sábado, 24 de fevereiro de 2018

Sem Jesus, sem superação

Na vida de muitas pessoas e porque não dizer na vida de todas as pessoas, o inevitável fato de que nossa fraqueza e desatenção às palavras doutrinárias do Cristo nos leva a priorizar desejos no lugar de anseios e aspirações, conduz os pobres pecadores pelas veredas dos erros. Erros esses que algumas vezes causam, além da inimizade para com Deus, sentimentos terríveis de pessoas que acabam sendo envolvidas por esses erros; erros esses que recebem pela doutrina religiosa o título de pecado.

Deste ponto em diante algumas consequências acontecem na vida das pessoas. Se nosso pecado gera uma ofensa direta apenas para com Deus, o sacramento da reconciliação, depois de um sincero arrependimento e firme propósito de não cometer mais o mesmo erro, mudar de vida e evitar as ocasiões de pecado, nos coloca de novo em comunhão com nosso criador. Agora, se o lamaçal do pecado “espirra” em alguém próximo a nós, ou até nem tão próximo, mas “espirra”, então o agravante pode acontecer. O ditado popular diz que o ofendido não esquece a ofensa recebida, só quem esquece é o ofensor. Bem verdade é, porque certas gravidades deixam marcas que sempre irão recordar os acontecimentos.

Enquanto dessas correntes não houver libertação a vida parece não seguir mais em frente e não ser mais a mesma. E não há de se culpar tanto assim aqueles que não conseguem se libertar desses grilhões. Diz-se tanto assim porque alguma culpa existe. E quem nos fala sobre isso é ninguém menos que o próprio Jesus. Ele nos ensina em João 15,5 que “sem mim nada podeis fazer”. Isto significa dizer que nem a escapada das prisões que mantém o coração, alma e mente escravas das consequências que nos assolaram por conta dos pecados, é possível acontecer.

Ninguém está a dizer que é algo fácil, claro que não é, Jesus disse que não e por isso é que ele nos admoesta a levarmos nossos fardos para serem aliviados por ele. Sempre precisamos dele para tudo e precisamos de muita violência e esforço colaborativo com ele para vencermos as dificuldades e seguirmos em frente. Não podemos diminuir o passo da caminhada rumo aos céus por conta das fraquezas dos outros. Precisamos ser conscientes de que também erramos, em medidas diferentes de outras pessoas mas também podemos, se não cuidarmos estando de pé, como nos diz São Paulo, de cometer erros que podem abranger a vida de outras pessoas e isso, sem dúvida alguma não é bom, Jesus chama esses erros de pecados maiores.

Que possamos então reencontrar a alegria de viver no perdão que recebemos de Deus e na graça de podermos perdoar aqueles que precisam de nosso perdão e de nossas orações. Nossas vidas são bem atribuladas com o essencial que Deus dispõe a cada um; que isso baste apenas a fim de deixarmos de lado os excessos de bagagem.


fonte: Jefferson Roger
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sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Significado da Quaresma


Na quarta-feira de Cinzas, o cristão recebe uma cruz na fronte com as cinzas obtidas da queima das palmas usadas no Domingo de Ramos do ano anterior. Esta tradição da Igreja ficou como simples serviço em algumas igrejas protestantes, como a anglicana e a luterana. A Igreja Ortodoxa começa a Quaresma a partir da segunda-feira anterior e não celebra a Quarta-feira de Cinzas. Saiba mais sobre a Cerimônia das Cinzas na Igreja Católica, a única instituída diretamente por Nosso Senhor Jesus Cristo, lendo este artigo.

A CERIMÔNIA DE IMPOSIÇÃO das cinzas dá início a um período espiritual singularmente importante para todo cristão que busca se preparar para viver melhor e mais profundamente o Mistério Pascal, – que se reflete na Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo.

Este especial tempo litúrgico busca o cumprimento da exortação evangélica essencial: "Convertei-vos", imperativo proposto a todos os fiéis mediante as palavras do rito da Quarta-feira de Cinzas: "Convertei-vos e crede no Evangelho" e na expressão "Lembra-te de que és pó e ao pó voltarás", as quais recordam a inexorável finitude e a efêmera fragilidade da vida humana neste mundo, sujeita à morte.

