Já publiquei neste site um artigo intitulado "Não deixe a vaca ir para o brejo". Nele, refletimos de uma maneira mais geral a respeito da conduta esperada por Deus de cada um de nós, que como bem sabemos deve, no mínimo, ser o máximo do nosso esforço. De forma um pouco mais direcionada queremos neste artigo dar mais ênfase ao ditado popular da vaca que vai para o brejo, relacionando sua mensagem em nível de relacionamento a dois, especificamente na vida matrimonial. Não deixar acontecer significa diretamente não se vencer pela rotina. Aí reside o problema porque o mundo se esforça e muito para promover uma ideia de que rotina não é uma coisa boa, que é preciso diversificar. Vamos aos exemplos? O mundo oferece a moda, a moda muda em cada estação, a moda muda a cada ano. Saem a cada ano novos modelos disso e daquilo. Pessoas são transformadas em objetos consumíveis e descartáveis onde se pode driblar a rotina matrimonial com aventuras aqui e ali, tudo para manter aceso o fogo carnal e pecaminoso que ainda, dizem alguns (acreditem), faz com que seu casamento melhore. Tenham vergonha na cara isso sim. Como pode um casamento melhorar se o marido ou a esposa tem um caso com um(a) amante? Em casa é mesa e banho e lá fora é cama? Sacanagem das grandes, pessoa de duas caras, hipócrita, sem vergonha e extremamente abominável aos olhos de Deus. Sempre por conta do egoísmo e dos desejos próprios quer viver uma vida ao seu modo e ao seu gosto não querendo aceitar o fardo e as responsabilidades da santidade através do matrimônio. A dura realidade do matrimônio é evitada porque as pessoas não querem aceitar que se casam para se ajudarem mutuamente a se santificarem; elas gostariam que o casamento fosse uma realidade para faze-las felizes e não é assim que Deus colocou as coisas. Jesus disse buscai primeiro o reino de Deus e a sua justiça e tudo o mais vos será acrescentado. Aí está a chave de leitura para o matrimônio. É preciso se casar pelos motivos certos pois só assim a felicidade já aqui na terra acontecerá! Como vemos casamentos mal começados que naufragam tão facilmente. Não são capazes de caminharem juntos mesmo em meio as brigas que fazem parte da vida do casal. Brigas são ajustes de contas, fugir delas ou adia-las não adianta, é como varrer a sujeira para debaixo do tapete. O lugar da esposa é no colo do marido, o lugar do marido é no colo da esposa. As diferenças não fazem diferença alguma quando se ama e se não se ama o bastante que peçamos a Deus um amor maior e verdadeiro. Do contrário ao invés de colocarmos nosso cônjuge em nosso colo iremos acabar empurrando-o para o lombo da vaca. Uma vez lá em cima corremos o risco de ver a vaca indo para o brejo carregando consigo um dos maiores presentes que Deus nos deu e que nos serve de meio para santificação. Nosso cônjuge. Que lástima e que pesar. Deus ao mesmo tempo que nos presenteou com ela ou com ele e ainda nos brindou com os filhos, também nos cumulou de responsabilidade perante essas almas que devemos ajudar a chegarem ao céu. Rotina não é desculpa porque tudo gira em torno dela. Escovar os dentes não é rotina? Tomar banho não é rotina? Dormir não é rotina? Se alimentar não é rotina? Tudo isso e muito mais faz parte sim da rotina de nossas vidas e da mesma forma acontece na área espiritual. Rezamos a Deus só uma vez na vida? Claro que não! Comungamos só na primeira comunhão e pronto? Nunca mais? Claro que não, nem deve ser assim. As práticas religiosas devem ser rotina em nossas vidas. Quem não reza se condena ao inferno sem a ajuda dos demônios, dizia Santa Teresa de Ávila; quem reza está com a alma em risco e quem reza muito se salva. Sábias palavras desta grande santa e doutora da igreja. Peçamos a Deus que a cada dia nosso esforço seja sempre o máximo em nossa vida em família, com nossa esposa e marido, com nossos filhos, dentro das quatro paredes, na hora do lazer em família e nos momentos de reunião na mesa do jantar, para que sempre seja nossa casa, assim como a igreja, o melhor lugar para estarmos e querermos estar. fonte: Jefferson Roger
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