“Filhos, obedecei em tudo a vossos pais, porque isto agrada ao Senhor. Pais, deixai de irritar vossos filhos, para que não se tornem desanimados”, assim lemos na carta aos Colossenses 3,20-21. “Filhos, obedecei a vossos pais segundo o Senhor; porque isto é justo. Pais, não exaspereis vossos filhos. Pelo contrário, criai-os na educação e doutrina do Senhor”, assim também lemos na carta aos Efésios. Pois muito bem, caros leitores, é fato conhecidíssimo de todos que no contexto da família, pensada, desejada e criada por Deus, precisa existir dentro da democracia familiar, também uma hierarquia, bom senso e, colocando um olhar espiritual sobre o assunto, uma direção espiritual. Os pais devem ser, ao modelo de São José, os provedores e mantenedores da casa e da família, e vejam que isto não exclui a participação da mulher que é benvinda em épocas atuais. O problema é que muitos pais viram as costas para o mandato de Deus que diz que “devemos cuidar do povo e da sua religião (1ª Macabeus 3,43). Ora, não deve haver espanto nisso porque nosso povo começa dentro de nossa casa, com marido, esposa e filhos, então, a célula básica de humanidade, alvo constante do diabo, é nossa conhecida igreja doméstica. Por isso também, pais são chamados de primeiros catequistas. No entanto, quanto mais a humanidade caminha sem avançar nas principais áreas de sua existência, por outro lado, em outras, seria de se tirar o chapéu. Mas, como bem nos coloca o Padre Thomas Kemphis: “não é raro que o homem desagrade a Deus com aquilo que gosta”. Sábias palavras, já proferidas nos idos do século XV. Muitos, acabam por alguns motivos tornando-se verdadeiros pais desinteressados. Tem reunião na escola, ou o pai ou mãe comparecem. Tem reunião na escolinha de futebol ou de balet, o pai ou a mãe está presente. Até na escola, quando se convoca uma reunião, ou o pai ou a mãe acaba comparecendo. Por que? Ora, simples também; porque é do interesse dos pais e tem relação direta com seus filhos. Tudo parece bem não é mesmo! Não! Não é. Onde anda o interesse dos pais pela parte espiritual de seus filhos? Os novíssimos, regra de ouro a se pensar sobre eles todos os dias, diz também aos filhos de cada um. A todos, sem exceção. E os pais, desinteressados, além de negligenciarem esta realidade em suas vidas (Eclesiástico 7,40) também o fazem com relação aos filhos. “Pergunta para teu catequista” – dizem alguns ou então os catequisandos ficam empenhados em sempre dar justificativas do porquê seus pais são ausentes em reuniões ou até mesmo nas atividades da igreja, da comunidade e paroquiais. Erram gravemente pois em Ezequiel 3,20-21, Deus nos ensina que se não corrigirmos alguém que sabemos estar fazendo algo errado, também seremos cobrados. Isso se encaixa perfeitamente aos pais. Quando casaram se comprometeram a Deus, perante o altar, criar e educar os filhos na fé cristã, mas, terminam gastando o pouco tempo que lhes sobra com eles somente com as coisas que passam. Já diziam os antigos: depois do leite derramado... Se pais e mães não são alicerce familiar, a ruína pode muito facilmente atingir todos os membros e isso inclui os filhos. Volto a dizer, pais desinteressados, depois do leite derramado... Portanto, acordemos da letargia e da preguiça espiritual, agora, como dizia São João Maria Vianney, “é hora de trabalharmos pela nossa salvação”, e a igreja de Cristo por mandato dele acrescenta: é hora também de trabalharmos pela salvação do próximo. Desde o próximo que vive no mesmo teto que nós, até o próximo que não vive. Afinal, agindo assim, que é como Deus espera que façamos, deixamos de lado o egoísmo pois não iremos querer o céu só para nós, iremos querer o céu para aqueles que amamos e para todos. fonte: Jefferson Roger
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