A cerimônia das cinzas eleva o pensamento à Realidade eterna, Deus; Princípio e Fim, Alfa e Ômega de toda existência. A conversão não é, com efeito, nada mais que um voltar a Deus, valorizando as realidades terrenas sob a luz indefectível de sua verdade. Valorização esta que implica uma consciência cada vez mais clara do fato de que estamos de passagem neste fadigoso itinerário sobre a Terra, e que nos impulsiona e estimula a trabalhar até o final, a fim de que o Reino de Deus se instaure dentro de nós e triunfe em sua justiça.

Na Igreja primitiva, variava a duração da Quaresma, mas eventualmente começava seis semanas (42 dias) antes da Páscoa. Isto só dava por resultado 36 dias de jejum (já que se excluem os domingos). No século VII foram acrescentados quatro dias antes do primeiro domingo da Quaresma, estabelecendo-se os quarenta dias de jejum (afora os domingos), para imitar o jejum do Cristo no deserto. Era prática comum em Roma que os penitentes começassem sua penitência pública no primeiro dia de Quaresma. Eles eram salpicados de cinzas, vestidos com saial e obrigados a manter-se longe até que se reconciliassem com a Igreja na Quinta-feira Santa ou na Quinta-feira antes da Páscoa. Quando estas práticas caíram em desuso (séc. VIII ao X), o início da temporada penitencial da Quaresma foi simbolizada com a imposição das cinzas nas cabeças de todos os membros da congregação.

O Tempo Quaresmal é, então, principalmente o tempo de preparação para a Páscoa. – Um período privilegiado que leva o cristão a penetrar fundo no sentido de sua condição de filho de Deus, destinado a uma eternidade repleta de felicidade na Casa do Pai, pois foi resgatado pelo Sangue de Cristo.

A Quaresma começa na quarta-feira de cinzas e termina no Sábado Santo ou de Aleluia, anterior ao Domingo de Páscoa: ao total são 46 dias, da quarta feira de cinzas ao sábado. Durante esses dias que precedem a Semana Santa e a Páscoa, os cristãos dedicam-se à reflexão e à conversão espiritual, e se recolhem em oração e penitência, para lembrar não só os 40 dias no deserto como também os sofrimentos que Deus feito homem suportou por cada um de nós na cruz.

Quaresma é o tempo propício e oportuno para o cristão buscar a imersão na Misericórdia divina e se tornar, de fato, discípulo de Jesus. Para lembrar que temos obrigação, enquanto cristãos, de sermos misericordiosos com o nosso próximo. Oração, penitência, jejum e esmola são meios para se alcançar os objetivos da Quaresma. Não precisamos necessariamente multiplicar as nossas orações, mas sim rezar apaixonadamente a cada dia, participar nas Missas dominicais com especial atenção e dedicação, e coroar essas práticas com a Comunhão no Corpo e Sangue do Senhor.

Enfim, quaresma é tempo de partilhar a fé com os que se acham perdidos em dúvidas que martirizam e confundem. Quaresma é tempo de rezar com amor e fé pela paz neste mundo conturbado, pelos que sofrem, pelos que ainda não encontraram o Caminho da Vida. Para cumprir o propósito da Quaresma, uma boa dica: examine a sua consciência ao final de cada dia. Coloque-se diante de Deus e diga: “Nisto eu errei; aquilo poderia ter feito diferente, melhor. Amanhã vou melhorar, com a vossa Graça”.


fonte: site ofielcatolico
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quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Defendendo a liberdade a qualquer custo

Muitos ideais, muitos princípios, muitas ideologias e muitos conceitos, tratam o tema da liberdade de formas muito variadas. Dentre eles, muitos saudáveis e outros nem tanto, ao cristão católico, perigosamente margeia sua vida os conceitos que levam em sua essência uma dose de revolta e rebeldia. Vamos refletir um pouco.

