No livro da Sabedoria lemos que Deus é o senhor da vida e da morte e dele é impossível alguém escapar. Também no livro do profeta Jeremias encontramos a proclamação de que ele é Deus criador do céu e da terra, não existindo para si algo que não seja possível. No evangelho de São Lucas, quando o anjo Gabriel anuncia o pedido de Deus a Maria a fim de que ela, como serva do senhor, permitisse que sua palavra fosse feita, nesse anúncio, após seu pronunciamento o anjo diz que “a Deus nenhuma coisa é impossível”. Adiante nos evangelhos, agora quem nos fala sobre o impossível é Jesus quando se refere ao mal inevitável que acomete o mundo, diz que os escândalos são impossíveis não acontecerem, mas previne que a consequência deles recairá sobre seus feitores. Um pouco mais à frente, quando Jesus pregava a respeito da conduta exigida do homem e sua relação com a salvação, seus discípulos acharam tarefa difícil a de se salvar ao ponto de, inclusive, lhe perguntarem quem poderia então salvar-se? Jesus, reconhecendo a tarefa de cada um, que consiste na batalha diária do homem sobre este vale de lágrimas, conforta a todos quando diz que (Lucas 18,27) “o que é impossível aos homens é possível a Deus.” Com essa resposta Jesus coloca cada pecador em seu lugar de filhos adotivos e dependentes de Deus para tudo, inclusive para a salvação da alma. A parte de cada um precisa ser feita (Apocalipse 22,2), que consiste em viver segundo seus desígnios (de Deus) e produzindo frutos (as obras), porém, fica claro nas palavras do Redentor que o auxílio divino é necessário. Até mesmo o Cristo em outra parte diz (João 15,5) que sem ele não podemos fazer nada. Nas cartas apostólicas São Paulo vai nos dizer que (Hebreus 11,6) “sem fé é impossível agradar a Deus, pois para se achegar a ele é necessário que se creia primeiro que ele existe e que recompensa os que o procuram.” Por fim, aprendemos na carta aos Romanos que a antiga lei, precisa da plenitude porque a carne a tornava impotente. Impotência superada por Deus que (Romanos 8,3-6) “enviando, por causa do pecado, o seu próprio Filho numa carne semelhante à do pecado, condenou o pecado na carne, a fim de que a justiça, prescrita pela lei, fosse realizada em nós, que vivemos não segundo a carne, mas segundo o espírito. Os que vivem segundo a carne gostam do que é carnal; os que vivem segundo o espírito apreciam as coisas que são do espírito. Ora, a aspiração da carne é a morte, enquanto a aspiração do espírito é a vida e a paz.” Como vemos, nesta pequena reflexão, resumida por Jesus quando ele diz que não podemos agradar a dois senhores, percebemos que o que é impossível para nós, além de nos salvarmos sozinhos e sem fé, é vivermos uma fé que queira tornar nosso impossível semelhante ao de Deus. Inútil tentar, pois não nos é possível contrariar o Deus do impossível e ainda querer a coroa da glória eterna. fonte: Jefferson Roger
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