quarta-feira, 30 de maio de 2018

A espreita do inimigo

O leão está sempre à espreita de uma presa; assim o pecado, para aqueles que praticam a iniquidade. O homem santo permanece na sabedoria, estável como o sol; mas o insensato é inconstante como a lua. Aqueles que escarnecem do pecado dos justos serão apanhados no laço, e a dor os consumirá ainda vivos. O pecador se gloria até de sua cupidez, o cobiçoso blasfema e despreza a Deus. Em sua arrogância, o ímpio diz: Não há castigo, Deus não existe. É tudo e só o que ele pensa. O ímpio espreita o justo, e procura como fazê-lo perecer. Porém, São Pedro vai nos dizer: Sede sóbrios e vigiai. Vosso adversário, o demônio, anda ao redor de vós como o leão que ruge, buscando a quem devorar. Resisti-lhe fortes na fé.

Com estes pequenos trechos retirados do livro do Eclesiástico, Salmos e 1ª Pedro podemos perceber que existe uma possível parceria que os pecadores permitem que aconteça com a espreita do inimigo. Como a tentação faz parte do cotidiano cristão, promovido por satanás, agravada ainda é, como vimos nas passagens acima, a situação daquele que procura viver conforme seja do agrado de Deus; esse agravante são os ímpios, aqueles que São Paulo nos diz que devemos guardar distância. Em português atual chamamos de más companhias.

Neste sentido a dualidade que nos cerca, demônio e ímpios, aliada a concupiscência de cada um, que São Tiago disse nos aliciar, formam um trio que necessita de empenho constante para que permaneçamos de pé. São Paulo mesmo vai dizer em Coríntios: “quem está de pé, veja que não caia”. Qual a receita para esse empenho? A resposta vem da boca do Cristo: vigiai e orai para que não caias em tentação porque o espírito está pronto, mas a carne é fraca.

Se não vigiarmos o oposto acontece: a distração; distraídos pecamos quando tentando sermos felizes errando o alvo porque tentamos sozinhos e não podemos sem Jesus (João 15,5) fazermos alguma coisa. A santa batalha diária que vivemos é espiritual, nossa alma quer o diabo que a percamos e o derrotado que desceu como um raio do paraíso não mede esforços, não se distrai e como disse o apóstolo, para nos perder anda à espreita. Cuidemos!


fonte: Jefferson Roger

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