Por todos os lugares mundo afora, reúnem-se os cristãos seguidores do evangelho a muitos séculos para celebrarem o mistério da fé. Aprendemos da tradição católica que desde a época da perseguição dos primeiros cristãos, aqueles que creram e foram batizados, levavam uma vida em Cristo, dando testemunho de fé até o sangue. Já na época apostólica começaram, conforme acompanhamos no livro de Atos dos Apóstolos, os primeiros movimentos ordeiros em torno de todo o contexto da igreja fundada sobre a profissão de fé de Pedro (Mateus 16,18). Realmente é muito bonito observar o fervor em torno do cristianismo dos primeiros passos da igreja católica. Passos esses que empunhavam em riste e lá no alto o sentimento transformador de ser cristão, viver a religião do Deus vivo. Claro que o inimigo, idiota como sempre mas nada burro, viu que a cristandade não iria se acoar frente ao barulho do mundo pagão, e como sempre fez e faz até os dias de hoje, tratou de infernizar e sempre infernizar a vida daqueles que renunciam aos inimigos da alma. Mesmo assim, os anos foram se passando e por terra foram caindo aqueles a quem o livro do Apocalipse relata, os que lavaram suas vestes no sangue do Cordeiro. Os martirizados. Assim é até hoje, muitos caem por causa de Jesus. Porém, também até hoje, muitos se reúnem como no tempo dos apóstolos para, além da celebração do mistério, exercerem outras atividades cada vez mais emergentes dentro do corpo de Cristo. E não é assim que acontece? Não precisamos nos reunir em nome de Jesus? Precisamos sim, está escrito nos evangelhos, onde um ou mais estiverem reunidos em meu nome... eu estarei no meio deles. Atualmente, na paróquia em que fui convidado desde o início do ano a participar das atividades da catequese, e saliento, fui muito bem acolhido por todos, diferentemente da paroquia em que moro, mensalmente várias atividades são desempenhadas pelos catequistas e seus catequisandos. Infelizmente a falta de mais tempo por parte dos catequistas por conta de outros compromissos pessoais e familiares, é motivo para não haver uma presença de cem por cento em todas as atividades mas, independente disso, a adesão é grande. Na data de ontem, aconteceu mais um desses encontros no início da noite. Reunidos em torno da palavra de Deus, após a leitura orante, preces e reflexões sobre o modo operante dos catequistas, o evangelho do dia propôs uma autorreflexão de cada um a respeito de como se está agindo após o sim a Deus, atendendo o chamado (Romanos 11,29) para exercer a atividade da catequese. E assim deve ser para o cristão, não só aos catequistas, embora todos somos convocados por Jesus a evangelizar, em todas as esferas da vida, tanto material quanto espiritual. Estamos levando as coisas de qualquer jeito? Tendo crises de pelagianismo? Achamos que damos conta de tudo sozinhos? Que somos os donos da verdade? Nada disso, não devemos ser assim e querermos ser os primeiros e nem exaltados. Jesus nos ensinou o contrário, sermos aqueles que servem, assim como ele nos mostrou e ensinou no lava-pés, e nos fazermos os últimos, os humilhados. A única coisa que devemos sim, correr atrás, em primeiro lugar e não afrouxar em relação a isso, é atender o aviso do Cristo que diz que devemos buscar primeiro o reino de Deus e a sua justiça. Agindo assim, iremos nos distanciar cada vez mais do orgulho egoísta e nos aproximar da humildade e da compaixão. Que encontros assim entre as lideranças paroquiais e nas comunidades, convidando a todos, sempre aconteçam, pois neles, sempre é possível tirar a poeira de cima de alguma área do nosso agir, que está sendo encoberta pelas distrações do cotidiano e do mundo. Que Nossa Senhora, mãe de Deus e nossa mãe, a primeira catequista, nos auxilie dentro e fora de nossas casas, por toda a parte por onde andarmos para que possamos dar testemunho do Cristo com nossas vidas, naquilo que falamos e na forma como agimos, amém. fonte: Jefferson Roger
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