sexta-feira, 3 de novembro de 2017

A luz que vem de Cristo

A expressão que diz que Deus se inclina para ouvir a oração do pecador é muito consoladora. Sem dúvida como lemos na bíblia, nossa oração sobe aos céus como fumaça do incenso. Ela sempre é ouvida porque Deus, ao contrário do que pensam muitos, não é um surdo. Nossa proximidade com o mundo espiritual é maior do que pensam as pessoas. Não podemos enxergar esse plano, mas, como nos recorda a carta aos Efésios, ele nos rodeia. Como disse Santa Teresa de Jesus em seu livro Castelo Interior, “não chamo oração mexer com os lábios sem pensar no que dizemos, nem no que pedimos, nem quem somos nós, nem quem é aquele ao qual nos dirigimos. O costume de falar a majestade de Deus como quem fala a um estranho, dizendo o que lhe vem a cabeça, sem reparar se está certo, por ter decorado ou repetido muitas vezes, a isso não tenho em conta de oração.”

Como vemos, não poderia estar mais certa Santa Teresa. Realmente um falar da boca para fora com intenções que não são as primeiras, igualam-se ao falar um discurso qualquer. Se nos colocamos na presença da Santíssima Trindade, limpamos a mente e o coração, deixando espaço para a ação do Espírito Santo, vai acontecer a conexão, mas, dessa forma, ela vai ser sentida. Não há nada de novo nisso, as sagradas escrituras nos ensinam que devemos rezar e pedir com fé.
As vezes somos agraciados na alma com a sensação indescritível de uma presença celeste. Outras vezes são os sentidos que também participam. O que dizer a respeito de uma vela que é acesa na presença da Santíssima Trindade para a recitação de um Rosário (todo mundo conhece o tamanho da chama de uma vela), ao se começar a oração a vela aumenta muitas vezes de tamanho, voltando a diminuir no final da oração, queimando totalmente uma vela que normalmente leva mais tempo que a recitação de um Rosário para queimar totalmente?

Os céticos como sempre, irão atribuir uma “explicação racional”, afinal, como dizem, sempre deve existir uma explicação dessa natureza para tudo. Acham mais fácil fazerem um esforço nesse sentido do que cederem a inevitável verdade sobre Deus, presente em toda a parte. Só quem vive a experiência de um ambiente receber do nada o aroma de rosas e flores, arrepios que indicam uma presença muito próxima, podendo ser sentida quase fisicamente, locuções interiores, uma presença espiritual te segurando para lhe salvar de um acidente físico e a chama de uma vela que queima de uma forma não natural, sabem do que estou a falar.

É fácil dar uma de São Tomé e deixar a fé se esvair pelo ralo da vida só porque os sentidos não estão puros e o coração não está aberto a Jesus que bate a porta para entrar aos que lhe permitirem. Todavia, bem verdade é que, como aprendemos através da vida e exemplo dos santos (Hebreus 6,12), a oração na tribulação tem mais valor. Basta seguir o que disse Jesus, orai sem cessar. Santo Antão nos recorda que a única arma do cristão é a oração e Jesus nos ensinou, através de Santa Irmã Maria Faustina Kowalska, que é muito bom e muito lhe agrada a oração pedindo misericórdia pelos pobres pecadores. Dessa forma, aprendemos que motivos para se rezar sempre irão existir, se nem tempo reservamos para as orações cotidianas e diárias para apenas agradecer, como então esperamos ser atendidos nas orações emergenciais que fazemos a Deus esperando um pronto atendimento? Vale lembrarmos que Jesus curou dez leprosos, mas só um voltou para agradecer.


fonte: Jefferson Roger

Nenhum comentário:

Postar um comentário