A expressão “a qualquer custo” nos remete para uma ideia de preço e de valor. Analisada estaticamente e isoladamente nos parece que algo ou alguma coisa tem ou precisa acontecer “a qualquer custo”. E se tem que ser assim, nos parece em nossa simples análise que isso tem para nós relevante importância. Então, se importante é, empenho iremos colocar nessa empreitada para lograrmos êxito e atingirmos o resultado esperado. Ora, colocamos aqui de forma analítica algo que muitas vezes até automaticamente fazemos no dia a dia de nossas vidas. Para aquilo que vemos importância mais esforço e tempo colocamos sobre. O que definimos ser menos importante ou prioritário fica afastado para planos inferiores e destinado para sobras de tempo apenas. É o famoso se der tempo eu faço, ou quando der tempo eu faço, ou ainda, assim que der tempo eu faço. Tudo isso não passa de desculpa porque na verdade estamos afirmando a nós mesmos que não iremos fazer.

Do contrário, porém, desembainhamos nossa espada afiada e prontos para a batalha, aguerridos e irredutíveis, nos movemos sempre em frente na defesa a qualquer custo, daquilo que acreditamos. Até aqui não existe desagravo aparente porque, afinal, chega até a ser belo e bravo não nos acovardarmos perante o que acreditamos. Mas, entrando agora no campo espiritual, já que o ser humano, verdadeiro campo de batalha, é um composto de corpo e alma, se não for colocado um olhar espiritual sobre a causa, o egoísmo pode nos colocar sob os números de um exército que já sai derrotado antes mesmo do início da batalha.

Por este viés, nos fica bem claro através das sagradas escrituras, que o custo aqui se refere ao salário do pecado, que é a morte, a segunda morte após o juízo. É o desperdício de atitude, o famoso murro em ponta de faca. Não vale a pena a teimosia de se querer levar adiante algo que não culmina na pedregosa estrada que leva ao paraíso. Ainda falando em custos, São Pio de Pietrelcina, o Padre Pio, dizia que as almas custam sangue. Desta forma, mais uma vez nos deparamos a questão da liberdade cristã, que consiste em defendê-la segundo a vontade do Pai Eterno, como faziam os santos que chegavam a defendê-la ao ponto do martírio. Jesus disse que o morno ele vomita, ou seja, nada de cristãos molengas ou frouxos e sim, católicos dispostos a viver e morrer pelo Reino de Deus.


fonte: Jefferson Roger
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sábado, 17 de fevereiro de 2018

Cuidemos dos frutos

Já nos ensinava Jesus que devemos estar preparados (Mateus 24,44). Embora nosso salvador tratava de outro contexto pois ensinava sobre a importância do que fazemos com o tempo que Deus nos deu e não a importância de quanto tempo temos, no fundo a questão da preparação, colocada sob um olhar sobrenatural em nossas vidas passa por todos os aspectos e práticas religiosas que precisamos fazer se almejamos o reino dos céus. Desde o início da história da humanidade o ser humano aprende que a preparação é um pré-requisito para bem fazermos algo que necessite de muito empenho, dedicação e envolve um preço muito alto no resultado que se almeja.

Se vamos fazer uma prova na escola, nos preparamos estudando para ela.

Se vamos receber uma visita em casa, nos preparamos arrumando o lar para recebe-la.

Se vamos almoçar, precisamos preparar os alimentos.

Se vamos participar de alguma competição, nos preparamos treinando para ela.

Se vamos nos encontrar com o(a) namorado(a), nos preparamos para esse encontro.

E se assim o é, prova de que a natureza humana imita a natureza divina, muito mais devemos nós nos prepararmos para recebermos dentro de nós, de nosso coração e nossa alma, Jesus Eucaristia, aquele que se entregou por nós por amor, para nos resgatar da dívida impagável para nossa natureza, afim de nos redimir e conquistar a salvação objetiva. Ele que é a porta do céu, o caminho, a verdade e a vida, é quem pode nos sustentar aqui nesta terra e nos cobrir de graças necessárias para nossa salvação eterna através de sua misericórdia. Comungar não tem preço. Nossa Senhora, em resposta ao desejo de tantos devotos de que queriam ve-la nas aparições deixou claro que "Ir a santa missa e poder comungar vale mais que mil aparições dela", tal é a importância dessa graça que para muitos está a cinco minutos de casa mas as pessoas insistem em fazer outras coisas. Depois, quando morrerem e olhar para trás irão, dizer: "que estúpido que eu fui".

