ademais, na relação de pecados que nos condenam ao inferno em Gálatas 5,19-21, encontramos a citação das “bebedeiras” no meio deles, mas, o que é mais importante, o versículo termina dizendo que “coisas semelhantes” também irão condenar o cristão. Pois bem, é muito fácil de se aceitar que, já que o alcoolismo que é prejudicial à saúde, é considerado pecado, e grave, da mesma forma o é o tabagismo. E nem precisamos mas vamos lembrar que aqui toda a espécie de vício se encaixa em “coisas semelhantes”. Afinal, bem colocado está na palavra de Deus já que nosso corpo é Templo do Espírito Santo e não nos pertence pois foi comprado a preço de sangue. A palavra nos diz que devemos glorificar a Deus em nosso corpo. Quem prejudica seu corpo, sabendo que é errado, faz mal e mesmo assim quer fazer, não vejo como possa estar em comunhão com Deus pois uma pessoa assim está oferecendo a Deus um sentimento longe do amor e ainda assim com reservas obstinadas. Em Colossenses 3,5-9 aprendemos que é necessário mortificarmos nossos corpos contra os maus desejos para abandonarmos o homem velho com todos os seus vícios. Na carta de São Tiago 3,13-16 aprendemos que a sabedoria que é apenas terrena e de origem humana sofre tendências diabólicas e gera toda a espécie de vícios e, portanto, cabe a cada um de nós, voltarmos sempre os nossos pensamentos e olhares para Deus porque “tudo me é permitido, mas nem tudo convém. Tudo me é permitido, mas eu não me deixarei dominar por coisa alguma – 1ª Coríntios 6,12”. E como os maus desejos, se não evitados, tornam-se vícios e vícios podem se agravar para pecados, Jesus foi logo alertando em Marcos 7,23 que os vícios tornam o homem impuro. Também encontramos no exame de consciência que a igreja nos ensina a respeito dos mandamentos da lei de Deus, no quinto mandamento a seguinte meditação: “Cometi algum atentado contra a minha vida? Embriaguei-me ou, levado pela gula, comi mais do que devia? Tomei drogas?” Caros leitores, se fumar é prejudicial à saúde e pode levar a doenças de várias espécies e até mortais, o ato consciente de fumar é sim um atentado à própria vida, de forma silenciosa e gradativa, mas é. Sem falar que o tabaco como dizem de forma muito clara, é uma espécie de droga legalizada. Outrossim, se a prática se tornou vício este mal fere também o primeiro mandamento da lei de Deus porque a pessoa escravizada pelo vício tira Deus de sua vida do primeiro lugar. Não é assim? O viciado não chega até a vender os bens familiares roubados dentro de suas próprias casas para sustentar vícios e destruir famílias? Lembremos, famílias queridas, desejadas, pensadas e planejadas por Deus deste o início dos tempos. A isso soma-se o fato de que no descontrole o viciado não obedece ao ensino de Filipenses 2,4 que diz que devemos nos preocupar primeiro com os interesses dos outros, uma vez que passa a fumar de forma despudorada criando a condição de fumantes passivos. Além do que o fumo, que não tem boa fama e é algo que comprovadamente por sua impureza tóxica não faz bem, não passa no teste de Filipenses 4,8 que nos diz que “tudo o que é verdadeiro, tudo o que é nobre, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, tudo o que é virtuoso e louvável, eis o que deve ocupar vossos pensamentos.” Portanto, a vontade de fumar, instalada na mente do viciado em qualquer instância, precisa ser erradicada. Se a pessoa já alcançou um ponto onde não consegue se libertar sozinha, existe a ajuda profissional para isso. Que se busque forças em Jesus, médico do corpo e da alma e conte com a assistência dos profissionais capacitados para sair do vício. Quem diz que ama a Deus mas não quer renunciar ao vício do cigarro ou a qualquer outro vício desobedece o ensinamento direto de Jesus que diz que “Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e siga-me.” – Lucas 9,23. Ouça as pessoas, dê o primeiro passo, deixe o orgulho de lado, admita. Jesus disse que “quem se humilhar será exaltado” – Mateus 23,12. Reconhecer o mal dentro de nós e enxergar que ele está ocupando um lugar que deveria ser de Deus já é motivo muito suficiente para querer se libertar e depois ajudar os outros com seu testemunho e sua mão. Em frente, é possível tudo com Jesus (João 15,5).
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