quinta-feira, 26 de abril de 2018

O corredor da morte

Essa é uma expressão muito conhecida do povo em geral. Quando ouvimos alguém falar a respeito dela logo mentalizamos a visão de um transgressor que por praticar crimes de alta gravidade, foi condenado pela justiça de seu país a cumprir uma pena chamada de pena de morte. Enquanto não chega o dia do cumprimento de sua sentença ele espera na ala do presídio onde outros, assim como ele, contam seus dias aqui nesta terra.

Pois bem, aproveitando-me dessa introdução um tanto análoga para o tema que pretendo refletir, começo dizendo que em nossa vida, e falo aqui com os que temem a Deus e procuram viver agradando-o, vivemos num caminhar que muito bem poderia ser relacionado a um corredor. Pelo caminho vamos andando por este corredor e muitas portas de ambos os lados vamos deixando para trás. Cada uma delas possui um título, porém, todas não passam de tentações. A cada porta que deixamos para trás com a graça de Cristo vencemos mais uma oferta do inimigo. Que perigo são para cada um de nós transpassarmos por portas assim; corremos o risco de não conseguirmos voltar por ela. Certas portas são apenas portas de entrada. Entramos vivos e saímos mortos, mortos fisicamente ou espiritualmente. Valha-nos Deus Misericordioso!

Que nossos olhos sempre fiquem voltados para a luz de Cristo. Ele mesmo nos disse que quem com ele está não caminhará nas trevas, mas terá a luz da vida. Outra coisa salutar a se fazer é parar quando preciso para se tomar fôlego em local seguro e protegido, não próximos a essas portas. Não podemos, como no conto de fadas de João e Maria, entrarmos na casa da bruxa, feita de doces, para nos empanturrarmos nos prazeres. Por prazeres terrenos sofremos tormentos eternos.

Poderíamos, porém, pensarmos nas antigas casas que eram construídas com um corredor central. Eu mesmo morei numa casa assim quando criança. Na frente a sala de estar e jantar, no meio destas um corredor que se estendia até o final da casa. Este corredor dava acesso para a cozinha, banheiro, despensa e quartos. Por este prisma, percebemos que as muitas portas de um corredor assim, mantém a privacidade e a função das pessoas e dos ambientes.

Então, na vida real como devemos proceder, se no mesmo corredor existem portas que devemos entrar e outras que não devemos? A resposta é simples e é bíblica: não devemos caminhar sozinhos (João 15,5). Jesus disse que sem ele nada podemos fazer, e no caso em questão nem podemos caminhar sozinhos por esta vida (este corredor) sem corrermos o risco das tentações. Ademais, o mesmo Cristo nos deixou o Paráclito, o Espírito da Verdade, Consolador. As pessoas se esquecem de pedir o auxílio divino disponível a todos 100% do tempo. Não sejamos assim, pessoas que insistem em caminhar por este corredor sozinhas, precisamos ao final deste caminhar, no encontro da morte, termos vivido segundo o que nos pede o criador, passando pelas portas certas da vida e deixando as portas erradas para trás como fez Lot.


fonte: Jefferson Roger
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quarta-feira, 25 de abril de 2018

O mal do Facebook

Se você é daqueles que não desgruda das redes sociais, cuidado: pode estar viciado. De acordo com uma pesquisa feita na Universidade de Chicago sobre autocontrole e desejo, é mais difícil resistir ao Twitter e Facebook do que ao cigarro e álcool. Pesquisadores deram smartphones para 205 adultos e pediram para que eles usassem seus aparelhos, especialmente as redes sociais, sete vezes por dia durante algumas semanas. Quando os voluntários foram recrutados responderam questionários sobre vícios e desejos e, ao final do processo, participaram de uma nova sondagem sobre o mesmo assunto. Nos questionários iniciais, os desejos mais relatados pelos participantes foram sono e sexo. Inesperadamente, álcool e cigarro não estavam no topo da lista, como se suspeitava inicialmente. Já no questionário respondido ao final do estudo, os pesquisadores notaram que, uma vez estimulado a manterem contato constante com a internet, os voluntários haviam adquirido um novo vício: o de navegar na web. (fonte: revista Galileu)

RIO - Até 11% das pessoas sofrem de alguma forma de dependência de tecnologia — e um estudo de tomografia mostrou que o Facebook afeta o cérebro de uma forma semelhante a drogas como a cocaína. Segundo o “Metro UK”, o Professor Ofir Turel, da Universidade Estadual da Califórnia em Fullerton, monitorou os cérebros de 20 voluntários — e descobriu que o sistema “amígdala-corpo estriado”, envolvido no vício em drogas, foi afetado quando essas pessoas viam imagens relacionadas ao Facebook. (fonte: site O Globo)
Uma pesquisa realizada pela empresa Internet Time Machine, especializada em tendências da web, apontou que a dependência de uso da rede social Facebook já é um dos assuntos mais procurados da rede, ficando à frente de vícios como sexo ou cigarro. De acordo com o ranking da empresa, o Facebook está no topo dos vícios digitais listados e, por isso, é natural que um número maior de pessoas busquem auxílio para seus problemas na própria rede. “A grande quantidade de meios de comunicação disponíveis e o aumento no número de informações criou um problema para os usuários com personalidades aditivas”, destaca o relatório da companhia. A facilidade de acesso à rede, via tablets, celulares, computadores e TVs é outro elemento potencializador. Para se ter uma ideia do tamanho do problema, nos últimos dias o termo “Dependência de Facebook” foi procurado 121,8 milhões de vezes. (fonte: site tecmundo)

