quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

O convite de Maria

Para aqueles que não são católicos e para tantos católicos escrupulosos, Maria é colocada numa situação de pedra de tropeço. Onde já se viu dar tanto crédito para Maria Santíssima, recitar o Santo Rosário, se ajoelhar em frente as suas imagens. Ela foi uma mulher qualquer, escolhida por Deus para ser mãe de Jesus aqui na terra e somente isso. Importância nenhuma tinha além disso que nem é mencionada com tanta magnitude e propriedade como Jesus Cristo nos evangelhos e nas cartas apostólicas. Se Jesus nos disse que ninguém vai ao pai senão por ele, e que ele é o caminho, verdade e vida, único mediador entre Deus e os homens, o que é que as pessoas estão fazendo perdendo tempo rezando para a Virgem Maria? Para muitos é até idolatria pura que vai contra os escritos do antigo testamento. E existem muitos padres por aí, que passam longe do nome da toda cheia de graça utilizando-se de muita cautela ao se falar o nome dela. Mas, as coisas não são bem assim, falta para muitos mais aceitação e informação, vamos refletir um pouquinho sobre isso.

Deus, por meio de seu mensageiro São Gabriel, convidou Maria para ser mãe de Jesus. Percebemos que é um convite porque depois que ela quis saber como as coisas aconteceriam, já que ela não teve relações com José, e o anjo explicou, esclarecida a dúvida ela aceitou: eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim, segundo a tua palavra – Lucas 1,38. Na aparição que Maria fez a São Domingos de Gusmão, ocasião onde o Santo Rosário foi entregue, ela mesma disse: “Querido Domingos, você sabe de que arma a SANTÍSSIMA TRINDADE quer usar para mudar o mundo?” São Domingos respondeu: “Oh, minha Senhora, vós sabeis bem melhor do que eu pois, depois de vosso Filho JESUS CRISTO, vós tendes sido sempre o principal instrumento de nossa salvação.” Nossa Senhora respondeu-lhe: “Quero que saibas que, a principal peça de combate tem sido sempre o Saltério Angélico que é a pedra fundamental do Novo Testamento. Assim quero que alcances estas almas endurecidas e as conquiste para DEUS, com a oração do meu Saltério.”

Quanto as imagens é mais que evidente que elas são um auxílio. Tanto faz ajoelhar aos pés da cama, rezar deitado olhando para o teto no quarto, numa quina da casa, num banco de igreja, católica ou não. A oração é dirigida aos céus, chega a ser uma infantilidade os não católicos acharem, ignorantemente, que estamos nós católicos pedindo alguma coisa para uma estátua de gesso, de pedra ou de madeira. Só me falta essa viu e pior é que eles acham isso mesmo. Infelizmente os convertidos para as religiões que se originaram depois da revolta de Lutero, no século XVI, chegam a se desfazerem de quadros de santos, de Jesus, de Maria, de imagens. Em muitas denominações não católicas eles até fazem cultos específicos para os recém-chegados em suas religiões destruírem os pertences de origem católica.

Chega a ser uma burrice e uma estupidez e nem preciso me desculpar com aqueles que querem ser membros do corpo de Cristo mas pisoteiam Maria Santíssima que, muitos esquecem, também é um membro do corpo de Cristo. Pintam um Deus que quis usar Maria e depois descarta-la. Que Deus é esse que eles seguem e ainda dizem que Deus é um só? Eis aí a tua mãe, disse Jesus no alto da cruz. Não mãe do apóstolo João que estava no calvário, mas da humanidade que representada estava por ele. Eis aí o teu filho, não João apenas, mas Jesus se referia a todos. Maria, escondida na humildade e despercebida no evangelho, que era o evangelho de seu filho, nos ensina após o seu aceite a Deus que a misericórdia dele é para os que o temem (Lucas 1,50). Na festa dos noivos ela nos convida a fazermos tudo que seu filho nos disser (João 2,5). Suas aparições, constantes puxões de orelha que por amor uma mãe dá em seu filho, nada mais são do que uma constante repetição do seu convite, que é o convite a fazermos o que agrada a Deus e seguirmos os exemplos e palavras de seu filho Jesus.


fonte: Jefferson Roger

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