Caros leitores, biblicamente falando, nossa vida passa pela experiência dos três céus. Não se trata de algum tipo de invenção mundana ou científica e sim de uma realidade que nos é ensinada nos testamentos bíblicos. Vejamos.
Agora, nesta etapa de nossas vidas eternas, nessa passagem estagiária por este vale de lágrimas, estamos a viver sob o firmamento, criado por Deus como vemos no livro do Gênesis, que é denominado como o primeiro céu. Trata-se do céu que fisicamente podemos contemplar, podemos visualizar. Ele se estende até onde nossa visão alcança. Lembrando que nossa visão alcança a realidade celeste que denominamos de universo. Podemos ver a maravilha do seu azul num dia ensolarado e a sua sobriedade durante uma noite estrelada, o que nos dá uma pequeníssima ideia do universo. Este é o céu que abarca o ar que precisamos para inflar os pulmões e numa realidade além, está compreendido dentro do universo.
Deixando a esfera material e física, além de vivermos sob o aporte deste céu, também nos relacionamos com o seguinte campo de ação que é denominado de segundo céu. É o plano espiritual, invisível aos nossos sentidos básicos. É onde estão os anjos que atuam conosco (anjos da guarda) e os demônios que operam nas tentações. Grandes santos e santas de Deus receberam a graça de enxergarem este plano. Todas as aparições acontecem nesse plano. Vale ressaltar que alguns estudiosos e teólogos incluem no segundo céu a realidade do universo. Segundo eles, tirando a realidade da existência espiritual, tudo que existe e não vemos está no segundo céu, ficando para o terceiro céu a realidade espiritual. Teoria que pode ser vencida facilmente porque não podem os anjos da guarda, por exemplo, nesta teoria, nos ajudarem aqui neste plano se eles estiverem no paraíso, eles precisam estar perto de nós, mas num plano que não os vemos. Isso só é possível com a realidade do segundo céu, o plano espiritual de atuação invisível ao olho nu pois, na forma do segundo céu ser tudo que abriga o universo, o paraíso se torna tangente ao nosso plano e dessa forma, seguindo o mesmo exemplo, um anjo de guarda está ao nosso lado e ao mesmo tempo está no paraíso. Isso não funciona assim. Fiquemos então com o estudo que aponta como primeiro céu, o que vemos, mas também aqui está o universo pois quando olhamos para cima não vemos o fim do céu, o que vemos é a magnitude do céu refletida na concepção do universo. Continuemos.
Por fim, nossa caminhada que passa por esta realidade do primeiro e segundo céus, tem como fim último alcançar o paraíso, morada de Deus; o terceiro céu (O Reino dos Céus). Concedido para aqueles que pelas obras receberão a coroa da glória eterna. Ao terceiro céu seremos admitidos se nosso esforço for, no mínimo, o máximo. Nosso destino, que já sabemos ser eterno, só depende de fazermos nossa parte para que possamos viver neste céu ou fora dele.
Na oração do Pai Nosso, a oração original que está muito bem traduzida ao latim encontramos essa realidade dos céus. Na primeira parte rezamos: “Pai Nosso que estais nos CÉUS... referindo-se a morada de Deus, o paraíso. Na segunda parte rezamos: “seja feita a vossa vontade, assim na terra como no CÉU. Ou seja, na primeira parte, damos glória a Deus que está no céu dos céus, no paraíso, morada eterna do Onipotente. Na segunda parte contemplamos sua atitude de promover que as coisas aconteçam conforme sua vontade, tanto aqui no mundo (debaixo do primeiro céu, o céu que vemos) quanto no segundo céu (o plano espiritual). Em algumas aparições Nossa Senhora diz: “desço dos CÉUS novamente para lhes dizer...”, referindo-se claramente ao paraíso. E assim, esta compreensão catequética sobre as verdades celestes nos permitem conhecer um pouquinho mais sobre a realidade do que nos cerca, tanto física como espiritual e nossa relação com ela, inclusive através da oração do Pai Nosso.
fonte: Jefferson Roger
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