Largar o cigarro, o álcool e outros vícios não é tarefa fácil. É preciso muito força de vontade, determinação e, às vezes, até acompanhamento médico e psicológico. Até mesmo um estudo realizado pela Universidade de Chicago concluiu que é mais difícil para algumas pessoas resistir às redes sociais do que ao cigarro e ao álcool. Pesquisadores acompanharam as atualizações e checagem das redes sociais de 205 pessoas durante sete dias e concluíram essa afirmação. A Dra. Angela Maria Carcassoli Kato, psicóloga clínica e psicoterapeuta, comenta sobre essa pesquisa. "Vários estudos comparam os vícios por cigarros, álcool e mesmo drogas ilícitas, à dicção por redes sociais. Esses estudos tratam do assunto sob a ótica das compulsões, ou seja, algo difícil de resistir pela vontade própria", explica. Ela ainda comenta que é fato existirem pessoas mais suscetíveis a vícios do que outras e que quando se trata das redes sociais entra-se no âmbito dos relacionamentos, das fobias sociais, da autoestima, das dificuldades que muitas pessoas têm de se sentirem aceitas. "Assim, muitas vezes o contato virtual vem suprir, ou pelo menos encobrir essas dificuldades. A pessoa passa a ter muitos amigos, mesmo que virtuais, está em constante contato, e isso lhe dá a impressão de que suas dificuldades desapareceram. Mas fica evidente que nada desapareceu quando a pessoa não consegue se desligar, mesmo que temporariamente, desse contato virtual", afirma. (fonte: site vix.com)
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segunda-feira, 23 de abril de 2018

O linguajar do católico

A tradição católica nos conta que certo camponês foi até o mosteiro vizinho à sua aldeia levar alguns frangos para os bons frades, que viviam de esmolas e da caridade do povo. No caminho, um dos frangos desvencilhou-se das mãos do campônio e desandou a correr. Correu o pobre atrás da ave, xingando e praguejando:

“Frango do diabo! Volta aqui,seu ..."

Conseguiu enfim recuperar o fujão, e prosseguiu o seu caminho. Chegando ao mosteiro, tocou o sino da porta de entrada (naquele tempo não havia campainha) e foi logo atendido.

“Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!”, disse. “Aqui estão alguns frangos que separamos para os frades e para ajudar na quermesse de São Sebastião”. Solícito, o frade recebeu o homem, com um sorriso, e agradeceu. Porém, não quis aceitar um frango. Diante do espanto do camponês, explicou o motivo: “Este, nós infelizmente não podemos aceitar; ele já tem dono. E o dono dele é nosso inimigo e inimigo de Cristo”.

Qual não foi a surpresa do camponês ao perceber que se tratava justamente daquele que escapara no caminho e sobre o qual ele rogara: “Frango do diabo!”...

Hoje em dia há muita liberalidade quanto ao linguajar, mesmo entre católicos –, mesmo os mais tradicionais –, especialmente entre os mais jovens. Quem se escandalizar com a boca suja do irmão será logo taxado de "puritano" ou irá virar motivo de chacota e gozação.

Xingar, praguejar, dizer palavrões é pecado? Em determinadas circunstâncias, talvez não. Mas podemos afirmar ao menos –, isto com toda a certeza –, que o bom cristão preferirá sempre não fazê-lo.

Eclsiástico 23,15-17 e 20 - "Há uma outra palavra que merece a morte, e não deve ser encontrada na herança de Jacó!
Tudo isto está longe dos homens piedosos, que não se comprazem em tais crimes.
Não acostumes tua boca a uma linguagem grosseira, pois aí sempre haverá pecado.
O homem acostumado a dizer palavras injuriosas jamais se corrigirá disso.

Como é fácil proferir tão levianamente palavras ao vento que não voltam se causarem efeito na vida das pessoas e em nossas vidas. Tanto é que o próprio Deus condena, vemos isso nos evangelhos, o mal proceder da boca. Ademais, quiçá um blasfemar, uma injúria, uma difamação, uma ofensa contra o próximo, contra Jesus ou sua Mãe, a Virgem Santíssima, e contra o Deus Todo Poderoso? Se nos evangelhos já aprendemos que é mal grandioso para nossas almas um golpe tão grande como esse como ficamos se fazemos o mesmo contra Deus? Haja vista o segundo mandamento nos alertar para não pronuncia-lo em vão.

As pessoas não levam a sério e não se policiam constantemente, correm por conta de suas leves atitudes e desleixos perigo constante, vivendo com a guarda baixa e suscetíveis ao que o mundo prega. Faz parte do bom comportamento católico também o bem falar. Jesus não ensinou que da boca sai o que está no coração? Vigiemos.


fonte: Jefferson Roger com adaptação do site ofielcatolico
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quinta-feira, 19 de abril de 2018

Viva os filhos

Deixai vir a mim as criancinhas disse Jesus e também disse que é preciso se assemelhar a elas para se entrar no Reino dos Céus. No Salmo 126,3 lemos que os filhos são um dom de Deus. Vamos recordar: entre nós aqui na terra damos e trocamos presentes. Entre nós e Deus a troca é um pouco diferente porque os “presentes” que recebemos são os dons e em troca a eles o que damos? Porque nos ama o criador nos presenteia e podemos dizer que é para compensar o propósito dele em nos manter dependentes e na miséria humana sempre carente de sua ajuda.

Pessoal, quando se tem filhos, aqueles que tem sabem que é assim mesmo, passam pela fase de dividir o ninho do casal com o filho pequeno. Já penso nos gêmeos ou trigêmeos! Para a criança é um conforto só dormir próximo da mãe, é isso mesmo, é perto da mãe, não perto do pai. Afinal, nem poderia ser diferente já que mãe e filho se conhecem desde a concepção. Mesmo que ouça a voz do pai ele ainda assim terá uma desvantagem de sete a nove meses dependendo da gestação. Então meu caro pai fresco ou pai de segunda, terceira ou que viagem for, a mulher que existe em nossas vidas é multifuncional, serve praticamente para tudo perante os filhos.

E não adianta reclamar! A criança fica à vontade e tira a condição de sono profundo do casal uma vez que precisam estar atentos para não machucar o bebê que dorme, dorme e dorme! Pela manhã, no dia seguinte, depois de uma bela noite de sono, quem tem que trabalhar vai trabalhar, feliz e contente da vida pela boa noite de sono!

Opa! Alguém pode dizer assim: espera aí! Boa noite de sono coisa nenhuma! E eu pergunto porquê? Ora, você não precisou dormir ao lado de seu filho que está internado num hospital, numa UTI. Não precisou passar a noite acordado com ele numa emergência médica, naquele frio da madrugada. Não precisou acudir de madrugada seus vômitos de sangue, convulsões e muito choro de dor, uma dor que você não pode fazer nada. Não precisou ajudar seu filho de madrugada por causa de uma febre de quase quarenta graus que insiste em não baixar.

