quinta-feira, 26 de abril de 2018

O corredor da morte

Essa é uma expressão muito conhecida do povo em geral. Quando ouvimos alguém falar a respeito dela logo mentalizamos a visão de um transgressor que por praticar crimes de alta gravidade, foi condenado pela justiça de seu país a cumprir uma pena chamada de pena de morte. Enquanto não chega o dia do cumprimento de sua sentença ele espera na ala do presídio onde outros, assim como ele, contam seus dias aqui nesta terra.

Pois bem, aproveitando-me dessa introdução um tanto análoga para o tema que pretendo refletir, começo dizendo que em nossa vida, e falo aqui com os que temem a Deus e procuram viver agradando-o, vivemos num caminhar que muito bem poderia ser relacionado a um corredor. Pelo caminho vamos andando por este corredor e muitas portas de ambos os lados vamos deixando para trás. Cada uma delas possui um título, porém, todas não passam de tentações. A cada porta que deixamos para trás com a graça de Cristo vencemos mais uma oferta do inimigo. Que perigo são para cada um de nós transpassarmos por portas assim; corremos o risco de não conseguirmos voltar por ela. Certas portas são apenas portas de entrada. Entramos vivos e saímos mortos, mortos fisicamente ou espiritualmente. Valha-nos Deus Misericordioso!

Que nossos olhos sempre fiquem voltados para a luz de Cristo. Ele mesmo nos disse que quem com ele está não caminhará nas trevas, mas terá a luz da vida. Outra coisa salutar a se fazer é parar quando preciso para se tomar fôlego em local seguro e protegido, não próximos a essas portas. Não podemos, como no conto de fadas de João e Maria, entrarmos na casa da bruxa, feita de doces, para nos empanturrarmos nos prazeres. Por prazeres terrenos sofremos tormentos eternos.

Poderíamos, porém, pensarmos nas antigas casas que eram construídas com um corredor central. Eu mesmo morei numa casa assim quando criança. Na frente a sala de estar e jantar, no meio destas um corredor que se estendia até o final da casa. Este corredor dava acesso para a cozinha, banheiro, despensa e quartos. Por este prisma, percebemos que as muitas portas de um corredor assim, mantém a privacidade e a função das pessoas e dos ambientes.

Então, na vida real como devemos proceder, se no mesmo corredor existem portas que devemos entrar e outras que não devemos? A resposta é simples e é bíblica: não devemos caminhar sozinhos (João 15,5). Jesus disse que sem ele nada podemos fazer, e no caso em questão nem podemos caminhar sozinhos por esta vida (este corredor) sem corrermos o risco das tentações. Ademais, o mesmo Cristo nos deixou o Paráclito, o Espírito da Verdade, Consolador. As pessoas se esquecem de pedir o auxílio divino disponível a todos 100% do tempo. Não sejamos assim, pessoas que insistem em caminhar por este corredor sozinhas, precisamos ao final deste caminhar, no encontro da morte, termos vivido segundo o que nos pede o criador, passando pelas portas certas da vida e deixando as portas erradas para trás como fez Lot.


fonte: Jefferson Roger

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