Deus, ser muito justo e misericordioso, que nos concede na época atual o tempo da graça, dispõe a cada um a mesma quantidade de um recurso chamado “tempo”. Não há como negar, enquanto estamos vivos dispomos de vinte e quatro horas. Não abrangendo a questão quanto as limitações impostas por alguma enfermidade de caráter fisiológico ou neurológico, pois o criador tem as suas razões e não nos cabem argumentos (Deuteronômio 29,29), ao restante do seu povo, conscientes da vida que levam, resta viver sobrevivendo e, principalmente, neste campo de batalha que se transformou a vida neste planeta. As gerações vão passando e mais coisas podemos fazer dentro da mesma quantidade de tempo. Maravilha! Somos mais móveis e ágeis em termos de deslocamentos, mais rápidos em termos de acesso à informação e por isso nos julgamos melhores do que já fomos um dia nesta caminhada histórica. E pensar que já existiram tempos em que o ócio, o fazer nada em relação a atividades braçais era bem visto porque se tinha mais tempo para “exercitar” o pensamento, aprender e refletir sobre tudo. Porém, o corre-corre chegou, atropelando todo mundo; sai de baixo porque a esteira compressora está passando. Preocupados cada vez mais com a vida do corpo a sociedade desenvolve seus meios e organiza seus métodos, no entanto, a globalização e o capitalismo estão entre alguns veículos motores desse mundo que frenetiza a vida de todos. Até aí, se houvesse solidariedade, ética e moral arraigadas profundamente no homem, penso que nem mesmo o frenetismo dessa “evolução” involutiva poderia prejudicar alguém. Não é assim, sabemos bem; o homem se corrompeu pelo ser, ter e poder. Tornou-se egoísta e tende a se agrupar de forma que seus interesses superem os demais. Desse modo engrenagens que não consigam suportar e exigência desse sistema “falecem” e saturam seus desempenhos. Originam-se as greves, paralisações, protestos, interdições e todos, conforme a duração do evento, vão prejudicando cada vez mais e mais pessoas. Sofre o corpo, sofre a saúde, sofre o bolso, sofre a família, sofremos todos nós. Que fragilidade e que lástima sabermos que poderia ser evitado, mas a sintonia dessa sinfonia não toca a melodia que agrada a todos. Lembram? Egoísmos e interesses! Além do mais, nós cristãos que acreditamos ser corpo e alma, devemos aproveitar e, nos momentos de dificuldades, recordarmos que nossa alma faz parte do todo e precisa de atenção. Nossa vida espiritual carece de muito cuidado e empenho. Enquanto se vê filas nos caixas dos supermercados para se estocar alimentos, se vê filas nos postos de combustível, filas nas madrugadas dos postos de saúde, os engravatados fazem fila para quê? Se movem apressadamente para evitar crises maiores e greves de grande impacto como a que se vive neste momento tentando ainda saírem como heróis! Heróis de que? Por agirem como agem, tentando viver um paraíso sem Deus, descrentes do mesmo, caminham para um desfecho bem diferente do que propõe o Deus criador das coisas visíveis e invisíveis. Sejamos diferentes, sejamos imitadores do Cristo (Efésios 11, - Mateus 5,48), se cristãos nos intitulamos nos empenhemos de corpo e alma, é importante encher o tanque do automóvel a ponto de amanhecer na fila de um posto de combustível? Mas amanhecer em vigília pela cura de quem precisa ou pela santidade de alguém e até mesmo a nossa sem dúvida é importante. Amanhecer recitando o rosário ou realizando uma prática religiosa pelo bem de alguém também o é! Jesus nos alertou que devemos fazer isso sem deixar aquilo de lado. fonte: Jefferson Roger
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