Seu filho dormiu a noite toda e você não e você ainda reclama? Muitos queriam ter filhos e não tem, você que tem levante os braços e agradeça e faça tudo por eles. Não se joga no lixo um presente quando recebemos de alguém que gosta muito de nós não é mesmo? Porque, com os filhos enviados por Deus vamos desleixar em cumprir com nossa parte assumida no ato do sacramento do matrimônio perante o Senhor e na presença de testemunhas? Na hora de reclamar basta lembrar que Deus pode tirar de nosso filho o que ele quiser: saúde, membros, sentidos e leva-lo antes de nós. Por isso nada também de desejarmos que os filhos sejam como os filhos dos outros; temos parte nessa empreitada e cabe a cada um “cuidarmos do nosso povo (nossa família e isso inclui os filhos) e da nossa religião” – 1ª Macabeus 3,43.


fonte: Jefferson Roger
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Mulher objeto

Aprendi quando era criança,
Que brincava com meus brinquedos,
Com eles me divertia pelos terrenos
E como é boa esta lembrança.

Os brinquedos eram variados,
Mas de acordo com minha idade.
Porém, tinha que tomar cuidado,
Senão perdiam a utilidade.

Passou o tempo e fui crescendo,
Novos brinquedos eu fui querendo,
No entanto, mais caros eles eram
E por conta disso, fui entristecendo.

Todavia como ficaria?
Ainda queria brincar,
Então isso tudo como resolveria?
Já sei, com criatividade algo vou inventar.

Nesta hora para minha tristeza,
O diabo em sua sutileza,
Rapidamente entrou em ação,
Me oferecendo algo para minha coleção.

Apresentou-me a mulher,
E nesse instante, muito eu estranhei,
Afinal, mulher é mulher,
Não é objeto, isso eu pensei.

Que nada, disse o diabo,
Ela dá conta do recado,
Use quanto você quiser.
De manhã, à tarde e ao anoitecer.

Depois que enjoar,
Ela é só arrumar,
Se o conserto não funcionar,
Por outra pode trocar.

Esperto esse diabo
Com sua lábia maldita,
Convence a mulher e o marido,
Que se trocam por uma marmita.

No fim quem foi convencido
Achando-se muito esperto,
Não sabe o mal que fez
A si próprio e a quem está perto.

Agindo dessa maneira, a mulher para se agradar,
Agrada muito o homem, que muito a quer usar.
No entanto se fazendo objeto,
Descontenta muito a Deus e isso é mais do que certo.

Por fim ainda há esperança,
De que os olhos se abram,
E tanto a mulher como o homem,
Os erros não mais eles façam.

Assim os céus se alegram
E Deus, acolhedor, os recebem,
Arrependidos, sabem que erraram
Mas perdoados, não mais se entristecem.


fonte: Jefferson Roger
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Casamento não é Alvará

No livro de Tobias, um dos deuterocanônicos da bíblia sagrada católica, aprendemos de Deus, por intermédio do anjo São Rafael, que proclama uma belíssima catequese sobre algumas verdades celestes, de que sua providência divina nos condiciona a amarmos sobre todas as coisas e não nos colocarmos sob o domínio do demônio.

Embora São Paulo em suas cartas nos recorda que nada nos separará do amor de Deus é bastante fácil de se compreender porque em algumas vezes ou situações, parece Deus ter nos abandonado. Nós, por livre escolha decidimos deixar o auxílio divino e buscamos por meios próprios resolver as coisas. Dessa forma o cuidado particular que Deus tem para cada um fica, por opção da pessoa, afastado.

E nas palavras do anjo ao jovem Tobias temos o seguinte ensinamento: Tobias 6,16-17 – “Ouve-me, e eu te mostrarei sobre quem o demônio tem poder: são os que se casam, banindo Deus de seu coração e de seu pensamento, e se entregam à sua paixão como o cavalo e o burro, que não têm entendimento: sobre estes o demônio tem poder.”

E se é assim a situação dos que estão casados e transformam a relação sexual, ato exclusivo do matrimônio, num parque de diversões, o que dirá das pessoas que praticam a fornicação? Que consiste na atividade sexual fora do casamento? Deus é bastante claro e nos esclarece através do anjo São Rafael, que aqueles que o abandonam se colocam sob o domínio de satanás. Afastam-se voluntariamente das graças divinas e ficam restritos apenas aos cuidados genéricos. Sim, porque lembremos, Deus cuida também dos pecadores, não como a pupila dos olhos, mas cuida.

Sendo assim, importante é compreendermos que o matrimônio é um caminho de santificação. Não uma autorização para o casal usar um do outro como se fossem objetos. Objetos, remetem a coisas criadas, materiais, que podem ser descartadas ou trocadas. Pessoas não. São criaturas feitas a imagem e semelhança de seu criador, predestinadas para a santidade e eternas para a vivência na glória do paraíso para todo o sempre.

Para algumas pessoas, ele soa e parece como um contrato. Nada disso. É uma aliança de sangue, de onde brota uma família, pensada, desejada e querida por Deus e de onde fluirá a salvação de seus membros e de tantos outros que nela encontrem o modelo da sagrada família de Jesus, Maria e José. Alvará é um documento de permissão, de liberação para uso ou atividade. Casamento é uma constituição sacramental abençoada por Deus para durar o tempo desta etapa de nossas vidas.

Atribuir ao matrimônio o significado e valor que tem um alvará é mundanizar e profanar algo que é sagrado. No documento do alvará está muitas vezes escrito “enquanto satisfazer as exigências”, porque se as exigências não forem mais contempladas, o alvará perde a validade e não mais produz o efeito desejado. Bem diferente do matrimônio que exige nosso comprometimento até a morte e só deixa de existir quando chega ao final, na morte de um dos cônjuges. Em vida, um casamento de verdade não se acaba porque foi constituído por Deus. Ao homem é impossível desfazer um sacramento validamente constituído. Ele está sacramentado lá no céu e é por isso que só termina quando uma das partes lá chegar, ou o marido ou a esposa. Aqui na terra a falsa separação chamada divórcio, solução humana diabolicamente sugerida, nada mais faz que colocar os envolvidos em estado de pecado grave e contra Jesus e seu evangelho. Salvo exceções admitidas pela santa igreja católica, como a nulidade decretada porque houve antecedente omitido, a separação física por conta de risco a integridade de um dos membros do casal será seguida de abstinência enquanto exista o empecilho colocado por Jesus (Mateus 5,32; 19,6,9).

