quinta-feira, 28 de setembro de 2017

A vitrine das vaidades

Por onde andam o pudor e a modéstia? Bom, se dependesse do mundo estariam escondidos nas catacumbas porque, se tem algo que o mundo não quer, é promover a decência e os valores bíblicos a toda a criatura. A finalidade do corpo foi adulterada por nosso inimigo cruel. A finalidade da vida foi por ele alterada. Os objetivos e metas olham para o próprio umbigo, para o aqui e agora e também para o futuro. Não olham mais para a eternidade. A esperança se concentra numa vida melhor desde que possa ser vivida por aqui, neste mundo.

O verdadeiro sentido de se compartilhar foi alargado de tal maneira que agora qualquer coisa se pode compartilhar. Dessa maneira sua essência religiosa foi ficando para trás e hoje em dia se compartilha muita coisa desnecessária e não se compartilha muita coisa necessária. Quando pequenos, os bebês ao se tornarem criança vão sendo educados a compartilharem. Compartilhar o brinquedo com o amiguinho, compartilhar uma bolacha e compartilhar a atenção das pessoas. A nós cristãos, é ensinado pelo Cristo que devemos compartilhar, que devemos dividir, que devemos deixar o egoísmo de lado e querer que todos se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade (1ª Timóteo 2,4).

Porém, como bem nos ensina Jesus na parábola do joio e do trigo (Mateus 13,24-43), temos agora que conviver com os dois lados da moeda. Vivemos num mundo onde existe o bom e o ruim, onde existem fariseus e discípulos de Jesus. Onde existem aqueles que acham que vão entrar no céu só porque dizem senhor, senhor (Mateus 7,21). Vivemos num mundo onde existe uma disputa tão grande em defender uma verdade própria ou uma verdade que melhor se adeque as nossas necessidades. Aquela verdade que é o caminho e a vida (João 14,6) vai ficando para o escanteio porque ela nos cobra um modo de vida que é diferente do qual estamos tentando viver. Pessoas tornaram-se uma vitrine de vaidades. Vestem-se com roupas curtas demais, decotadas demais, transparentes demais e justas demais. Ainda há aquelas que usam roupas que colocam em evidência partes descobertas do corpo. O corpo, se torna uma tela de pintura onde ele é profanado com tatuagens por toda a parte. O corpo, se torna um cabide onde nele é pendurado todo tipo de adereço. Ora, o corpo que foi comprado a preço de sangue e não nos pertence (1ª Coríntios 6,19) acaba com essas atitudes, a aderir a rebeldia do diabo, que não quis seguir a Deus e quis ser original. Pessoas assim, que não querem saber de Deus nos moldes que o criador do céu e da terra propõe, procuram ser originais e fazem o quê? Seguem as modas do mundo. Querem ser livres mas terminam como escravas.

Disparam pelas redes sociais fotos de todos os gêneros, exibindo-se, insinuando-se, querendo aparecerem descolados e na crista da onda, com corpos malhados ou então, para apenas massagearem os egos como quem quisesse dizer: olha só o que eu fiz, olha só onde eu estava, olha só como estou, olha só o que comprei, olha só onde almocei, olha só onde estava e por aí vai. Como disse Jesus dos fariseus hipócritas que gostavam de ser aplaudidos e saudados e procuravam se fazerem notados, (Mateus 6,1-18) já receberam sua recompensa.

O que é esperado de nós é uma atitude bem diferente. Devemos glorificar a Deus em nosso corpo (1ª Coríntios 6,20), devemos manter o alerta constante para que, como ensinava Santo Antonio Maria Claret, não nos acostumemos com os pecados veniais, evitemo-los a todo o custo e não nos conformemos com este mundo (Romanos 12,2). Os pecados graves não acontecem do dia para a noite, o passo derradeiro que nos leva ao abismo é precedido por muitos passos (pecados veniais). Se ficamos justificando nossas atitudes entre os homens e conosco mesmos, para aliviar nossa consciência com relação a Deus, devemos ter cuidado, os critérios da salvação são divinos, não terrenos.


fonte: Jefferson Roger

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