sábado, 2 de junho de 2018

A salvação de Clodovildo

Poderia ser no título deste artigo, a salvação de qualquer outra pessoa. Não importa o nome, o que importa é que quando se trata de salvação a questão se aplica a todos nós. A salvação concedida por Cristo no alto da cruz, que precisa ser aceita por cada um em sua vida para que ela se consuma, passa muitas vezes pelo crivo das tribulações e dificuldades que existem para que, por permissão divina e providência sua, cresçamos no amor e santidade. Se pelo batismo recebemos o Espírito Santo para nos salvarmos, pelo sacramento da crisma recebemos o Espírito Santo para ajudarmos a igreja de Jesus (Mateus 16,18) a trabalhar pela salvação dos outros. Seja com maior ou menor grau de participação sempre seremos convocados por Deus para sermos seus instrumentos na vida das pessoas. E foi pensando nisso, que a turma da quarta etapa da catequese da Paróquia São Rafael em Curitiba-PR, participou de uma atividade cujo tema proposto foi criarem um pequeno conto onde eles iriam precisar ajudar uma pessoa a se salvar de algum percalço em sua vida. Cada um dos catequisandos teve a liberdade de escrever um pouco da história passando para o seguinte ir completando a mesma e assim ao final teríamos o resultado, o desfecho. O mesmo aconteceu com o desenho do personagem; ele foi criado a partir da colaboração de cada um deles. Vamos ver o resultado desta atividade:

"Conheci um rapaz no bairro onde moro que era muito desobediente, mal educado e não ia bem na escola, além de se envolver com más companhias. Certo dia, caminhando pela calçada o encontrei, ele estava fumando sozinho num beco. Resolvi então ir conversar com ele. Clodovildo conversava sozinho, parecia ser o rapaz mais drogado do bairro. Quando sua mãe descobriu o que havia acontecido (seu vício), decidiu manda-lo embora. O rapaz andava sem rumo na vida e estava quase sem dinheiro e sem abrigo para morar; nesse ponto ele decidiu se internar para fazer um tratamento a fim de parar com o uso das drogas. Mesmo assim ele teve uma recaída e um dia fumou tanto que desmaiou por causa da “overdose” de entorpecentes ficando inconsciente por dois dias. Passado esse tempo Clodovildo acordou num abrigo, muito “chapado”. Eu queria salva-lo, tirar das drogas e bebidas, mas ele teve um ataque de histerismo, dando uma de louco e precisei mandar que ficasse quieto. Minha mãe não sabia que ele (meu irmão) estava ali e se ela descobrisse eu iria me ferrar. Apesar de tudo ele começou a se controlar e descobriu outra paixão sem serem as drogas: uma moça chamada Doloteia. Ela era uma drogada também, porém, estava em tratamento e já havia melhorado bastante, ainda mais se comparado o seu estado com o de Clodovildo. Por conta dessa paixão e para impressiona-la ele procurou controlar e superar seu vício para que pudesse levar uma vida feliz. Sendo assim, Clodovildo se “safou” junto com Doloteia. Ele viveu o resto de sua vida dentro da igreja, dando catequese, ajudando o padre vindo mais tarde a se tornar ministro extraordinário da sagrada comunhão. Passado um tempo, Clodovildo casou-se com Doloteia e tiveram filhos. Ele nunca quis contar sobre seu envolvimento com as drogas por medo deles seguirem seu mau exemplo e se ferrarem na vida. Ao contrário, seus filhos viveram dentro da igreja, sendo coroinhas e acólitos, tendo uma vida boa."

Como vemos caros leitores neste simples conto é na criatividade e simplicidade desses jovens que podemos enxergar que escolhas podem ser feitas, somos livres para dizermos não ao inimigo que quer nos destruir e nos afastar de Deus. E mais, com essa liberdade podemos ajudar ao próximo e dessa maneira todos agem como Jesus espera que façamos quando nos manda amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. Essa foi a mensagem que Eduardo, Caroline, Rafael Ribicki, Rafael Padilha, Murilo, Renata e Nicolas se propuseram a transmitir para cada um de nós, uma mensagem que já existe em seus corações e que deve estar no coração de todo cristão: é na igreja de Jesus, com Jesus e nossa família que conseguimos caminhar rumos aos céus.


fonte: Jefferson Roger

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