quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Os mistérios da oração

É bem isso que podemos falar a respeito da oração, que ela é um mistério. Se pararmos para refletir um pouco iremos enxergar em nossa frente um horizonte muito grande relacionado a oração. Santo Antão dizia que a oração é a única arma do cristão. Padre Pio chamava o Santo Rosário de “A arma”. Nossa Senhora disse a São Domingos de Gusmão, quando da entrega do Rosário que “Deus queria se servir dessa peça de combate para a salvação das almas”. A bíblia, sobre a oração, está repleta de passagens e entre elas lemos que a oração tem que ser feita com fé. De cara e para começo de conversa já podemos vislumbrar que ela é paradoxal, ao mesmo tempo simples e ao mesmo tempo complexa.

Jesus disse para vigiar e orar sem cessar. Sua mãe, a Virgem Santíssima não se cansa de “correr” pelo mundo afora recomendando a récita diária do Santo Rosário. Pessoal, se Jesus e Maria falam a nós desta maneira é até mais do que óbvio que a coisa não é brincadeira. Neste ponto, entra em cena um dom muito importante e que precisa ser cultivado sempre e sempre: a fé. Porque sem ela não iremos enxergar o porquê devemos rezar. Se abandonarmos a fé trocando-a por filosofias racionalistas fatalmente não iremos encontrar razões para rezar. Quantos não passaram, não passam e não passarão por isso. Se a fé é colocada a margem da vida, a mecanização da vida em seu cotidiano vai varre-la para baixo do tapete.

Ficaremos então a pensar no porquê de tanto se rezar já que nada se modifica em nossas vidas. Rezamos, pedimos e pedimos, imploramos a Deus pelas graças e elas não acontecem. Não conseguimos ver como a oração pode nos ajudar e até a oração do Pai Nosso perde o sentido porque, se atendidos somos, somos atendidos na base do conta gotas. Parece que vivemos numa constante vingança de Deus em relação a sua criação que não aceitou viver segundo os desígnios do seu criador. Parece um constante castigo o viver a cada dia. Rezar para quê? Se somássemos todas as orações feitas qual a proporção dos pedidos concedidos? A sagrada escritura diz que é porque não sabemos pedir como convém. Mas será que depois de tantos anos e tendo aprendido isso, nunca saberemos pedir como convém? Já que as graças continuam caindo sem abundância nenhuma?

Que mistério e que mistério relacionado com a fé. Seja como for, uma coisa é certa. É melhor seguir o que Jesus e Maria disseram pois, afinal, cremos que eles já estão no paraíso. E certamente nos querem lá também, do contrário por que de tantas aparições de Nossa Senhora? Por que o crucificado pelos nossos pecados nos ensinou a orar e mandou orar sem cessar? Não é para que não cheguemos lá. Então mãos à obra, é preciso olhar para o copo com água até a metade e enxerga-lo meio cheio. Pior é não rezar pois entre nada e alguma coisa sabemos bem o que escolher. O nada nos remete a não existência, ao vazio e onde existe alguma coisa, existe a possibilidade da esperança, alimentada pela fé e robustecida pela oração. Se rezo e nada acontece, que continue rezando pois é preciso um olhar atento já que aprendemos nas sagradas escrituras que não pedimos como convém. Mesmo que os anos se passaram e pareça ainda que não pedimos como convém, de fato isso pode ser verídico porque satanás é ardiloso e não se distrai, empregando todas as suas forças contra nós. Se fazemos de nossas orações um exercício negligente e displicente precisamos lembrar que o inimigo já está fazendo todo o seu máximo contra nós em 100% do seu tempo. Não brinquemos e de novo, recordemos o que Santo Antão nos ensinou: a oração é a única arma do cristão.


fonte: Jefferson Roger

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