A vida infantil é abarcada pela vida adulta. Através da linguagem da palavra e das atitudes, os adultos vão transmitindo conhecimentos com aquilo que falam e fazem. É bem verdade que mais tarde as crianças também começam a aprender com outras crianças e mais adiante ainda, aprendem com todos. Nesta altura podemos compreender que isso, de se aprender com os outros através do que eles falam e fazem, é uma constante na vida das pessoas. Cercados pelos pais, quando pequenos e completamente dependentes deles para tudo, vamos aprendendo que nosso mundinho, antes do tamanho de um útero, aumenta para o tamanho de um colo, de um amamentar e só mais à frente, nossa casa, as pessoas ao nosso redor e a coisa não para de crescer. Nos tornamos adultos e a vastidão do mundo, ainda que globalizado, não nos envolve por completo porque cada pessoa vive uma realidade particular absorvendo do mundo aquilo que necessita para viver. No entanto, enquanto filhos, envoltos sob os cuidados da mãe e do pai, a criança vai crescendo, recebendo amor, carinho, atenção, mas também regras, disciplina, conceitos morais e religiosos pautados numa catequese familiar que é um início, um impulso e que termina com nossa passagem pela experiência transformadora da morte. Os filhos vão crescendo e os pais, que assumiram perante o altar educa-los na educação e doutrina do Senhor (Efésios 6,4), amorosamente, mas rigorosamente vão colaborando na construção dos valores no coração dos pequeninos. Assim como é verdade que os casamentos santificam, também é verdade que os filhos santificam os pais, o mesmo acontecendo na outra via. Um pai que é esperado chegar em casa, de braços abertos, sorriso no rosto e olhar de felicidade, precisa sempre estar ciente de que o sentimento que lhe vem dos filhos é verdadeiro. Como então viver uma vida de mentiras e pecados, uma vida paralela, para ser para seus filhos um herói como o das histórias de faz de conta dos quadrinhos e filmes? No livro de Tobias, o anjo São Rafael explicava para o menino que o diabo tem poder sobre aqueles que deixam a razão de lado e se comportam como animais (Tobias 6,16-17). O que isso quer dizer? Simples, essa afirmação angelical quer dizer que a atitude de pecar tem a contribuição dos impulsos, no autoconvencimento para benefício próprio e nos desejos da carne. Um animal não tem relação sexual pautada no amor e fecundidade de um casal que vive o matrimônio sob o olhar de Deus. Um animal cruza, acasala, sente atração pela fêmea e ela pelo macho e os dois simplesmente copulam. O pecador impuro através dos pecados da carne é como aquele que está descrito no Livro de Tobias, descrito por São Rafael, sob os quais o diabo tem poder. Por isso, a lógica também é deixada de lado, a razão e o coração e apenas movido por paixões terrenas e desejos do corpo se peca contra os mandamentos, cegamente, colocando um pano preto sobre os que vivem em família, como a esposa, o marido e os filhos. Chegar em casa, depois de ter cometido uma ofensa contra Deus, seja qual for, depois de ter pecado de olhos abertos, sabendo que se estava pecando e querendo pecar, e encarar hipocritamente o olhar de uma criança ou de um cônjuge constitui em um agravante ainda maior desse pecado. Sempre é tempo de resistir na luta contra o pecado até o sangue (Hebreus 12,4) e perseverar até o fim (Mateus 10,22) para poder glorificar a Deus com nosso corpo (1ª Coríntios 6,20) e sermos um exemplo vivo do Cristo (1ª Coríntios 11,1) em nossas famílias. fonte: Jefferson Roger
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