quinta-feira, 22 de março de 2018

A preocupação de Jesus

Após o jejum do deserto (período de preparação de Jesus), ao iniciar seu ministério conta-nos o evangelho em Mateus 4,17 que “desde então, Jesus começou a pregar: Fazei penitência, pois o Reino dos céus está próximo”.

E com este arranque já nos fica muito claro, com a clareza de sempre do nosso salvador, que a coisa é muito séria, o mar não está para peixe. Depois que o leite for derramado não foi por falta de aviso. A penitência em tempo de graça, que é o tempo em que vivemos, pode ser meritória embora sempre seja satisfatória. Na confissão, após a absolvição dos pecados, o sacerdote impõe a penitência em contraposição às consequências do mal, do pecado que cometemos. A pena temporal precisa ser reparada uma vez que Deus já perdoou o pecado arrependido. Todavia, como nos alerta o Cristo, não é preciso esperar que o padre nos mande exercer a penitência por conta do sacramento da reconciliação. Nossa Senhora disse em Fátima que muitas pessoas se condenavam porque não existiam que rezassem e fizessem penitência, sofrendo pelos pecadores. Pois bem, dito isto foi para três crianças, de dez, nove e sete anos, excluindo-se, mas ficando como lembrete, que pediu a oração diária do Santo Rosário. Os adultos não têm desculpas e fingem levar a sério suas práticas religiosas vivendo uma política de salário mínimo.

Tanto é que muitos nem sabem ou deixam para lá o fato de que sexta-feira é dia penitencial onde é pedido um cumprimento de penitência ou uma comutação por uma obra de caridade. Quantos fazem isso? Pois é. Ademais, para não deixar dúvidas, também em Fátima a Virgem Santíssima disse que devemos oferecer a Deus muitas vezes ao dia nossos sofrimentos dizendo:

Ó meu Jesus, é por vosso amor, pela conversão dos pecadores e em reparação pelas ofensas cometidas contra o Imaculado Coração de Maria que eu te ofereço...

Assim faziam os grandes santos, não ficavam com nada para si. Nada de guardar mágoa, rancor, sentimentos ruins e dores de diversas níveis. Se fosse uma consolação, davam glória a Deus; se fosse um sofrimento, depois de agradecer ofereciam ao criador. Penitência após penitência. Não existe contraindicação. Assim como a confissão.

Agora é a hora, depois, se nos faltar alguma expiação, a penitência virá, dada por Deus por amor, seja ainda aqui, caso nosso desleixo sinalize nossa condição tíbia, seja depois no purgatório. Não vacilemos, é melhor se reconhecer um miserável e necessitado da graça de Deus para tudo do que um estúpido que ao olhar para trás no final de sua vida enxerga o tamanho das burrices que fez e que podia ter evitado e deixado de fazer.


fonte: Jefferson Roger

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