Jesus, a segunda pessoa da Santíssima Trindade não obriga ninguém a nada. Isso por causa da liberdade que Deus dotou o ser humano. No entanto, nem por isso as obrigações deixam de existir. Em vários segmentos de nossas vidas fomos, somos ou seremos obrigados a algo, ou a alguma coisa. Sempre temos que decidir, temos que fazer uma escolha. Falando espiritualmente, se sabemos que algo faz bem para nós, enquanto corpo e alma, nós “dobramos” a preguiça do corpo e da mente e num ato de firme propósito nos “obrigamos” a fazer alguma coisa porque sabemos que é para nosso bem. Se a preguiça nos convida a não irmos na missa e sim no shopping ou mesmo ficarmos na cama, nossa força de vontade, que brotou no coração (porque sabemos que nos faz bem) e se instalou na mente, vem em nosso auxílio e nos impele, como um todo a irmos na missa. E não deve haver receio algum nessa prática, a de se ir na missa por pura obrigação. Vale lembrar que a oração feita no sofrimento vale mais do que a oração feita na consolação. Ademais, se o assunto fosse “motivos para se ir na santa missa”, de sobra existem muitos, porque quantas pessoas, vivas ou mortas (no purgatório) precisam que participemos da missa. Agora, se decidimos livremente porque entendemos bem como são as coisas, então nosso esforço alcança patamares que nos permitem sim, dizer a respeito de nós mesmos, que fazemos o que fazemos porque nos obrigamos a isso. E isso não é de se espantar. Essa obrigação que nos impomos, assim o fazemos porque aceitamos o convite de Jesus. Aceitamos a sua proposta contida no evangelho. E isto é muito bem-vindo aos céus, tanto é que na carta aos Hebreus 12,4 está escrito que é preciso na luta contra o pecado resistirmos até o sangue. Jesus, para que não haja dúvida alguma, nos ensina em Mateus 11,12 que o céu é arrebatado a força e são os violentos que o conquistam. E por que Jesus diria algo assim? Simples, ele mesmo respondeu quando disse que é muito difícil entrar no reino dos céus uma pessoa que é apegada a alguma coisa que passa e, nos evangelhos sinóticos, ele exemplifica falando do apego a riqueza e bens materiais. Como vemos e como temos muito bem vivido em nossas vidas, aceitar o convite de Jesus significa aceitar o combo completo, não podendo excluir do pacote, aquilo que não nos agrada. Assim como o convite é feito por inteiro, nosso salvador espera de cada um de nós uma aceitação total. Por isso as coisas são católicas porque ser católico requer adesão total, não percentual. Você recebe um convite para uma festa e nele está escrito que o traje é esporte fino. Você comparece ao evento vestindo roupas de outra característica? Vai com traje de gala ou com a roupa que se vai na academia? Pois é, se a natureza humana, compreende as coisas por aqui então o que dizer a respeito do projeto de salvação de Deus? É um convite e precisamos lê-lo e compreende-lo por inteiro. fonte: Jefferson Roger
Nenhum comentário:
Postar um comentário