É impressionante a quantidade de filtros que o ser humano utiliza com relação as questões comportamentais. Não que elas sejam proibidas, ao contrário, são até necessárias pois do contrário, como iríamos distinguir entre o bem e o mal, entre o certo e o errado, se não emitíssemos juízo a respeito das coisas? Temos que conhecer a verdade para podermos distinguir a não verdade. Se conhecemos a cor preta podemos dizer de qualquer outra cor que ela não é preta. Não iremos titubear frente a qualquer cor ficando em dúvida se ela é preta ou não. O cinza mais escuro possível ainda continuará sendo cinza, por mais que se pareça aos olhos de alguns com o preto, ainda assim nunca será preto, será um cinza bem escuro. Esse pequeno exemplo que dei sobre as cores serve muito bem para ilustrar o que tanto aprendemos de Jesus. Ele nos ensina que não existem meias verdades, nem verdades alternativas, nem verdades adaptáveis, nem verdades maleáveis, nem verdades parciais. Uma verdade não abre espaço para possibilidade porque ela apresenta fatos. Fatos não permitem possibilidades. Por isso a verdade libertadora de Jesus é assim. Ela não abre possibilidade alguma. Seu caminho é único e não poderia ser diferente porque do contrário Deus seria um mentiroso e injusto se houvesse várias formas de se chegar ao céu. Se para uns existisse um caminho vip, um caminho menos difícil e menos sinuoso ou, se a cada geração, Deus mudasse as regras da salvação, quanta injustiça e ditadura imperialista seria da parte do criador, sua conduta. Mas as coisas não são assim. Quando Jesus disse “eu sou o caminho” ele lacrou definitivamente qualquer chance de existir outro caminho para o céu. Ele também disse “eu sou a verdade” lacrando definitivamente qualquer possibilidade de haver outra verdade que nos leve até o paraíso. Assim devemos ser em nossas vidas. Devemos ser e agir como é e age Jesus (1ª Coríntios 11,1). Nós que somos pessoas perfectíveis pela graça de Deus, senão não teríamos como chegar a estatura de Cristo querida pelo Pai, somos também, para nosso pesar e por permissão divina, influenciáveis. Essa é uma grande batalha que temos que travar a todo o tempo. Nossos sentidos, coração e mente sofrem a avalanche perfurante e incessante das insídias do inimigo cruel e dos inimigos da alma em todo o tempo. Quase em tempo real e vinte e quatro horas por dia. Um descuido apenas e lá estamos nós, de quatro na lama do pecado e ainda achando, convencidos pelo inimigo, que estamos fazendo a coisa certa. Que miséria reveladora de nossa fraqueza é agir assim. Existe um remédio deixado por Jesus: vigilância e oração. Se não houver um policiamento ostensivo em nossa vida o leão que anda à espreita buscando a quem devorar vai encontrar a oportunidade que espera. Não podemos correr um risco dessa magnitude, um risco que cobra nada menos que a salvação da alma. O erro que resulta em pecar, seja por pensamentos e palavras, atos e omissões, sempre será grave não importando sua natureza, porque Jesus, temos sempre que lembrar, irá nos julgar sobre os critérios dele e que ele nos ensinou. Ninguém estuda uma apostila de português para fazer uma prova de matemática. Da mesma maneira não é a nossa verdade que irá nos conduzir ao céu se essa verdade não for a mesma do Cristo. Quando ele disse que quem não está comigo está contra mim fica muito claro que estarmos vivendo sobre uma verdade que não é a mesma de Jesus é estarmos contra ele. Isso não pode acabar bem porque no dia do julgamento não iremos defender nenhuma tese que procuramos montar para recebermos a coroa da glória eterna. Como Deus conhece os corações e nossa vida por completo, estando ela para ele descoberta de qualquer tipo de véu, nesse momento da sentença da condenação ou da premiação, quando o tempo estiver acabado, a oportunidade de alcançar a salvação terminou, a contagem regressiva cessou. Que esse acontecimento, iniciado com a morte não nos pegue de improviso. Que a morte seja motivo de alegria e não um lamento eterno porque não tivemos mais tempo para nos endireitarmos na vida. Já que não sabemos quanto tempo Deus nos deu, nos cabe bem usarmos o tempo que ele nos concede. fonte: Jefferson Roger
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