Portanto levemos a sério a questão, façamos a preparação certa e busquemos saber os porquês, os deveres e a finalidade da união sacramental do santo matrimônio. Desta forma iremos compreender que Jesus estará nos concedendo uma oportunidade de amar a esposa, o marido e os filhos assim como ele amou a sua igreja e se entregou por ela (Efésios 5,25).


fonte: Jefferson Roger
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quarta-feira, 18 de abril de 2018

Tem gente que não aprende

Existiu a poucos anos atrás um sacerdote muito popular da comunidade Canção Nova que cativava os fiéis com sua criatividade em ilustrar através de historietas e crônicas os ensinamentos de Jesus. Uma das coisas que era marca registrada do Padre Léo era quando ele chamava as pessoas de “antas”. Vamos recordar, a anta é um animal e quando ele queria ilustrar que uma pessoa agia por impulso (deixando a inteligência e a razão de lado), como um animal, entrava em cena esse título de forma análoga muito bem colocado. Isso não é novidade, porque semelhante uso comparativo se encontra na bíblia.

Tobias 6,16-17 – “O anjo respondeu-lhe: Ouve-me, e eu te mostrarei sobre quem o demônio tem poder: são os que se casam, banindo Deus de seu coração e de seu pensamento, e se entregam à sua paixão como o cavalo e o burro, que não têm entendimento: sobre estes o demônio tem poder.”

Como podemos atestar aquele que não faz uso da razão, do pensamento irá acabar mal. Recordando o funcionamento das coisas sabemos que primeiro tudo nasce no coração (Jesus ensinou isso nos evangelhos), depois se instala na mente e, por conseguinte, o corpo executa. Por isso que Jesus disse que onde está nosso coração ali está nosso tesouro. Santo Antonio Maria Claret dizia que quem quer se salvar deve ter Deus no coração, o paraíso na mente e o mundo debaixo de seus pés. Porém, tem gente que não aprende; se faz surdo ao que Deus ensina. Tornam-se viciados de práticas errôneas que a bíblia ensina serem pagas com o salário de morte (Romanos 6,23).

Desta forma seguem em suas vaidades, falando pelas costas das pessoas, promovendo intrigas, mentindo a torto e direito, transformando seu corpo santo em vitrine e objeto de consumo alheio, vivendo as práticas sexuais de forma desregrada, sendo escravas do dinheiro, das futilidades e dos bens materiais e com tudo isso, ainda se pintam como bons samaritanos, socialmente, o que só demonstra o vazio no coração das coisas de Deus e a necessidade de plateia. Vaidoso precisa de plateia.

Pessoas assim, aos montes existem por aí; vez por outra esbarramos em nossa convivência com esse tipo de “gentalha”, como dizia o personagem Kiko do seriado mexicano “Chaves”. E então, o que fazer? Simples, Jesus disse que precisamos rezar por elas e nos garantiu que nossa recompensa nos céus depois que passarmos por situações com esse tipo de pessoa é digna de recompensa (Mateus 5,11-12).

Outrossim, por que o Cristo nos exorta a rezarmos por elas? Elas que nos caluniam, falam mal, pelas costas, seja em que lugar for e pela frente faz pose de pessoa querida, simpática e prestativa? Simples outra vez, Jesus disse que essas pessoas “não sabem o que fazem” e ainda rogou a Deus que as perdoe. Pobres delas, como não descem do salto de suas soberbas e suas vaidades, vivem a falsa liberdade de “ser o tal”. Estão ficando para trás, muito longe da luz do mundo: João 8,12 – “Falou-lhes outra vez Jesus: Eu sou a luz do mundo; aquele que me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.”


fonte: Jefferson Roger
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Falar mal dos outros

O comportamento que as pessoas tem em falar a respeito de outra pessoa, seja o que for, navega por águas muito delicadas do comportamento humano e suas consequências. Como nos recorda o livro de São Tiago 3,8-10, o poder de nossas palavras atuam na atmosfera humana como uma flecha, como uma flor, como um veneno, como um afago, como um calmante, como uma sentença e de tantas outras formas. O que falamos para alguém pode ter muito peso e ser muito considerado por quem se dirige a palavra ou pode espiritualmente “matar” essa pessoa. Como se diz na oração do perdão do ato penitencial na santa missa, peca-se por palavras. Utilizadas para nossa comunicação, de forma tão natural não se dá, por muitas pessoas, a devida importância para o legado que elas podem construir. A palavra tem o poder de criar, de destruir, de cativar, de abençoar e de maldizer. Jesus nos ensinou que não devemos fazer ao outro aquilo que não queremos que nos façam. Aqui, após este pequeno início, passamos a refletir sobre a questão das blasfêmias, ofensas, calúnias, difamações e xingamentos que muitas pessoas proferem contra outras, direta ou indiretamente. Vejamos como está escrito no livro de São Tiago 3: (A língua) “É um mal irrequieto, cheia de veneno mortífero. Com ela bendizemos o Senhor, nosso Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus. De uma mesma boca procede a bênção e a maldição. Não convém, meus irmãos, que seja assim.” E como muitos agem conforme não convém, já dizia o apóstolo São Paulo, a atitude comum do tititi e do bafafá, as populares fofocas e disque me disque passam a se tornar uma prática do dia a dia na vida de tantos ao passo que falar “mal das pessoas, pelas costas ou não, mas precisamente pelas costas” se torna um vício que por fim termina em se instalar no coração, caso medidas corretivas não tomem lugar na situação. Em outra passagem do evangelho Jesus nos ensina que não devemos nos importar com o cisco no olho do irmão uma vez que temos uma trave em nossos olhos. Pessoas que agem assim, falando mal de tudo e de todos, parecem se esconder atrás de uma máscara, ilibando-se de tudo e de todos e se colocando num pedestal. Os hipócritas, assim chamados por Jesus, os fariseus, muito por ele são condenados. Afinal, é importante se saber que a palavra hipócrita quer dizer máscara, personagem. Aquele que também é conhecido como “duas caras” age dessa maneira. Enfim caros leitores, na prática que benefício pode ter alguém que fala mal de alguém? Jesus que nos pede para rezarmos pelos que nos odeiam e maldizem exige de cada um de nós um compromisso muito além do que a fraqueza humana consegue suportar. Por isso é que não conseguimos sozinhos, já nos alertava o salvador da humanidade (João 15,5). É preciso então, um esforço constante para não somarmos, com essa atitude de maldizer, pecadinhos sobre pecadinhos e assim, como nos recorda Santo Agostinho, por não teme-los ao comete-los, treme-los ao conta-los, pois seremos cobrados pelas obras (Apocalipse 22,12). Pecados maiores surgem pelos pecados menores e não da noite para o dia. Evitemos o mal sobre todas as formas que nossas palavras podem produzir para no dia do juízo não sermos condenados pelo justo juiz por aquilo que poderíamos ter evitado tão facilmente nos agarrando ao coração misericordioso de Jesus e nos colocando sob a proteção de Maria Santíssima. Artigo Relacionado: Brigar, Discutir e Xingar fonte: Jefferson Roger
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De novo e de novo