Caros catequisandos, jovens que estão em preparação próxima, aprendam desde suas juventudes a levar a sério as coisas do céu (e por quê não também para nós adultos?). É para o bem de vocês, e agindo assim, em suas vidas adultas poderão dar exemplo do bem que é, seguir Jesus desde os primeiros anos de suas vidas. Afinal porque deixar para amanhã algo tão sério como a salvação de suas almas? (e por quê não dizer, de nossas almas?) Ademais, quantos de nós adultos comungam a tanto tempo e não sentem os frutos desse sacramento? É preciso olhar para dentro de nós, reavaliar o que estamos fazendo para que de fato, assim como faziam os santos, nos transformarmos para melhor cada vez que recebemos Jesus dentro de nós.


fonte: Jefferson Roger
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sábado, 10 de fevereiro de 2018

Deus não me agrada e eu não agrado a Deus

Já diziam os grandes pensadores, após grande aprofundamento no ensino de Cristo, que nós seres humanos somos mais que apenas humanos. Em nossa natureza, somos um composto de corpo e alma e, espiritualmente falando, somos um campo de batalha. Nas sagradas escrituras aprendemos no livro de Jó que Deus nos fala de muitas maneiras mas nem sempre nós o ouvimos. É exatamente como nos diz Jesus, escutamos mas não ouvimos. E por quê? Porque esperamos uma resposta para nossas perguntas mais ao estilo de uma autorização ou de uma conivência. Ou seja, esperamos de Deus uma aprovação para o que queremos ser, fazer e ter.

Deste ponto então, as simples criaturas, criadas do nada, destinadas a servir seu criador e viver sob nenhum aspecto democrático se veem numa situação de não querer isso e ao mesmo tempo querer. Vamos entender. A pessoa quer viver uma vida segundo seus prazeres, desejos e vontades mas, não demora muito, percebe que a relação entre Deus e suas criaturas não é nada diferente do que uma imposição imperial. Basta uma passada pelo antigo testamento para vermos que Deus mandava um povo guerrear contra outro que não andava segundo seus mandatos. As coisas são assim mesmo, Ele é o “dono do pedaço”, as regras são Dele e ponto final. Quer acatar? Muito bem, o preço que vai pagar tem como recompensa o céu. Não quer acatar? Sem problemas, pode fazer o que quiser, recorde-te que tens o livre arbítrio para decidir o que fazer e como viver. Para cada escolha sempre existirão consequências.

No entanto, sabemos que existem os que acatam, os que não acatam, e os espertinhos que acatam e desacatam conforme lhes é conveniente. Que pesar e que lástima. Pessoas assim, com um comportamento igual ao terceiro modo, vivem dando de ombros. Ora, Deus não me agrada e eu não agrado a Deus. Assim tudo fica numa boa afinal, não adianta mesmo rezar, pedir as coisas e fazer o que agrada a Deus! Ele não me atende na mesma proporção que eu procuro fazer a sua vontade. Quanta injustiça pensam as pessoas que vivem sob essa bandeira.

Não se importam mais com a gravidade das coisas, com a gravidade do pecado, com a questão da condenação, com a breve passagem de uma vida que, conforme nos ensina Jesus, precisam de obras para não chegar de mãos vazias na presença do justo juiz (Apocalipse 22,12). Esse ponto, que de uma luz no fim do túnel, clareia como luz brilhantíssima coloca contra a parede cada um e todos nós. Não existe exceção. Consiste num ponto de ruptura com o nós em detrimento de uma vida de conversão completa, total e cheia de privações. Não se trata, porém, de uma vida mergulhada na tristeza de um esperar a morte, descontente com tudo e vivendo sem esperança nenhuma. Nada disso, o cristão é uma pessoa feliz, se entender que a felicidade consegue suportar e conviver com as adversidades da vida. Entendendo o cerne proposto por Deus, seremos capazes de enxergar como Ele nos agrada e como deve ser nossa resposta para as suas atitudes. Essa bifurcação não é novidade para ninguém, todos vamos chegar até ela. Nela, faremos nossa escolha: uma conversão a partir do encontro pessoal com o Cristo e uma adesão ao seu evangelho ou um virar as costas e aceitar a afirmação do diabo que diz que Deus, o desmancha prazeres, não nos agrada e apenas exige de cada uma servidão.


