sexta-feira, 15 de junho de 2018

Não existe meio termo, ou Deus ou Satanás

Essa afirmação foi feita pelo sacerdote exorcista de Roma, já falecido, Gabriele Amorth. E como bem sabemos não existe discrepância alguma com os ensinamentos celestes, pois, ao afirmar no livro das revelações que o morno ele vomita, Jesus claramente nos exorta a fazermos a escolha de nossas vidas. São Tiago vai nos dizer que quem se faz amigo do mundo se torna inimigo de Deus. E tem mais, o Cristo nos diz que não podemos servir a dois senhores e também diz que, ou estamos com ele ou contra ele.

Pessoal, não adianta, ou santos ou nada, ou salvos ou condenados. Nós, que somos eternos, precisamos decidir onde queremos passar a segunda etapa de nossas vidas. O cristão, aderente ao plano salvífico de Deus, deve superar o quanto antes a tentação de querer viver “dando o seu jeitinho” para tudo. Não vai funcionar! Em Apocalipse 22,12 Jesus disse que vai nos julgar segundo nossas obras. São Tiago diz que a fé sem obras é morta. Sendo assim não basta crer, este crer precisa nos mover. Exemplifico:

Não adianta acreditar que frutas e verduras fazem bem para a saúde e não come-las. Não adianta acreditar que exercícios fazem bem para a saúde e não pratica-los. Voltando a nossa realidade cristã, se cremos, agimos, se não agimos, essa escolha nos fará inertes e omissos e isso é um perigo para a alma. Vale lembrar na oração de confissão proferida dentro da santa missa, a parte que diz que “pecamos por pensamentos e palavras, atos e omissões”. Pois bem, aprendemos da santa tradição e doutrina católica que vem direto da santa palavra e do verbo que se fez carne que existem duas formas de corrigirmos nossos erros (nossos pecados): arrependimento – contrito ou atrito – propósito de emenda de vida (disposição e atitudes) e acusação pessoal à Deus (confissão sacramental). Destaca-se aqui que a contrição se divide em perfeita e imperfeita.

Perfeita consiste no arrependimento puro, imperfeita consiste no arrependimento por medo das consequências. Os santos padres nos ensinam que a contrição perfeita perdoa os pecados enquanto que a contrição imperfeita ainda precisa da confissão, porém, é preciso atitude, disposição do penitente em se aproximar em qualquer circunstância do sacramento da confissão para obter o perdão de Deus pela via instrumental do sacerdócio, pois, Deus é quem perdoa pecados usando como seu instrumento a pessoa do padre.

Se optamos em deixar de lado a confissão, virando as costas para essa graça concedida a todos por Cristo no seio da sua igreja (Mateus 16,18), ficamos por nossa conta e risco. Se começamos a fazer bom juízo demais a nosso próprio respeito Nossa Senhora, para isso, nos alerta que podemos estar rezando pouco, pois quem reza pouco não tem consciência de seus pecados. É o ditado popular que diz que “mais vale um pássaro na mão (obter o perdão pela confissão sacramental válida), do que dois voando” (arriscar que somos perdoados através da automedicação de se pedir perdão a Deus diretamente sem a certeza da contrição perfeita).

A escolha é de cada um de nós; o preço é muito alto do que está em jogo: nossa salvação. Padre Duarte Sousa Lara nos diz que “um dos segredos para sermos santos, que é sinônimo de sermos felizes é a confissão sobretudo, arrependidos, para uma consequente comunhão eucarística frutuosa”. Precisamos ter juízo, a expressão “empurrando com a barriga” não pode se aplicar a nossa situação e agir como filhos de Deus.


fonte: Jefferson Roger

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