Pessoal, lá no sermão da montanha no evangelho de Mateus, capítulos cinco, seis e sete, Jesus, sentado no monte ensinava às multidões e com autoridade. Não que se destaque apenas essa parte de tudo aquilo que ele ensinou, mas para o artigo de hoje destaco quando ele disse para “não fazermos ao outro aquilo que não queiramos que nos façam”. Por conta disso, Jesus nada mais faz do que frisar o que Deus já tinha deixado pelos profetas durante a história que acompanhamos no antigo testamento. De fato, nosso criador, assim como um pai que acompanha de perto o desempenho do filho na escola, quer saber como anda nosso relacionamento com ele e com o próximo. Haja vista os mandamentos, só para citarmos um exemplo.

Só por aí, já podemos perceber o quanto nos deixamos levar pelos três inimigos da alma para fazermos coisas erradas. Santa Tereza de Jesus dizia a respeito disso: “como somos desleixados”. Se sabemos que todo cuidado é pouco, como se diz no ditado, por que nem isso fazemos? Nem cuidamos de forma compromissada? Só cuidamos do que é fácil de se cuidar, do que dá mais trabalho (e por isso é mais valioso) não cuidamos com o mesmo esmero. Pobres de nós, somos culpados e pegamos nossas culpas e colocamos sobre os ombros de outras pessoas. Tudo vira desculpa e a desculpa quase sempre tenta esconder alguma coisa errada.

Se Jesus disse que não faça ao outro o que não queres que te façam por que as pessoas fazem? Ora, não queremos ser roubados e roubamos alguém? Não queremos ser assassinados e assassinamos alguém? Não queremos que “puxem” o nosso tapete no trabalho e “puxamos” o de alguém? Não queremos apanhar, mas batemos em alguém? E a lista parece não ter fim, Jesus dizendo o que disse incluiu tudo. Então, precisamos agir como São Paulo nos exorta em Hebreus 12,4; na luta contra o pecado devemos resistir até o sangue. Nem isso fazemos.

Porém, há remédio, uma dose de vergonha na cara, arrependimento e joelho dobrado no confessionário aliado ao firme propósito de emenda e abandono das ocasiões, ou seja, tem que ser até o sangue. E por falar em remédio o que Jesus nos disse pode e deve ser utilizado como remédio e poderíamos dizer, um remédio preventivo. Se teu pecado, além de ofender a Deus vai ferir tua relação com o próximo, mesmo que ele não saiba num primeiro momento, isso não importa porque Jesus disse que o que fizermos a alguém é a ele que fazemos; antes do ato, enquanto ainda podes escolher e dizer não ao diabo, o remédio aqui é pensar nos envolvidos. O marido se pensar na esposa pecando contra ele certamente não irá pecar contra ela, pois se colocando no lugar percebe que não gostaria de ser o ofendido. Como exemplos aos filhos, os pais, educadores no temor e doutrina do Senhor, pensar nos filhos é uma dose fortificante para se ficar em pé perante o mal e não ceder por caprichos, desforras ou desejos menores, propulsores das vias da condenação eterna. É possível agir assim, deixando de se pensar nos envolvidos? Se em nosso coração Jesus não fizer morada, se de dentro dele nós o expulsarmos, sim, é possível. Queremos isso? Vale a pena? Penso que não, é um “desagradar” muito grande para com Deus!


fonte: Jefferson Roger
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Puta Merda

Não sei vocês caros leitores, mas quanto mais caminhamos rumo à pátria celeste, mesmo em meio a tantos tombos que levamos durante a subida, vamos nos catolicizando mais e mais, porém, vamos nos indignando com a grande massa da população mundial que vai tratando das coisas de Deus e do próprio Deus de uma maneira exorcística embora não acreditem nisso sendo aqui um empréstimo para bom esclarecimento.

Escândalos vão deixando de ser, tabus vão deixando de ser, heresias vão deixando de ser, padrões vão se transformando, conceitos vão mudando ou sendo substituídos e, não poderia deixar de ser, pecados vão virando assunto do passado, um conceito superado pela evolução inevitável da raça humana, assim dizem os que se excluem dos propósitos divinos e se recusam a aceitar a verdade do criador.

A bagunça que vemos neste mundo, se voltarmos o olhar para os séculos que se passaram, iremos encontrar adivinhem o quê? Acertaram, mais bagunça. Inclusive a própria história da humanidade, abundantemente retratada nos livros nos mostra com detalhes o que estamos a refletir. A bíblia, é claro, mostra a mesma situação. No entanto, em tempos antigos, Deus se apresenta aos homens, explica o que se passa, dá as coordenadas e acompanha a sua criação, com um amor que nem compreendemos direito, haja vista estar recheado dos seus frutos que brotaram na crucificação de Jesus.

Temos saída? Não parece que aqueles que querem seguir Jesus vão sendo acoados, entrincheirados, empurrados para o abismo por forças de maior número e poder? Quem disser que não parece arrisco dizer que está mentindo de si. Numa calma ponderação e reflexão, crentes nas palavras do evangelho, que inclusive nos pede a perseverança como uma das condições de salvação, nos parece com base na fé, que Deus vai soltando corda até que chegue o último dia. Neste dia estaremos enrolados nessa garatuja, envoltos até o pescoço, incapazes de um movimento no sentido da porta estreita? Se não sabemos responder que saibamos logo uma vez que Jesus disse que devemos ficar de sobreaviso porque não sabemos a hora.

