segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Nota de repúdio para quê?

Não é de hoje que a natureza das coisas nesta etapa de nossas vidas se movimenta favorecendo os maus. Vamos deixar claras as coisas, para que não exista a tentação de acharmos que o autor anda perdendo a fé no Deus do impossível. Existe o bem no mundo e ele ainda pode ser encontrado, porém, aos olhos de qualquer pessoa, é comprovado que o mal caminha ao som de sua bela fanfarra instrumentando suas diversas melodias para todos os cantos do planeta.

Caro leitor, qualquer um vê quanto do mal vive a nossa volta. Se ligarmos os noticiários policiais, todos os dias somos atualizados com manchetes sempre inéditas que giram em torno de todo o tipo de brutalidade contra a vida humana. O mau se apresenta todos os dias com a vestimenta do assassinato, das drogas, do aborto, do sexo desregrado e fora do contexto divino, da ideologia de gênero, guerras civis, políticas e religiosas e tudo isso incentivado e promovido pelas quatro frentes de opressão: a indústria farmacêutica, a educação, o lobby político e as mídias sociais; e a lista das barbaridades anticristãs ainda prossegue. Muitos afirmam que a riqueza monetária do mundo está na mão de poucos por cento da população mundial e acho que é muito difícil alguém descordar dessa afirmação.

A infestação da maldade se alastra por toda a parte e de nós, cristãos que pretendemos viver o evangelho do Cristo para um dia, por conta de nossas obras (Apocalipse 22,12), chegarmos ao céu, nos é pedido por Jesus, a perseverança (Mateus 10,22). O problema dos cristãos é que eles querem vencer agora e isso está biblicamente escrito que não vai acontecer. Pessoal, vamos recordar, o livro das revelações é muito claro em afirmar que a vida que esperamos viver agora nos aguarda na Jerusalém celeste.

Já que aprendemos que de todo o mau, Deus pode tirar coisas boas, levanto aqui um pequeno aspecto que muitos de nós as vezes nem cogitamos pensar. Da forma como as coisas caminham, mais gente será condenada do que será salva. Viver a cada dia que passa, cada vez mais tem se transformado num remar contra a correnteza. A minoria cristã, cada vez mais está se tornando minoria e falo aqui dos autênticos pois aqueles que se dizem católicos mas vivem ilusoriamente agradando a dois senhores se fazem inimigos de Deus (Tiago 4,4) e farão parte daqueles que Jesus irá apartar no dia do juízo (Mateus 25,41).

Parecem findar os tempos, parece afunilar a caminhada, parece que nossas orações não alcançam o céu. Às vezes, vivemos felizes em nosso mundinho, na paróquia que moramos, indo à missa, para a aula, para nossos trabalhos nos concentrando em tudo que está mais próximo e fazendo um olhar de paisagem sobre a realidade total. É bom agir assim, mas como disse Jesus, não se deve deixar aquilo de lado, ou seja, temos que agir dentro de um todo. Quantas vezes alguém já ouviu na vida nas orações da comunidade dentro da missa pedirmos a Deus pelos governantes? Deu algum resultado até agora? Claro que não e nem vai dar, porque como disse Jesus a Santo Antão, ele está presente mas quer nos ver lutar.

E assim percebemos que nossa vida é algo de muito precioso e sério, ela quer ser tomada de nós, se aceitarmos as ofertas do mundo iremos perde-la (Mateus 10,39), se a entregarmos no martírio iremos salva-la. Adianta manifestos? Adianta repúdios? Claro que sim, eles têm o seu papel, mas precisamos promover um alcance maior e não esquecermos de que não podemos viver, devemos batalhar.


fonte: Jefferson Roger

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