fonte: Jefferson Roger
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O cristão pode "brincar" o carnaval?


O CRISTÃO PODE participar das festas do carnaval? Muitos o perguntam, todos os anos, e há muita confusão a respeito do assunto. A dificuldade está no fato de que a Igreja não tem uma prescrição oficial a respeito, ao menos não há documento que fale explicitamente, textualmente, do carnaval propriamente dito. Ou será que a realidade não é bem essa?

Antes de tudo, precisamos reconhecer que existem festejos e grupos carnavalescos, principalmente em cidades interioranas e em Estados fora do eixo Rio-São Paulo, que comemoram o carnaval de maneira tranquila e saudável, e não é impossível encontrar ambientes onde se toque música decente e se encontrem pessoas que querem apenas descontrair, sem necessariamente cair nos abusos. Claro que não há pecado em se reunir com amigos e festejar o feriado, ou mesmo em procurar algum clube familiar para se divertir um pouco. Este artigo procura tratar o carnaval a partir de um ponto de vista mais genérico. Estamos falando daquilo que mais comumente se entende por carnaval, de suas origens e suas consequências.

Esclarecidos estes pontos, afora exceções e falsos moralismos, vemos que não é assim tão difícil responder à pergunta que dá título a esta postagem, afinal. Enquanto cristãos, temos direito à hipocrisia? Até que ponto? E até que ponto é correto dizer que a Igreja silencia quanto ao tema carnaval?

É verdade que os documentos oficiais da Igreja não falam literalmente, como dissemos, do carnaval; mas diversos deles tratam, sim senhor, da obrigação que temos de evitar as ocasiões de pecado, e do quanto é isso importante. Ocasião de pecado é toda circunstância, coisa, lugar ou pessoa que estimule as paixões humanas, seduzindo a pessoa a pecar. – E atire a primeira pedra quem for capaz de afirmar, conscienciosamente, que os bailes e festas de carnaval atuais não são ocasiões mais do que propícias para todo tipo de pecado.

Não. Não há como negar que, falando no linguajar atual, os bailes e festas de carnaval que temos hoje são "mega-ocasiões" para o pecado! Vemos assim como a questão não é tão complexa. Na realidade, estamos tratando de coisa muito simples.

Verdadeiramente, segundo a Sã Doutrina de sempre da Igreja Católica, sob o patrocínio de Santo Afonso Maria de Ligório, "expor-se a uma ocasião próxima de pecado mortal, que se poderia evitar, já é pecado mortal de imprudência".

E é por esse caminho que vemos, hoje, a cristandade como que a se derreter, aniquilando-se a si mesma, como cera próxima do fogo. A necessária reforma das consciências cristãs requer necessariamente que se restitua às almas o horror pelo pecado. Não é possível querer ser cristão e continuar brincando com a própria salvação eterna, expondo-se aos sutis laços do inferno que são as ocasiões próximas de pecado. Assim, pergunta a Sagrada Escritura: “Pode alguém caminhar sobre brasas sem queimar os próprios pés?” (Pr 6,28).

E como já dizia um velho e experiente diretor de almas: “Em fugir ou não fugir da ocasião, consiste o cair ou não cair no pecado”. E este mesmo autor faz uma curiosa observação:

“Somos muitas vezes nós que tentamos ao diabo! Por quê? Porque somos nós os que buscamos a ocasião, os que chamamos por ela; e buscar a ocasião em vez de ela nos buscar é, em vez de o diabo nos tentar a nós, tentarmos nós ao diabo...” (Pe. Manuel Bernardes, Sermões e Práticas, II)

Nada auxilia tanto os planos do demônio quanto as ocasiões de pecado. São como que as emboscadas onde a todo momento aquela antiga serpente prepara o bote. Logo não há outra alternativa para o homem: ou a fuga das más ocasiões ou a morte espiritual.