Apesar disso permanece o sentimento de revolta dos santos que viviam num verdadeiro incômodo aqui na terra longe do paraíso celeste. Tomara que os tempos avancem e a nova Jerusalém se apresente o quanto antes. Enquanto isso bom negócio é fazermos o que Nossa Senhora nos ensinou em Fátima: oferecer todos os sofrimentos que passamos pela conversão dos pecadores. Também fazermos o que Jesus disse à Santa Faustina: rezar pedindo misericórdia.

Não adianta, sempre seremos interpelados pelo mundo, faz parte do que Deus quis para nós depois da queda de Adão e Eva. Perdoar as fraquezas do outro por amor a Deus é uma das obras de misericórdia. Quem age assim segue na linha de Jesus que na cruz bradou: “Pai, perdoai-lhes porque não sabem o que fazem”. Que nós não sejamos como “eles” a quem o ressuscitado fez referência na cruz; ao contrário, sejamos seus imitadores, imitadores do Cristo (1ª Coríntios 11,1).


fonte: Jefferson Roger
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Precisamos escolher

Dentro da história da humanidade é sabido que ao longo do tempo formaram-se quatro fontes de saber ou quatro linhas de conhecimento ou pensamento. São elas, o saber mítico, baseado no senso comum; o saber filosófico baseado na razão; o saber científico baseado no empirismo e o saber religioso baseado na fé. De forma bastante resumida podemos dizer que, ao longo de nossa experiência de vida, em muitos momentos dela, oscilamos entre essas quatro formas de se relacionar com o que nos cerca enquanto seres viventes “depositados” neste contexto.

Diziam que se deixasse o chinelo virado de cabeça para baixo a mãe morria. Depois procurando especular uma razão para isso se enxergou que a crendice não poderia ser comprovada. Nenhum experimento atestou essa afirmação. Não comprova a ciência que existe vida na terra há muito tempo, milhões de anos, e que o homo sapiens já foi sucedido por outros “tipos” de ser humano? Basta uma rápida e simples pesquisa, por exemplo, pela internet. Pois é, onde se encaixa a criação da humanidade descrita na bíblia em relação à esta evolução do homem? E a criação do universo através do grande “big-bang” em relação a criação do mundo descrita nas sagradas escrituras?

Muito pano para manga para se pensar não é mesmo caro leitor! Como somos pequenos frente à essa vastidão de coisas. No entanto, ao cristão parece que nesse emaranhado todo, fé e razão procuraram dar as mãos durante todo esse percurso. Santo Agostinho defendia essa relação, São Tomás de Aquino também, de uma forma um pouco diferente mas defendia. E nós, pessoas do século XXI? Apesar de todas as formas de conhecimento que estão ao nosso alcance, falo como católico, podemos e conseguimos abraçar alguma delas que não se envolva com a fé? Falando por mim, digo que não.

O marco histórico fortemente fincado na terra, poderoso ao ponto de gerar o antes e o depois, o início de um calendário e um sentindo, embora difícil de se compreender em sua totalidade, norteador para a existência humana, que se chama Jesus de Nazaré, tem tamanho impacto e alcance em nossas vidas na medida em que nos envolvemos com tudo que dele e por ele procede, que não é mais possível viver uma vida jogando ao vento tudo que se aprendeu dele para se viver a vida.

Em outros tempos os esforços humanos tentaram (e porque não dizer ainda tentam) explicar 100% das coisas, mas somente Jesus o fez, faz e irá fazer.


fonte: Jefferson Roger
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quinta-feira, 12 de abril de 2018

A baderna em comunidade

Muitas comunidades pelo mundo afora padecem do mesmo problema que o egoísmo acarreta em toda a parte. As lideranças comunitárias até se esforçam para liderar, mas sempre uma dose de autoritarismo influenciada pela tentação do poder acaba maculando, afastando a democratização e coibindo ou minguando a participação colaborativa de outros membros da comunidade. Sobre o que se fala aqui especificamente entra no contexto das comunidades paroquiais, porém, como o agente participante, o ser humano, vagueia em outros campos enquanto anda pelas estradas da vida, o mesmo acontece de forma muito semelhante no trabalho, na escola, nas famílias e tantos outros locais onde o ser humano se encontra.

Às vezes é a conhecida disputa de poder, outras vezes é o receio de sua perda, outras vezes é o medo da mudança, outras ainda é o exagero delas e mais adiante também é a falta de abertura para conciliar os membros em busca a caminharem todos num único sentido: o bem da Igreja de Cristo, representada neste pequeno pedaço que é a comunidade em que vivemos.

São Paulo em suas cartas trata com muita clareza a respeito dos membros do corpo de Cristo, nem preciso aqui repetir o que tão bem ensinado está. Mas vale dizer, porém, que o que se vê são cristãos duas caras: dentro da igreja é um e fora é outro. Pior ainda são aqueles que se acham donos da verdade e ai de quem se meter em sua pastoral. Se repete por aí que “santo de casa não faz milagre” e por isso numa tentativa parecida com algum tipo de desespero pessoas de fora são chamadas para alguma atividade que muito bem poderia ser resolvida de forma interna. Isso quando é aceito que tal situação aconteça, porque muitas vezes não se admite “pitacos” dos forasteiros.

Já passei por isso assim como muitos de vocês caros leitores, tenho certeza disso. Sempre irá existir a reação adversa e sem humildade alguma das pessoas que imaginam que seu espaço está sendo invadido pelo simples fato de uma aproximação livre de segundas intenções. Sempre são arredias porque é da natureza delas agir dessa maneira.

E assim, sem muitas delongas, podemos encerrar percebendo que isso que passamos, essas contrariedades, desconfianças, desdenho e tantas outras negatividades comportamentais, são nada menos do que o relato das bem-aventuranças que Jesus nos alertou. Ele disse que o discípulo não é maior que o mestre e se o perseguiram, perseguirão a nós também. Então, como vemos, precisamos unir nossos sofrimentos aos de Cristo na cruz, fazermos com seu auxílio nossa parte e vivermos como seus imitadores se quisermos um dia estarmos em sua frente no dia do juízo com a cabeça erguida na certeza de que no mínimo, fizemos o máximo de esforço para alcançar o céu.


fonte: Jefferson Roger
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quarta-feira, 11 de abril de 2018

Subestimado ou Inferiorizado?

