Deus nos fala de muitas formas, nós é que não ouvimos, não prestamos a atenção (Jó 33,13-14). Temos o mau hábito de transformar nossas orações em listas de pedidos e exigências, tentando inutilmente arrancar de Deus alguma coisa que queremos para em troca o bendizermos publicamente. Assim não são as coisas pois dessa forma “que recompensa tereis?”(Mateus 5,46) Já dizia Santa Tereza D´Ávila: “não é a toa Senhor que tens tão poucos amigos”. Dizia ela dessa forma em face da conduta que Deus adota com suas criaturas. As pessoas não possuem inteligência suficiente para compreender porque que o tratamento de Deus para com elas precisa vir recheado de sofrimentos, dificuldades, tribulações e toda a forma de acontecimentos que na grande maioria das vezes parecem não se encaixarem no comportamento que esperaríamos de um denominado Deus de amor e misericórdia. Pois bem, nesse momento quem entra em cena para roubar o protagonismo atuante em nossas vidas é o diabo, que vê nos sofrimentos uma oportunidade de nos afastar de Deus. Na verdade, satanás procura sempre transformar tudo em oportunidade para ele nos derrubar. Tolos de nós que não agimos da mesma forma. Deveríamos cada vez mais em nossas vidas transformarmos cada segundo delas em oportunidades de nos salvarmos e ajudarmos os outros a se salvarem. Padre Pio já dizia que quanto mais próximo de Deus, maiores são as tentações. Cuidado! Se não sofres de nenhuma adversidade de qualquer natureza na vida se preocupe porque a regra divina é bem ao contrário disso. Deus nos concede os momentos de consolo, é verdade, mas para nos lembrarmos e valorizarmos o hoje, porque no ontem passamos por dificuldades ou ainda passaremos. Isso é o que os paroquianos da Igreja de São Jorge, no bairro do Portão puderam experimentar na noite de ontem. Através de uma atividade coordenada pelo pároco e pela coordenação da catequese, pais, catequisandos e catequistas se reuniram para viverem a experiência de refletirem sobre essas verdades que cercam todas as pessoas e suas famílias. Foi transmitido um filme cristão que retrata a realidade do amor de Deus na vida das pessoas, mas, sem a ausência das tribulações em suas vidas. Não importando a idade ou o estado de vida de cada um. Depois da sessão de cinema, acompanhada de pipoca e suco, o pároco encerrou o encontro com uma reflexão em cima do filme, relacionando o assunto com o cotidiano atual em que nossas famílias vivem. No mesmo horário, bem comentou o sacerdote, em que a mídia televisiva transmitia programas que apresentam conteúdos que vão na contramão dos valores cristãos, as pessoas ali reunidas reforçavam seus laços em torno do que realmente existe de valor em suas vidas: Deus e suas famílias. Nos disse Jesus que onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, seja para pedir o que for, meu Pai que está nos céus vos concederá, porque onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, eu estarei no meio deles – (Mateus 18,19-20) Peçamos a Deus que iniciativas como essa aconteçam em todos os lugares do mundo para que o projeto pensado, desejado e criado por Deus, chamado de família, nunca deixe de olhar para a cruz de Cristo e de caminhar junto com ele para que um dia, possam contemplar a face do criador, que por amor a cada um de nós, nos entregou seu filho único. Que Maria Santíssima nos auxilie nessa caminhada e nos conforte com seu manto para que possamos em cada tropeço, em cada queda, em cada dificuldade, mantermos nossos olhares erguidos para enxergar os corações santíssimos e sabermos para onde devemos estender nossas mãos. fonte: Jefferson Roger
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