quinta-feira, 19 de abril de 2018

Mulher objeto

Aprendi quando era criança,
Que brincava com meus brinquedos,
Com eles me divertia pelos terrenos
E como é boa esta lembrança.

Os brinquedos eram variados,
Mas de acordo com minha idade.
Porém, tinha que tomar cuidado,
Senão perdiam a utilidade.

Passou o tempo e fui crescendo,
Novos brinquedos eu fui querendo,
No entanto, mais caros eles eram
E por conta disso, fui entristecendo.

Todavia como ficaria?
Ainda queria brincar,
Então isso tudo como resolveria?
Já sei, com criatividade algo vou inventar.

Nesta hora para minha tristeza,
O diabo em sua sutileza,
Rapidamente entrou em ação,
Me oferecendo algo para minha coleção.

Apresentou-me a mulher,
E nesse instante, muito eu estranhei,
Afinal, mulher é mulher,
Não é objeto, isso eu pensei.

Que nada, disse o diabo,
Ela dá conta do recado,
Use quanto você quiser.
De manhã, à tarde e ao anoitecer.

Depois que enjoar,
Ela é só arrumar,
Se o conserto não funcionar,
Por outra pode trocar.

Esperto esse diabo
Com sua lábia maldita,
Convence a mulher e o marido,
Que se trocam por uma marmita.

No fim quem foi convencido
Achando-se muito esperto,
Não sabe o mal que fez
A si próprio e a quem está perto.

Agindo dessa maneira, a mulher para se agradar,
Agrada muito o homem, que muito a quer usar.
No entanto se fazendo objeto,
Descontenta muito a Deus e isso é mais do que certo.

Por fim ainda há esperança,
De que os olhos se abram,
E tanto a mulher como o homem,
Os erros não mais eles façam.

Assim os céus se alegram
E Deus, acolhedor, os recebem,
Arrependidos, sabem que erraram
Mas perdoados, não mais se entristecem.


fonte: Jefferson Roger

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