Adverte-nos, ainda, Sto. Afonso de Ligório:

“Um sem número de cristãos se perde por não querer evitar as ocasiões de pecado. Quantas almas lá no inferno não se lastimam e queixam: 'infeliz de mim! Se tivesse evitado aquela ocasião, não estaria agora condenado por toda a eternidade!'. (...) O Espírito Santo diz: 'Quem ama o perigo, nele perecerá' (Eclo 3,27). Segundo Sto. Tomás, a razão disso é que Deus nos abandona no perigo quando a ele nos expomos deliberadamente ou dele não nos afastamos. S. Bernardino de Sena diz que dentre todos os conselhos de Jesus Cristo, o mais importante e como que a base de toda a religião, é aquele pelo qual nos recomenda a fuga da ocasião de pecado.
(...) S. Pedro nos afirma que o demônio rodeia cada alma para ver se a pode tragar: 'Vosso adversário, o demônio, vos rodeia como um leão que ruge, procurando a quem devorar' (1Pd 5,8). S. Cipriano, explicando essas palavras, diz que o demônio espreita uma porta por onde possa entrar na alma; logo que se oferece uma ocasião perigosa, diz consigo mesmo: ‘Eis a porta pela qual poderei entrar’, e imediatamente sugere a tentação. Se então a alma se mostrar indolente para fugir da tentação, cairá seguramente, em especial se se tratar de um pecado impuro. É a razão por que ao demônio mais desagradam os propósitos de fugirmos das ocasiões de pecado, que as promessas de nunca mais ofendermos a Deus, porque as ocasiões não evitadas tornam-se como uma faixa que nos venda os olhos para não vermos as verdades eternas, as formas das coisas santas e as promessas feitas a Deus.
(...) É verdade que Deus atende a quem Lhe suplica, mas não poderá atender à oração daquele que conscientemente se expõe ao perigo e não o deixa, apesar de o conhecer.
(...) Ó Deus, quantos cristãos existem que, apesar de levarem uma vida piedosa, caem finalmente e obstinam-se no pecado, só porque não querem evitar a ocasião próxima do pecado impuro. Por isso nos aconselha S. Paulo (Fl 2,12): 'Com temor e tremor operai a vossa salvação'. Quem não teme e ousa expor-se às ocasiões perigosas, principalmente quando se trata do pecado impuro, dificilmente se salvará."

(LIGÓRIO, Santo Afonso Maria. Escola da Perfeição Cristã, comp. de textos do Santo Doutor pelo Padre Saint-Omer, CSSR, 4ª edição, Petrópolis: Vozes, 1955, pp. 44-48)

Sobre a festa do carnaval




Muitos imaginam que o carnaval tem origem brasileira, mas a festa existe desde a Antiguidade. De fato, não se conhece ao certo a origem do carnaval, assim como a origem do nome. Historicamente é uma festa popular coletiva, transmitida através dos séculos como herança de antiquíssimas festas pagãs realizadas entre 17 de dezembro (Saturnais – em honra a deus Saturno, na mitologia grega) e 15 de fevereiro (Lupercais – em honra a deus Pã, na Roma Antiga).

Dentre os pesquisadores, correntes diversas adotam prováveis origens diferentes. Há os que defendem que a comemoração do carnaval tem suas raízes em alguma festa primitiva, de caráter orgíaco, realizada em honra do ressurgimento da primavera. Em certos rituais agrários da Antiguidade (10000 aC), homens e mulheres pintavam rostos e corpos e entregavam-se à dança, festa e embriaguez. Outros autores acreditam que o carnaval tenha se iniciado nas alegres festas do Egito em honra à deusa Ísis (2000 aC).

