Distância é uma coisa muito bem conhecida por todas as pessoas. Muitas pessoas não se dão conta dela em suas vidas até terem que passar por alguma experiência. Às vezes a distância mostra as caras e mostra a que veio. Ela bate à porta e se anuncia sem o menor cuidado. No alto do calvário, Jesus crucificado guardava certa distância do chão e não era mais possível para Maria Santíssima abraça-lo. Para o centurião a distância não importava. Não importava a ele que Jesus estivesse fisicamente com o seu empregado doente para que ele fosse curado. Na beira do caminho, o cego de nascença Bartimeu, não se importou com a distância em que ele estava do local em que Jesus iria passar e gritou em alta voz para Jesus ter misericórdia dele, mesmo sendo repreendido, gritou ainda mais alto. Para Maria Madalena a distância importava, ela do lado de fora do sepulcro, sem poder contemplar seu salvador, foi a última a deixar o túmulo e a primeira a chegar no dia seguinte porque queria vencer essa barreira, a barreira da distância para estar perto do seu amor maior. Durante a vida pública de Jesus, as multidões faziam de tudo para estarem na sua presença, para estarem a menor distância possível de Jesus. E muitos estiveram à distância de um olhar. Jesus, durante toda a sua vida, o que fazia era um movimento que visava encurtar a distância entre as pessoas e Deus. Revelar o amor do pai e na boa nova levar até as pessoas o anseio de querer um dia morar junto dele para todo o sempre, custe o que custar. Em suma, o que Jesus nos ensinou é que não deve haver distância entre nós. Entre ele e nós. Mas nós, que devemos ser seus imitadores, devemos agir da mesma maneira para com o próximo. Entre os viventes toda a distância de coração deve ser superada, toda a distância física deve ser entendida, aceitada e convivida. Entre os vivos e os que já se foram, a distância é temporária para aqueles que vivem sob o jugo de Cristo. Se a distância entre os esposos existe, existe espaço para o inimigo habitar entre eles. Corações distantes deixam de ouvir a voz dos céus e se ensurdecem com os barulhos do mundo. Entre pais e filhos não deve haver distância. Mentes e corações que pensam diferentes tomam rumos diferentes e com isso caminhos que deviam andar juntos se afastam na bifurcação da intolerância e dos prazeres e desejos egoístas. Quando Jesus disse que subiria aos céus para nos preparar uma morada disse também que estaria conosco até o fim dos dias. Ou seja, Jesus nos quer perto dele e no fim dos tempos, nos quer com ele para todo o sempre. O recado está mais do que dado. Ele quer, porém, que façamos a nossa parte se queremos um dia habitar as moradas que ele mesmo falou que foi preparar. Sempre é hora de lembrarmos que a distância é algo valoroso, tanto para o bem quanto para o mal. No dia a dia a modernidade e a tecnologia “encurtam” distâncias e na mesma medida, o empenho de muitos não é mesmo para manterem-se próximos de Deus e próximos dos que precisam de nós. Como disse o Cristo: “entre vós não deve ser assim.” Não devemos negligenciar as coisas porque queremos muito bem durante nossa vida Deus perto de nós, cuidando de nós, dos que gostamos e do que fazemos, mas quantas vezes guardamos uma certa distância dos outros? Precisamos refletir, Jesus disse que somente seremos perdoados na mesma medida que perdoarmos, precisamos ficar atentos, os dias passam numa velocidade tal que se não formos prudentes, iremos agir como as virgens do evangelho, sem óleo para suas lamparinas. fonte: Jefferson Roger
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