A tradição católica nos conta que certo camponês foi até o mosteiro vizinho à sua aldeia levar alguns frangos para os bons frades, que viviam de esmolas e da caridade do povo. No caminho, um dos frangos desvencilhou-se das mãos do campônio e desandou a correr. Correu o pobre atrás da ave, xingando e praguejando: “Frango do diabo! Volta aqui,seu ..." Conseguiu enfim recuperar o fujão, e prosseguiu o seu caminho. Chegando ao mosteiro, tocou o sino da porta de entrada (naquele tempo não havia campainha) e foi logo atendido. “Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!”, disse. “Aqui estão alguns frangos que separamos para os frades e para ajudar na quermesse de São Sebastião”. Solícito, o frade recebeu o homem, com um sorriso, e agradeceu. Porém, não quis aceitar um frango. Diante do espanto do camponês, explicou o motivo: “Este, nós infelizmente não podemos aceitar; ele já tem dono. E o dono dele é nosso inimigo e inimigo de Cristo”. Qual não foi a surpresa do camponês ao perceber que se tratava justamente daquele que escapara no caminho e sobre o qual ele rogara: “Frango do diabo!”... Hoje em dia há muita liberalidade quanto ao linguajar, mesmo entre católicos –, mesmo os mais tradicionais –, especialmente entre os mais jovens. Quem se escandalizar com a boca suja do irmão será logo taxado de "puritano" ou irá virar motivo de chacota e gozação. Xingar, praguejar, dizer palavrões é pecado? Em determinadas circunstâncias, talvez não. Mas podemos afirmar ao menos –, isto com toda a certeza –, que o bom cristão preferirá sempre não fazê-lo. Eclsiástico 23,15-17 e 20 - "Há uma outra palavra que merece a morte, e não deve ser encontrada na herança de Jacó! Tudo isto está longe dos homens piedosos, que não se comprazem em tais crimes. Não acostumes tua boca a uma linguagem grosseira, pois aí sempre haverá pecado. O homem acostumado a dizer palavras injuriosas jamais se corrigirá disso. Como é fácil proferir tão levianamente palavras ao vento que não voltam se causarem efeito na vida das pessoas e em nossas vidas. Tanto é que o próprio Deus condena, vemos isso nos evangelhos, o mal proceder da boca. Ademais, quiçá um blasfemar, uma injúria, uma difamação, uma ofensa contra o próximo, contra Jesus ou sua Mãe, a Virgem Santíssima, e contra o Deus Todo Poderoso? Se nos evangelhos já aprendemos que é mal grandioso para nossas almas um golpe tão grande como esse como ficamos se fazemos o mesmo contra Deus? Haja vista o segundo mandamento nos alertar para não pronuncia-lo em vão. As pessoas não levam a sério e não se policiam constantemente, correm por conta de suas leves atitudes e desleixos perigo constante, vivendo com a guarda baixa e suscetíveis ao que o mundo prega. Faz parte do bom comportamento católico também o bem falar. Jesus não ensinou que da boca sai o que está no coração? Vigiemos. fonte: Jefferson Roger com adaptação do site ofielcatolico
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