O carnaval pagão começa quando Pisistrato oficializa o culto ao deus Dionísio na Grécia, no século VII aC. O primeiro foco de grande concentração carnavalesca de que se conhecem fontes seguras acontecia no Egito: era dança e cantoria em volta de fogueiras. Os foliões usavam máscaras e disfarces simbolizando a inexistência de classes sociais.

Depois, a tradição se espalhou por Grécia e Roma, entre os séculos VII e VI dC. Nessa época, sexo e embriaguez já se faziam presentes na festa. - Em seguida, o Carnaval chega em Veneza para, daí, se espalhar pelo mundo. Diz-se que foi lá que a festa tomou as características atuais: máscaras, fantasias, carros alegóricos, desfiles.

No início da Era Cristã, a Igreja deu uma nova orientação às festividades do carnaval. Ao contrário do que se diz, o catolicismo não "adotou" o carnaval, mas deu à festa popular um novo sentido, já que ela foi anexada ao calendário religioso antecedendo a Quaresma. A festa agora terminava em penitência, na Quarta-feira de Cinzas.

Como se vê, lamentavelmente, apesar de a Igreja ter sempre tentado dar um novo sentido à festa da carne, não obteve nisso um grande sucesso. Se formos comparar o que ocorre hoje com as festas que ocorriam na antiguidade pagã, não veremos grandes diferenças. Orgias, embriaguez, brigas, mortes... Excessos de todo tipo, enfim.

Como cristãos, somos sempre chamados a santidade, e o sentido da palavra santo é "outro" ou "separado". Santo é aquilo/aquele que está separado do impuro ou do profano para o serviço de Deus. Não podemos, em situação alguma, fazer parte de algo que está em oposição a Deus. O carnaval não é exceção.

Sempre é oportuno lembrar o que diz S. Paulo Apóstolo:

“Não podeis beber ao mesmo tempo o Cálice do Senhor e o cálice dos demônios. Não podeis participar ao mesmo tempo da Mesa do Senhor e da mesa dos demônios." (1Cor 10,19-22)


fonte: ofielcatolico.com.br
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sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Ladeira abaixo

Todos aqueles que se esforçam para viverem os valores do evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, fundador da Igreja Católica (Mateus 16,18), sofrem diariamente com o avanço nesse mundo das linhas inimigas. A lista é grande de artifícios e frentes de combate impostas aos cristãos do mundo inteiro. Aqui no Brasil não é diferente. Para os desavisados vai a informação de que no ano passado, pasmem caros leitores, a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, isso mesmo que você leu, lançou nota oficial em redes sociais, depois que implantou em seu estabelecimento um banheiro unissex. Segue a nota:

“A PUC-SP, atenta à diversidade de sua comunidade universitária, composta por alunos, professores e funcionários, buscou contemplar a todos com a implementação do banheiro unissex. A Instituição ressalta que estes sanitários são de uso comum, não direcionados a públicos específicos.”

E então? Como fica? Bem nos avisou o Papa Paulo VI quando disse que a fumaça de satanás tinha penetrado na igreja. Não poderia estar mais certo. Por hora ainda é um banheiro apenas, mas, o que impede que no futuro todos os banheiros sejam transformados em unissex? Esse claramente é um movimento que busca forçar passagem na crença católica onde o lixo satânico do ecumenismo e do politicamente correto mais a prática da boa vizinhança, tolerando e aceitando afrontas dessa natureza, conseguem promulgar e fazer valer princípios e verdades que se distanciam e muito, daquelas impostas e criadas por Deus.

Muitos serão chamados, mas poucos serão escolhidos; pela porta estreita muitos tentarão passar, mas poucos conseguirão, tudo isso quem nos disse foi Jesus. O que fazem pessoas que defendem isso, incentivam a prática ou praticam, senão se colocarem na fileira dos “muitos”? Já chorava no século passado em frente ao altar e ao sacrário o Padre Pio, porque “temia não haver espaço no inferno para tantos condenados” (palavras do próprio santo).

