Caros leitores, sobretudo os católicos, se existe um discurso que muitas pessoas gostam de empregar contra os católicos em conversas e debates religiosos é o de dizerem que “Deus é o mesmo”, querendo com isso erguerem a bandeira flamejante que diz que da minha religião eu não saio pois não é preciso, afinal, Deus é único. Também essa postura visa colocar a pessoa numa situação de politicamente correto, de política de boa vizinhança onde se quer mostrar que tudo bem, você pode ficar na sua religião, eu respeito, cada macaco no seu galho, você respeita a minha religião e eu respeito a sua porque Deus está presente com Jesus e o Espírito Santo em todas. No fundo, no fundo, não é bem assim que as coisas funcionam, vamos entender. Antes de estreitar o debate que existe dentro do cristianismo, é fato no decorrer da história da humanidade, que muitos povos em suas crenças acreditavam e ainda acreditam na existência de uma força superior, ausente aos sentidos humanos que, de alguma forma, age nos acontecimentos pessoais de forma individual e global. Já remonta a tempos muito antigos essa certeza entre os seres humanos em seus mais variados graus de conhecimento. Passando por antigos deuses até divindades atribuídas as forças da natureza, endeusando-as, o homem sempre viveu um sentido nato de relacionar sua vida com algo maior, buscando dar sentido a ela. Se as coisas comprovadamente são assim, nesta diversidade toda, o que dizer então do cristianismo? Os cristãos, seguem a Cristo. Ora, pode pensar o leitor, isso está meio que na cara! Será? Não será. Muitas denominações cristãs deixam Jesus Cristo de lado e permanecem firmes no antigo testamento, ou então se tornam a religião de um livro e não de uma pessoa. Outras que também agem dessa forma arriscam vez por outra invocar Jesus para algumas ocasiões. Seja como for, se pensarmos apenas em termos lógicos, por que as denominações que assim falam dele, pregam entre elas um Deus completamente diferente? Ora, se Deus é o mesmo como afirmam, então ele exige a mesma coisa em todas as religiões, oferece a mesma coisa em todas as religiões e em consequência disso, espera de cada um, a mesma atitude e comportamento. Se ele é o mesmo, uma religião basta. Se não for assim, Deus é então um mentiroso e um injusto que trata as pessoas conforme sua vontade oferecendo diferentes graças conforme lhe é do agrado. Nada disso, se fosse assim, durante todas as gerações da humanidade, umas teriam menos ou mais exigências que outras para alcançarem o paraíso e não é assim. Ele mesmo disse em Malaquias 3,6 que “Eu sou o Senhor seu Deus e não mudo” e em Isaías 45,23 disse que “minhas palavras não serão revogadas”. Deus de fato é único mas as pessoas criam religiões diferentes para poderem interagir com ele da maneira que melhor é para elas e não como ele colocou em seus termos divinos. Para uns, basta recorrer direto a Deus para o perdão dos pecados, para outros pode ser direto com Jesus. Para uns Deus quis usar Maria Santíssima para que Jesus nascesse neste mundo e depois deu um pé na bunda dela, assim como fez Jesus que até a chamou de “mulher”, ambos, descartando-a. Para outros Maria é a “mulher” da inimizade entre a descendência da serpente e dela, é a “mulher” que lhe foi confiada a humanidade e é a “mulher” vestida de sol do apocalipse. Maria é, assim como todos nós, membro do corpo de Cristo que é a sua igreja e exaltada por aquele que nela fez maravilhas. Para outros é possível xinga-la, despreza-la e dela falar mal, não importando que foi mãe de Jesus e escolhida pelo criador para trazer a salvação até a humanidade. Uns dizem que Maria era uma pecadora qualquer e não devem pedir nada a ela, alegam isso porque ela foi fazer as oferendas da expiação no templo. Não percebem que ela, de tão humilde que era, não ficou se achando porque estava para ser mãe do messias. Muitas religiões dizem que os católicos adoram imagens e Maria Santíssima alegando que na bíblia se ensina para não fazer ídolos e somente adorar a Deus, nas palavras de Jesus. Esquecem que adorar é colocar algo ou alguém acima de Deus. Confundem o auxílio e a intercessão que os católicos pedem à fatia da igreja triunfante que vive junto de Deus, achando que entre os homens, pecadores é válido orar a Deus, intercedendo uns pelos outros mas, orar aos que já trilharam o caminho de Jesus e que se encontram com ele não deve ser feito. Afirmam seguir unicamente a bíblia mas ficam vivendo sobre versículos e textos escolhidos a dedo porque se forem viver a palavra de Deus na íntegra terão que terminar católicos. Cada religião irá defender seu ponto de vista assim como a religião católica, porém, existe uma grande diferença. O católico pode acreditar e seguir toda a sagrada escritura, não precisa ficar selecionando alguma passagem para sua conveniência. O problema das muitas denominações religiosas, seus seguidores e o que elas promovem nessa vida será resolvido pelo justo juiz. Aos nascidos em determinada religião, talvez lhes caibam a culpa invencível. Aos itinerantes e nômades que trocam de fé como quem troca de roupa, lhes cabem um acerto de contas com Jesus. O que deve importar então, é uma sinceridade pessoal para com Deus e para com os outros. Com o discurso falso para agradar aos homens de que Deus é o mesmo, Deus é um só, só para poder seguir vivendo o Deus pregado em sua religião, reside o perigo da heresia, da apostasia e do cisma, precisamos ter cuidado! Como se dizia antigamente: Deus está vendo tudo! fonte: Jefferson Roger
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