Somos predestinados a morrermos uma única vez e somos predestinados à santidade, assim aprendemos nas sagradas escrituras. Em nossas vidas, divinamente concebidas, nos cabe, portanto, um esforço que deve ser feito apenas nesse sentido. Como é sabido por qualquer um, nossa existência caminha muito longe de uma vida que pode ser vivida como se ela fosse um constante parque de diversões. Na vida de cada um existe todo tipo de acontecimento. Por conta disso, já que as coisas são configuradas a esta maneira e, unido a isto, existe outro ingrediente principal, que é o fato de não sabermos quanto tempo temos de vida, nosso esforço deve ser voltado e focado apenas numa direção. Se somos um composto de corpo e alma, destinados a morrermos uma única vez, capazes por providência divina a alcançarmos a estatura de Cristo para podermos entrar no céu, e ignorantes quanto a quantidade de tempo que nos resta nessa etapa de nossas vidas, o que é que muitos de nós ficam fazendo perdendo seus tempos fazendo coisas para as quais não foram concebidos e agindo na contramão da própria natureza e fim último? Atos contrários à vontade divina caracterizam uma enorme rebeldia. É manter-se na infantilidade da criança birrenta que quer porque quer as coisas do seu jeito e se não for como quer então ela abre o berreiro, se revolta e fim de papo. Quando agimos assim estamos tentando convencer a Deus que ele errou. Que as coisas não devem ser do jeito dele e sim do nosso. Pobres de nós quando tentamos “ser como deuses”. Já vimos lá no livro do Gênesis que isso não funciona. Não devemos tentar ser aquilo que não somos, não devemos tentar caminhar por terrenos pelos quais não nos foi apontado o caminho. Nos aventurarmos em solo desconhecido, jamais nos retornará alguma recompensa espiritual. No caminho, verdade e vida, que é Jesus reside todo o conforto da alma. Nos caminhos diferentes ao seu, residem os outros confortos. São Tiago nos recorda em sua carta que quem quer ser amigo do mundo se faz inimigo de Deus (Tiago 4,4). Nos caminhos avessos aos ensinamentos das sagradas escrituras encontramos a promessa das alegrias e prazeres aliados ao convite para deixar o compromisso e a maturidade que são necessários para subir os degraus sob o peso de nossas cruzes. O inimigo faz bem o seu trabalho, ocultando das mentes e corações o fato de que também existem alegrias e felicidades na caminhada rumo ao céu. A diferença é que neste caminho, “paga-se” muito mas recebe-se infinitamente mais no dia da recompensa. Recebe-se a coroa da glória eterna. Nos outros caminhos, paga-se muito pouco ou quase nada mas recebe-se no aqui e agora o que se deseja em termos de mundo, porém, no dia da recompensa, recebe-se a condenação eterna. Não vamos, portanto, complicar aquilo que é simples. Nossa vida por sua própria natureza é uma oportunidade para chegarmos ao paraíso. Sofremos? É difícil? Pesaroso? Cheia de tristezas? Dificuldades? Com certeza é, sabemos que é, mas não sejamos hipócritas em achar que só existe “o lado negro”. Também existe o belo e, portanto, devemos nos manter sendo aquilo que somos, não procurando um além que seja diferente daquele para o qual fomos criados. fonte: Jefferson Roger
Nenhum comentário:
Postar um comentário