quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Deus quer que soframos

Muitas pessoas que passam levianamente pela experiência de se conhecer a Deus, erroneamente caem na desgraça de conhecer apenas uma caricatura dele. Acabam por conhecer um Deus que é pintado para as pessoas de diversas maneiras, conforme seus desejos e seus anseios. Porém, quando a cortina das fantasias e ilusões vem abaixo, ou a pessoa fica maravilhada com a experiência de Deus em sua vida, ou fica desiludida e frustrada. A questão que buscamos refletir neste artigo é a do sofrimento.

Como qualquer pessoa pode muito bem atestar, não existe idade para o sofrimento. Não existe alguém que esteja isento de sofrer. Sabemos por experiência própria que cedo ou tarde, acabamos por sofrer em algum aspecto de nossas vidas. E não vamos ser fingidos em dizer que a questão nunca nos fez achar que parece que Deus é injusto e parece que Deus gosta que soframos. Basta entrarmos num hospital infantil para vermos inúmeros pais com seus pequenos bebês e suas crianças com pouca idade a sofrerem enfermidades de várias naturezas. Um sentimento de impotência e de revolta contra Deus arrisca aparecer. Como entender que aquela criança que mal começou a viver neste mundo tenha que passar pelos sofrimentos de doenças tão graves? E se morrem então, muito cedo o que dizer? O que pensar? O sentimento de injustiça bate a nossa porta e muitos pais irão dizer que prefeririam morrer ao ver seus filhos morrerem.

Então, como vemos, sabemos e sentimos na pele que sofremos. Todos sofremos de alguma forma em nossas vidas. Podemos declarar sem medo algum que, se isso acontece com todos e tudo acontece, conforme nos ensinam as sagradas escrituras, por vontade e permissão de Deus, de duas uma, ou Deus quer que soframos porque é necessário que aconteça ou não quer e permite que soframos porque é necessário. Eis aí, a chave de leitura. A necessidade:

Tobias 12,12-13 – “Quando tu oravas com lágrimas e enterravas os mortos, quando deixavas a tua refeição e ias ocultar os mortos em tua casa durante o dia, para sepultá-los quando viesse a noite, eu apresentava as tuas orações ao Senhor. Mas porque eras agradável ao Senhor, foi preciso que a tentação te provasse.”

Como vemos, é necessário. Deus prova seus eleitos por consentimento e por vontade sua porque seus planos são para a eternidade e não para o aqui e agora. Aproximar-se das sagradas escrituras nos faz aprender que “todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são os eleitos, segundo os seus desígnios (Romanos 8,28).” Todas as coisas incluem os sofrimentos porque Deus sabe que a eternidade da glória eterna é infinitamente melhor do que a passageira vida ainda que repleta de sofrimentos. Não podemos atestar isso, por isso ele nos concedeu o dom da fé. Não nos cabe compreender tudo (Deuteronômio 29,29) e nem possuímos, como lemos em Deuteronômio essa graça. Precisamos então, agirmos como Jó, como Tobit e como tantos outros que não buscaram saber “o como”, buscaram saber “o porquê”.


fonte: Jefferson Roger

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