Muitas pessoas se dizem devotas e não param para pensar no quanto essa alegada devoção auto anunciada, de fato, movimenta a sua espiritualidade. São Luiz Maria Grignion de Monfort, a muitos anos já fazia primorosa catequese a respeito, quando tratava do tema da verdadeira devoção à Virgem Santíssima. Por aqui, vamos dar uma passada por cima, em alguns aspectos básicos e práticos que o devoto precisa ser, ter e viver, se almeja se intitular um devoto. O devoto não é uma pessoa que tem medo de sê-lo, não pratica sua devoção de modo escondido. Se ele é realmente um devoto, ao andar pelas ruas, em praças públicas, no trabalho, na escola ou qualquer ambiente público, qualquer um corre o risco de perceber que sua devoção não mede esforços, não é mesquinha e nem tampouco tímida. Para o católico, a devoção vivida pode ser manifestada de algumas formas. Comumente vemos um devoto de Maria Santíssima usando no pescoço uma medalha ou uma camiseta com sua estampa. O mesmo também vale para a devoção aos santos de Deus. O católico precisa estar bem consciente e firme na sua fé para testemunhar publicamente suas devoções. Isso ocorre em virtude de outras denominações religiosas, por não crerem na mesma doutrina, adotam diversos tipos de comportamentos. Alguns ridicularizam, outros, falam mal, outros tratam com indiferença e alguns respeitam. Se o devoto é devoto, está preparado para defender sua fé e nada nem ninguém pode abalar sua crença. Para resumo da questão o devoto não é uma pessoa quem tem medo de demonstrar sua devoção. No entanto, as coisas precisam ficar bem colocadas. A devoção não serve para que a pessoa se exiba. A devoção não serve para jogar toda nossa responsabilidade cristã nas costas daquele a quem se tem devoção. Até porque a verdadeira natureza da devoção consiste em querer imitar aquele que é motivo de devoção. Também consiste em recorrer solicitando auxílio e ajuda para que consigamos fazer a nossa parte. O devoto é aquele que conta com o devotado e não tem receio de pedir auxílio, reconhecendo estar em menor grau de santidade. Todavia, vamos repetir, cada um faz a sua parte e Deus não transfere a cruz de ninguém. Trata-se, como bem aprendemos, da comunhão dos membros do corpo de Cristo e com o Cristo cabeça de sua igreja. O devoto primeiramente é devoto no coração, se ama Jesus, naturalmente amando de coração, é devoto de Jesus Misericordioso, das Santas Chagas de Jesus, do Sagrado Coração de Jesus e assim por diante. Faz as orações às essas devoções que serão sempre dirigidas para o Cristo. A finalidade de toda e qualquer devoção sempre será a pessoa de Jesus Cristo. Não pode ser diferente pois ele nos disse que ninguém vai ao pai senão por ele e que ele é, portanto, o caminho a verdade e a vida. As devoções afunilam para Jesus e não é preciso ter medo ou receio delas porque ninguém amará menos Jesus porque é devoto de Maria ou de algum santo. Não há o que temer, Deus muito se alegra ao ver seus filhos unidos em comunhão com o Cristo em plena parceria de comunhão com os santos. Um devoto verdadeiro reconhece sua pequenez e recorre as graças do céu, concedidas por Deus para o bem de todos e a comunhão com os santos e a devoção sincera e verdadeira só bem trará aos que, de forma desinteressada e por causa de Jesus, a praticam. Seja um devoto feliz, porque você conta com toda a ajuda concedida por Deus. Leve a sério suas devoções, examine se é devoto da boca para fora ou se é devoto a partir do coração. Por que se acha um devoto? Compare suas práticas devocionais com a dos santos que tinham a mesma devoção que você tem. Não desanime, de nada adiante dizer, por exemplo, que é devoto da Virgem Maria, rezar apenas uma Ave-Maria de vez em quando, ir uma vez por ano no Santuário e mais nada. Isso, não é ser devoto. A própria Virgem Maria em suas aparições já disse que aquele que não reza o Santo Rosário todos os dias não pode se dizer devoto porque ela não considera essa pessoa um devoto. fonte: Jefferson Roger
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