Assim como nos recorda o catecismo da igreja católica só existem duas maneiras de corresponder ao amor de Deus: pela castidade ou pela virgindade. Jesus nos evangelhos falou da grande importância para Deus que é aquele que dedica sua vida a ele através da virgindade. Por outro lado, também encontramos nas sagradas escrituras o ensinamento de como se deve proceder para agradar a Deus através da castidade. Para que as coisas fiquem bem claras é preciso ter em mente a diferença entre as duas vertentes. A virgindade se relaciona a não colocar o corpo em relação sexual. A castidade se relaciona a colocar o corpo em relação sexual apenas com o cônjuge. A virgindade é oferecida a Deus por amor. A castidade é oferecida a Deus através do compromisso firmado no matrimônio. Não existe outra forma de expressar um amor que volta para Deus que não seja por estas duas opções. Qualquer tentativa que busque uma terceira alternativa não irá encontrar embasamento sagrado para se sustentar. Antigamente os presbíteros podiam se casar e essa sempre foi uma permissão bíblica que não foi vetada, só foi elevada à condição de celibato, fato este que também se faz presente nas sagradas escrituras. Seja como for, toda a questão de corresponder ao amor de Deus esbarra num chamado, numa vocação. Vocação essa que apresenta uma linha divisória. Em algum ponto da vida de cada um essa linha irá aparecer. Será um marco, um divisor de águas. Esse acontecimento reflete em nossa existência que chegou a hora de escolhermos para onde vamos levar nosso caminhar. Nesse momento Deus está dizendo que aguarda uma resposta. Uma resposta que denota amadurecimento e crescimento não apenas físico e mental mas, também, espiritual. A pessoa que não quer amadurecer, insiste em viver quando adulto, como se fosse uma eterna criança, um verdadeiro Peter Pan. Fugindo das responsabilidades e de toda a seriedade que a vida nos impõe em cada atitude que tomamos. Parece ao que não quer arcar com o ônus de se viver conforme as exigências de que é possível passar dia após dia num alegre festejo como se aqui neste vale de lágrimas fosse um parque de diversões, um paraíso sem Deus. Não é assim. As pessoas querem uma vida como se fosse um mar de rosas e muitas pessoas tem essa vida. Só que não enxergam isso porque esquecem que até as rosas possuem espinhos. Faz parte da natureza humana as consolações e tribulações. Quando solteiro, a pessoa goza de uma vida pautada em um tipo de regra. Quando casado, a pessoa goza de uma vida pautada em um tipo de regra diferente. Muitas coisas permanecem, muitas coisas se modificam, muitas coisas dão lugar a outras, muitas coisas não mais existem e muitas coisas agora existem. É uma grande transformação que mesmo tendo linhas gerais sempre será diferente para cada envolvido porque cada pessoa é única, com suas experiências únicas de vida que o trouxeram até ali. No momento das escolhas e decisões a sabedoria nos ensina que nunca devemos escolher sozinhos (João 15,5) pois não damos conta de fazer sempre o que nos convém. Assim como num jogo de videogame, quanto mais aumenta a dificuldade da partida, maior é a recompensa quando se supera o obstáculo, da mesma forma é em nossas vidas. O crescimento do amor até alcançarmos a estatura de Cristo vai passando por degraus. Vamos lembrar, é sempre subida o caminho da porta estreita do paraíso. Como é bom termos consciência disso para que, compreendendo com clareza os porquês, possamos suportar qualquer como e sempre vivermos uma vida repleta de desafios e dificuldades, mas também muitas alegrias. Querer se acomodar numa posição confortável na vida não querendo progredir, é ficar em cima do muro, é fugir das decisões que precisam ser tomadas. É uma atitude de quem é morno e para o morno Jesus disse: Apocalipse 3,15-16 – “Conheço as tuas obras: não és nem frio nem quente. Oxalá fosses frio ou quente! Mas, como és morno, nem frio nem quente, vou vomitar-te. fonte: Jefferson Roger
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