Sempre nos parece, não é mesmo caros leitores, que a vida, para ser vivida, precisa ser abraçada. Viver, ensina o mundo, é levar uma vida repleta de prazeres e conquistas materiais. O mundo prega uma felicidade e alegrias que estão em constante evolução. Um dos seus ingredientes é o consumismo e a cultura do descartável. Acham-se tão inteligentes os homens, mas produzem por conta disso muita sucata e o que é mais perigoso, sucata material e espiritual. Quanto mais coisa você tiver mais feliz você vai ser. Quanto mais socialmente você estiver em evidência mais feliz vai se sentir; afinal, vaidoso precisa de plateia, faça o que te dá vontade e aproveite a vida porque ela é curta. E não é assim? As redes sociais que o digam, é um festival de exposição de privacidades e exibicionismo. A expressão “status” demonstra publicamente intenções, emoções e uma declarada manifestação de querer “estar bem” perante sua rede imensa de amigos. São pessoas que não vivem o que gostariam, mas, como já escutei dizerem, preferem o mundo virtual porque podem pelo menos transparecer o que não são, mas gostariam de ser. Sempre digo por aqui, a internet, a tecnologia e o dinheiro foram criados para servirem ao homem, mas terminam por escraviza-lo. Há, porém, uma saída; uma saída que implica numa escolha. Como lemos em Eclesiástico o bem e o mal nos é apresentado, cabe a cada um escolher. Neste ponto uma encruzilhada se apresenta na vida das pessoas; quantas e quantas vezes, vale dizer, muitas passam por ela. Querem o meio termo ou querem seu próprio termo e dessa forma são remetidos ao título desse artigo porque são assim que as coisas passam a se comportarem. Deus quer “que todos se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade”, diz a escritura. Não é o que anda acontecendo. As pessoas se dedicam as coisas da carne muito mais do que as do espírito, não conseguem encontrar sequer um equilíbrio, embora aprendemos na bíblia que precisamos viver do espírito, buscando o reino de Deus em primeiro lugar porque tudo mais nos será dado em acréscimo. Quem não age assim termina por “chutar o balde”, “chutar o pau da barraca”, “jogar a toalha”; abandona a rígida exigência doutrinal católica, do “religare” (ligar-se a Deus novamente), vira as costas para ele e passa a viver de forma a seguir outras linhas de pensamento. Bem verdade é que precisamos respeitar o modo de pensar de cada um desde que não se invadam entre as partes suas crenças. No entanto, respeitar não é aceitar, nem implica nisso. Enfim o que fazer? São Pedro nos dá uma explanação em sua primeira carta, capítulo quatro, versículos de doze a dezenove: “Caríssimos, não vos perturbeis no fogo da provação (quando as coisas não saem como você quer), como se vos acontecesse alguma coisa extraordinária. Pelo contrário, alegrai-vos em ser participantes dos sofrimentos de Cristo, para que vos possais alegrar e exultar no dia em que for manifestada sua glória. Se fordes ultrajados pelo nome de Cristo, bem-aventurados sois vós, porque o Espírito de glória, o Espírito de Deus repousa sobre vós. Que ninguém de vós sofra como homicida, ou ladrão, ou difamador, ou cobiçador do alheio. Se, porém, padecer como cristão, não se envergonhe; pelo contrário, glorifique a Deus por ter este nome. Porque vem o momento em que se começará o julgamento pela casa de Deus. Ora, se ele começa por nós, qual será a sorte daqueles que são infiéis ao Evangelho de Deus? E, se o justo se salva com dificuldade, que será do ímpio e do pecador? Assim também aqueles que sofrem segundo a vontade de Deus encomendem as suas almas ao Criador fiel, praticando o bem.” fonte: Jefferson Roger
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