Pessoal se existe alguma coisa que provoca nosso nível de paciência e tolerância para com o próximo são os conceitos que emitem sobre nossa pessoa, subestimando-nos ou nos inferiorizando. Muitas vezes ao olharem para a casca, para a aparência, para a procedência, para os conceitos formados a nosso respeito, é até certo ponto natural, sermos rotulados com informações que não valem o quanto pesam. Todavia, subestimar alguém não tem apenas uma origem maldosa. Podemos também subestimar ou sermos subestimados por falta de conhecimento a respeito de alguém ou sobre nós.

A questão de ser inferiorizado ou se sentir inferiorizado caminha por sendas mais delicadas. Se querem nos inferiorizar, modernamente falando, temos nas expressões da atualidade conceitos e definições que nos apontam para uma espécie de bulling. Agora, se nos sentimos inferiorizados, isso também não possui uma só origem. Se, como diziam os filósofos gregos nos esforçamos para nos conhecermos, sabemos nos defender internamente e não sermos contaminados pelas intenções do bulling. Se estamos, porém, com questões internas em conflitos somos presas fáceis nessa selva de pedra e sempre correremos o risco de cairmos espiritualmente. Alguns entram em depressão, outros em desespero e assim por diante.

No entanto, Jesus tem algumas dicas para essas duas vertentes. Vamos tomar apenas uma para cada uma delas. Primeiro: “ame ao próximo como a ti mesmo”, disse Jesus, ou seja, nada de se dar pouco valor, ao contrário, se largar aos cuidados de Deus. Segundo: em João 1,43-50 – aprendemos que Jesus se dirigia para um lugar e um dos seus apóstolos fala para um morador local, chamado Natanael, que o Cristo iria passar por ali, o Messias. Natanael, com aquele ar de preconceito, superioridade e desdém, retruca: Pode, por ventura, vir coisa boa de Nazaré? Vejam só, ao ser avisado que Jesus de Nazaré estava a caminho esta foi a sua atitude. Assim como esse exemplo muitos outros aconteceram. Jesus sempre precisou pisar em ovos contra os que não acreditavam nele e, infelizmente, nos que por um tempo acreditaram. Jesus, como vemos nos evangelhos foi inferiorizado e subestimado. Infelizmente isso acontece com ele até os dias de hoje.

Por isso, no sermão da montanha tratou de nos ensinar através das bem-aventuranças que existe importância maior do que nos importarmos com o que querem fazer conosco. Jesus a respeito disso fala que se quisesse, com uma ordem os anjos desceriam ao seu favor e em sua defesa, no episódio de sua paixão. Pois bem, por existir algo maior e mais importante para se preocupar e fazer, o Redentor da humanidade seguiu adiante.

Assim devemos agir também. É como ele nos ensina, devemos sacudir até o pó das sandálias. Ele sabe por onde nos conduzir e nos acompanha se nos colocamos abertos à ação do Espírito Santo. Sejamos como Jesus e tenhamos sempre em mente que temos preocupação maior que supera qualquer preocupação terrena: temos que nos preocupar em agradar a Deus.


fonte: Jefferson Roger
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segunda-feira, 9 de abril de 2018

O que é bonito é para se mostrar:

O amor dos pais pelos filhos educando-os no temor e doutrina do Senhor (Efésios 6,4),

O respeito ao próximo no dever de amá-lo como a nós mesmos e
por amor a Deus (Mateus 22,39).

O amor a Deus e testemunho de fé convicta no evangelho de Jesus através
do modo como nos vestimos e nos portamos (1ª Timóteo 2,9).

O viver imitando a Cristo, seguidores da sua palavra, felizes por não desagradar
a Deus Pai que do nada nos deu a opção de um dia vivermos a glória eterna dos céus (Efésios 5,1).

A humildade e o sofrer calado perante a soberba e egoísmo do mundo que insiste em
alardear ofensas contra os filhos do altíssimo (Mateus 5,11).

O esforço de uma família em viver unida nas alegrias e nas tristezas (Atos 16,31).

O amor matrimonial, conjugal e familiar que envelhece junto com todos e não se
aparta de ninguém (Efésios 5,21-33).

As boas maneiras que mantém o corpo em sua modéstia e pudor, elevando aos olhos
mundanos o que realmente é a dignidade humana (Salmos 6,9-11).

Um andar na sociedade sendo exemplo vivo da fé que acredita, professa e defende (1ª Coríntios 11,1).

O cuidado em viver uma vida que não desagrade a Deus, suportando de bom grado a
sua vontade que mais valia tem perante nossas fraquezas (Eclesiástico 2,1-4), pois nem sabemos como diz a escritura, pedir como nos convém (Romanos 8,26).

Todas essas coisas e ainda outras mais são belas e devem ser mostradas, pois elas não passam. Brotadas no coração pela fé, originada da pregação e esta em razão da palavra de Deus (Romanos 10,17), não passam como o vento ou as águas do rio. A moda passa, a beleza do corpo envelhece e passa, bens materiais possuem validade, até os alimentos possuem prazo para consumo. Porém, hábitos adquiridos do céu, ensinados aqui na terra por Jesus e inscritos na história da humanidade na bíblia, sendo atestado na santa tradição e na vida dos que acreditaram e foram imitadores daqueles que pela fé e paciência se tornaram herdeiros das promessas (Hebreus 6,12), acontecem no agora, mas frutificam no amanhã quando, conforme nos recorda o Cristo, nos julgará pelas obras que fizemos (Apocalipse 22,12).


fonte: Jefferson Roger
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sexta-feira, 6 de abril de 2018

Vamos aproveitar

Afinal como se lê no livro do Gênesis 3,19 – “Comerás o teu pão com o suor do teu rosto, até que voltes à terra de que foste tirado; porque és pó, e pó te hás de tornar”; com esta passagem muitos acreditam que depois dessa vida não há mais o que se fazer. E pior, a passagem ainda fala que a vida terá sua dose de sofrimento diário. Como podemos ver, é nessa aparente sensação de que as coisas são mesmo ruins, que o diabo se aproveita do pessoal para vender a ideia de que é melhor então aproveitar a vida, já que está decretado por escrito que depois tudo se acaba.

