segunda-feira, 4 de setembro de 2017

O chamado de um catequista

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Os dons e os chamados de Deus são irrevogáveis (carta aos Romanos). Uma vez que Ele nos chama não há o que fazer, não adianta ficarmos nos esperneando como o profeta Jonas no ventre da baleia. Ou relutarmos como Moisés. Uma vez escolhidos e convocados, o chamado de Deus nos aponta para a realidade de um dom recebido para o bem comum, como aprendemos nas cartas de São Paulo. Os chamados celestes, que apontam para as vocações, não acontecem de graça em nossas vidas. Longe de apontar para uma exaltação de Deus em nossas vidas ela quer, ao contrário, nos encarregar de uma grande tarefa. Quando um membro do corpo de Cristo recebe algum chamado ministerial, significa que ele está convocado para, além daquilo que é a obrigação de todo cristão, engrossar as fileiras de frente no combate, que é o bom combate.

Não importa, cedo ou tarde, cada um recebe a sua informação divina de o que tem que fazer nessa vida. Aqueles que acham que não receberam nenhum chamado é porque não enxergaram os sinais a sua frente, estão com o olhar embotado pelas coisas que passam, as coisas do mundo e olham apenas para o seu umbigo. São chamados a serem pais, são chamados a serem mães, são chamados a serem religiosas ou são chamados a serem sacerdotes. Não existe, e o catecismo confirma, outro tipo de chamado que não se ramifique destas quatro formas. Se Jesus disse que a messe é grande e os operários são poucos, tristemente devemos entender e sobretudo basta olharmos para a realidade do mundo como está hoje, que, embora os dons e os chamados de Deus sejam irrevogáveis, o livro arbítrio que Deus nos concede, nos dá direito (bobos os que pensam assim), de escolhermos virar as costas para as obrigações que todos os batizados têm. De fato, é assim que acontece, o famoso não tenho tempo entra em cena, o famoso não levo jeito entra em cena, o famoso não quero me envolver com isso entra em cena.

 

Dizer não, para pessoas assim, negligenciadoras na parte que lhes cabe é um virar as costas para Deus. Tudo, diz a escritura, concorre para o bem daqueles que amam a Deus, e não se pode escolher apenas dizer não, e não e mais não para Deus, de forma militarizada como se ele estivesse a nos perturbar e querer de nós que não tenhamos tempo para nós mesmos e nossos prazeres. Como saber? Ora, é muito simples, tudo que vem de Deus e nos atinge quando estamos com o coração aberto para a ação do Espírito Santo nos pega em cheio e não fica sombra de dúvidas. A certeza é imensa e não se pode objetar em seu contrário. Lembremos sempre do profeta Jonas. Lembremos da primeira catequista, Maria Santíssima. Os catequistas, braço forte junto aos primeiros catequistas, os pais, carregam a missão de serem o rosto da igreja que leva a boa nova do Reino a todas as criaturas, com palavras, atitudes e testemunhos. Assim acontece em todas as paróquias das arquidioceses e dioceses.

Há poucos dias atrás comemorou-se o dia do catequista e a data, na paróquia onde atuo foi comemorada com um evento de acolhida, palavra do pároco, momentos de oração, um jantar e uma reflexão aos presentes através de uma apresentação teatral em forma de mímica (link da apresentação aqui), onde eu e minha filha mais velha, Yasmin, mais uma vez levamos as mensagens de Jesus através dessa forma de arte. Ficando, além do presente, a oportunidade de se pensar a respeito daquilo que Deus sempre espera de nós.

Fonte: Jefferson Roger

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