Facilitam a vida de Jesus colocando-se na fila da esquerda para o dia do juízo, a fila que Jesus chama de malditos. A serpente, antiga inimiga do homem, agita a sua cauda e arrasta muitos consigo. Aos autênticos, resta perseverar, virtude essa que Jesus disse que será recompensada nos céus. Ademais, onde estão os responsáveis por essa universidade que só leva o nome de católica? Porque sabe-se lá o que se ensina dentro de uma sala de aulas de uma instituição que acata uma manobra da ideologia de gênero.



fonte: Jefferson Roger
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quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

A evolução da espécie

As sagradas escrituras nos ensinam que somos predestinados para a santidade. Também nos ensinam que somos destinados a morrer uma só vez e depois vem o juízo pessoal. Como disse o personagem Gandalf dos filmes de Tolkien: “A jornada não acaba aqui. A morte é apenas um outro caminho que todos temos que tomar”. Realmente aos cristãos, que vivem sob o embasamento do evangelho e seguem a religião de uma pessoa, Jesus Cristo, o viver conforme esta crença significa sim, uma evolução contínua para crescermos no amor e santidade e com isso alcançarmos a estatura de Cristo, esperada pelo Pai (1ª Coríntios 11,1).

Nossa fragilidade e fraquezas humanas tendem a nos fazer achar que esse caminho evolutivo é difícil e muito árduo. Depende do contexto, do olhar que colocamos sobre tudo e da relatividade. Para simplificar bem a questão coloquemos as coisas da seguinte maneira: Somos eternos, viveremos para sempre com ou sem Deus. Ao nosso cargo ficou a tarefa de vivermos essa primeira etapa aqui, de nossas vidas eternas, de forma a recebermos a coroa da glória eterna ou a condenação eterna. Não adianta tampar o sol com a peneira. Uns não querem enxergar que as coisas são como são por desígnio divino, e aqui estamos falando da salvação de nossas almas. Elas que custaram sangue agora precisam contribuir para alcançarem o céu. Deus colocou a glória dos céus nesses termos.

Porém, outros não querem ouvir a verdade. Ela não é um calmante, não acalanta e não nos satisfaz o egoísmo. Ela é dura, reveladora, porém, libertadora. De nós, a verdade cobra a conversão contínua e definitiva. Fechar os ouvidos a ela é dar ouvidos ao diabo, tão atento as nossas queixas, que devíamos fazer diante do Santíssimo Sacramento e não fazemos, não amando Deus acima de todas as coisas com nosso coração, alma e entendimento.

Existem ainda aqueles que conseguem compreender a realidade que os cerca. Sabem que precisam mudar, mas se fecham e se calam em seu mundo de prazeres terrenos porque as delícias dos pecados são fáceis de se cometer e difíceis de abandonar. Não se rebelam contra seu estado miserável e não ousam levantar sua voz contra si próprio. Perdem a oportunidade com isso de se converter, agradecer a Deus por isso e para sua glória, saírem propagando aos quatro ventos as maravilhas que o senhor fez para eles. Ficam de boca fechada.

Por fim, em tempos como os que vivemos hoje, existem os piores entre os piores. Coloca-se assim porque aquele que não vê, ainda pode falar e escutar. Aquele que não escuta, ainda pode ver e de certa forma falar. Aquele que não fala nada, pode ainda ver e escutar. Todos esses ainda possuem um coração que não está endurecido pelo pecado contra o Espírito Santo. Mas, como dizíamos, existem os piores. Aquela pessoa que já não vive aqui pensando no acolá. Uma pessoa que se contenta com a alegria do mundo e por isso, troca a felicidade eterna abrindo mão de sofrer, ainda que por uma vida inteira, as tribulações e dificuldades necessárias para preparar a alma para o convívio com Deus. Quem se inclui no mundo de corpo e alma, exclui do coração a Santíssima Trindade. Jesus disse que é um com o Pai e o Espírito Santo e que quer fazer morada em nós. Como nos disse, eis que ele bate à porta. Senão vemos, podemos ouvi-lo. Senão ouvimos podemos vê-lo. Agora, se tiramos dele todas as nossas faculdades e sentidos, nosso coração é abarcado pelo mal e vai acostumar a pessoa a viver uma felicidade que passa. Cuidemos!


fonte: Jefferson Roger
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