Não é de hoje, caro leitor, que todos nós sabemos que é mais fácil acreditar num Deus que nos concede aquilo que queremos ao invés de acreditar num Deus que nos concede aquilo que precisamos. Quando queremos alguma coisa e recebemos, ficamos muito satisfeitos e na expressão da igreja, ficamos consolados. Porém, se Deus, aquele que comanda tudo e todos, amorosamente nos mostra que as coisas não são como queremos e sim como ele quer, então rapidamente o Deus que não nos atende é transformado por nós em desmancha prazer e inimigo da nossa felicidade. Como somos pessoas de mentes curtas e não queremos ser, ficamos nos debatendo em meio aos nossos conceitos porque eles nunca são suficientes para responderem nossos questionamentos. Ninguém vai tirar uma dúvida de português num livro de matemática. Não há como agir assim e nem o fazemos porque sabemos que o que queremos está em outra fonte. Assim é em nossa vida. A outra fonte dos porquês é Deus e não adianta ficarmos dando ouvidos ao mundo, ao diabo ou a quem quer que seja pois tudo que precisamos saber e conhecer vem do céu. É evidente também, precisamos deixar claro, que como membros do corpo de Cristo e sob a ação do Espírito Santo, recebemos nossos dons, atribuídos por ele como lhe aprouve para o bem comum e, portanto, fica claro aceitarmos que pessoas do mesmo corpo de Cristo, atuam como instrumentos de Deus em nossas vidas. Desta forma, colocadas as coisas, sempre irá acontecer a tentação de se comparar o aqui e o acolá. Um vendedor mostra seu produto, nos permite testa-lo, compara-lo com outro e tudo mais, na intenção de que possamos comprovar o que ele está a dizer. O mesmo acontece numa concessionária de veículos. Podemos fazer um test-drive. Nas lojas de cosméticos existem as amostras dos produtos e perfumes para ajudar em nossas escolhas. Nas lojas de vestuário podemos provar as roupas que escolhermos antes de compra-las. Aí reside o problema das pessoas. Deus não se comporta como um vendedor de produtos, de carros ou de cosméticos e perfumaria. Como ele não precisa provar nada, embora muito tenha provado no decorrer da história da humanidade, haja vista saber que sua “oferta” é a melhor oferta possível de existir, Deus não tenta convencer ninguém, nem obrigar porque ele sabe que quando acreditarmos primeiro, iremos “comprar” a ideia do Reino dos Céus. E é nesse contexto que se mete o diabo. Ele tenta nos convencer que as demoras de Deus e os sofrimentos são coisas ruins. E ele infelizmente convence a muitos. Se a coisa vai bem, rezamos com alegria porque o bondoso Deus nos atende na medida do nosso tempo. Se a coisa vai mal, miseravelmente deixamos a oração de lado porque o bondoso Deus de bom não tinha nada e quer que acreditemos nele, vivamos segundo sua proposta, nos humilhemos perante ele e busquemos primeiro as coisas que não passam em detrimento das que passam. É nessa hora que somos provados na paciência e perseverança e é quando as coisas não andam como queremos que nossa oração tem mais valor. Ela nos faz crescer na fé e a torna inabalável. Se Jesus disse para vigiarmos e orarmos sem cessar, que obedeçamos. A salvação da alma passa pela balança de alguns anos de vida por aqui em prol da eternidade na glória dos céus. fonte: Jefferson Roger
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