A visão dos que pensam assim é bem pequena, ou porque querem ou porque não conseguem enxergar aquilo que está posto aos olhos. Embora seja muito claro, tanto no antigo testamento (Deuteronômio 28) quanto no novo testamento (Carta aos Romanos 1) de que se optarmos em virar as costas para Deus, por causa do nosso livre poder de escolha concedido por ele, seremos lançados na sarjeta da vida enquanto achamos que boa coisa fazemos aproveitando a vida, mesmo assim muitos ignoram a exortação. Vivem iludidos.

Como diziam os santos a respeito dos pecadores: são todos loucos. De fato, jogar a eternidade no lixo por conta dos prazeres terrenos só pode, no mínimo, ser uma loucura. Ademais isso tem que ser dessa forma porque como se sabe que nossas tendências para o mal e nossos apetites do corpo não jogam a nosso favor, sendo inclusive intitulados como nossos inimigos, tudo que possa vir daí não é fruto de bom grado. Saciar os desejos, embotar a mente com vícios prazerosos acima das prioridades celestes é caminho, como diz Jesus, largo e espaçoso e muitos são os que por ele andam.

Quanto menos se ama a Deus mais seus mandatos se parecem com proibições. Dizem os ditados que a terra há de comer, mas o que vale um ditado frente a poderosa palavra de Deus que diz que ressuscitará nossos corpos no último dia? E mais, todos serão ressuscitados, diz a escritura, uns para glória eterna e outros para a condenação eterna. Virar os olhos para uma realidade assim apostando de que as coisas não são como são ensinadas é correr um risco muito grande porque só temos uma vida, uma chance e uma alma para salvar.

As pessoas colocam sua relação com Deus num nível social. A religião perde a importância de sua essência e praticar a religião é como se reunir num barzinho, numa pizzaria, numa quadra de esportes. Se der certo deu, se não der tudo bem. A pequenez de uma mentalidade como essa que como consequência muitas vezes transforma um corpo em vitrine, objeto descartável e saco de lixo, nada mais faz que ensaiar já aqui na terra os passos da ladeira dos ímpios que irão rolar para a perdição eterna, para a segunda morte. A morte que Jesus alertou que se trata da morte da alma. Se agora se dá de ombros para a seriedade da vida mais tarde sobre esses mesmos ombros poderá cair o peso de todas as más obras e omissões que nos permitimos viver. Enquanto não é tarde sempre é hora e momento de conversão, mas eis aí o problema: existirá o amanhã em nossas vidas para nos arrependermos e buscarmos a Deus?


fonte: Jefferson Roger
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terça-feira, 3 de abril de 2018

O absurdo da páscoa

A pouco tempo atrás, os cristãos do mundo inteiro celebraram a paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, a páscoa. Antes os judeus, que seguiam o calendário com base lunar, na sua comemoração de páscoa o motivo era a libertação do seu povo na escravidão do Egito para a terra prometida por Deus a Abraão. Os cristãos adotaram a mesma data para comemorar a “sua” páscoa entrando dessa forma, na flexibilidade do calendário de base lunar seguido pelos judeus, que correspondia em apontar datas numéricas físicas em dias móveis.

Por este motivo, sabe-se então, que a páscoa é celebrada no primeiro domingo depois da primeira lua cheia depois do dia 21 de março, data em que acontece o equinócio no hemisfério norte (dia com a mesma duração da noite). Pois bem, feito esse pequeno resumo necessário adentro na questão dita absurdo. Sim, o católico comemora a páscoa com Jesus e sua família. A troca tradicional de presentes, em sua maioria chocolates e doces, perigosamente tem se afastado do cerne da questão, da essência e da grandeza desta data tão importante na vida daqueles que foram resgatados por Jesus Cristo no alto do Calvário.

Que o diga o mundo de hoje, nesta data, coloco como exemplo uma matéria que foi ao ar no jornal do meio-dia em Curitiba, onde uma mulher, desempregada a oito meses, lamentava que não podia comprar ovos de páscoa para suas filhas pequenas e que, portanto, por causa disso, elas não teriam páscoa esse ano. Absurdo dos absurdos e reducionismo do mundo capitalista e do comércio desenfreado que vê em tudo uma possibilidade para lucrar. A mulher, continuando, até disse que por serem boazinhas as filhas, entenderam que neste ano não ganhariam chocolates. O fato comoveu o público e alguns voluntários doaram os chocolates para as meninas. Claro que a mídia, porque convinha, deu seu toque sentimentalista à matéria e lucrou sua interesseira dose de ibope. Sim, interesseira porque uma emissora secular não vive e se sustenta transmitindo programas em favor dos cristãos e do evangelho, qualquer um sabe disso, basta ligar a tv e comprovar em meio as novelas, programas de auditório e reality shows.

Não se trata de dar ou não um presente ou um chocolate como acontece no Natal, Páscoa e dia das crianças. A situação é outra. A realidade atinge a todos e ensinar desde a tenra idade a próxima geração como são as coisas na vida é tarefa de todo filho de Deus. Já não diz o dito popular de que é de pequenino que se torce o pepino? Deixai vir a mim os pequeninos, dizia Jesus. Nossa Senhora dizia em suas aparições que a criança deve ser educada acostumada dentro da Igreja, para se familiarizar com seu filho Jesus. Dentro da Igreja e não dentro da internet, dos shoppings, ou seja, onde for. O simples ato de desejar feliz páscoa, feliz natal ou feliz seja lá o que for foi sutilmente pelo mundo desvinculado dos seus verdadeiros significados e maculados com uma dose monetária.

Já vi crianças pedindo seus chocolates que veem com brinquedos dentro de personagens que gostam. O motivo do natal e da páscoa ser celebrada se origina na mesma pessoa, em Jesus. Jesus não disse buscai primeiro o reino de Deus e a sua justiça e tudo o mais vos será acrescentado? Qual a dificuldade de se ensinar o necessário? A prática dos presentes não é proibida, mas não pode substituir a razão que se comemora. Enquanto as pessoas vão colocando a carroça na frente dos bois Jesus poderia muito bem lá de cima estar dizendo: que absurdo! – O que fizeram com a oportunidade que lhes dei com meu sangue derramado!


fonte: Jefferson Roger
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