E disso não podemos ter dúvida alguma, se olharmos para a história da religião católica, começando por Jesus, ou até antes, desde os culpados, Adão e Eva, iremos ver que não existe “isenção” para ninguém. Como se sabe a “dor é filha do amor”. Eis uma grande dificuldade para muitas pessoas, senão para a maioria. Como entender que o amor produz como fruto a dor, o sofrimento? Pois bem, produz mesmo. Percebemos que o amor admite a dor junto dele porque sabe que ela é resultado direto do que esse sentimento pode fazer na vida de uma pessoa. Vamos entender. Se perguntarmos para um jovem para ele se lembrar de uma pessoa que ele tem certeza de que o ama de verdade, muito provavelmente, a grande maioria irá se lembrar da mãe, e não do namoradinho ou namoradinha com o qual cometem seus pecados. E por que? Porque são nos momentos de maiores dificuldades e sofrimentos de nossas vidas que as pessoas que mais gostam de nós estão ao nosso lado. Aqueles que não gostam de nós neste nível, afastam-se porque só querem de nós o melhor, o pior deixam para os outros. Colocadas as coisas dessa maneira, vejam bem, as coisas são colocadas assim por Deus, nos fica muito claro que não é possível passarmos pela porta estreita, a entrada do céu, sem vivermos em nossas vidas as experiências sofríveis. A “receita” está posta, o problema é que as pessoas se assustam com a lógica divina porque querem olhar para ela numa perspectiva somente humana e não sobrenatural. Por conta disso não compreendem como é possível alguém dizer que ama e querer demonstrações de sofrimento ou demonstrá-las. Pois é, as coisas são assim, vamos recordar o exemplo dado linhas acima das mães. Vamos mais longe, vamos recordar o exemplo de Jesus, do próprio Deus, de tantos santos e santas, dos apóstolos e por aí vai. Sofreu e perseverou (como disse Jesus) vai ao céu. Porém, é um perseverar no caminho da salvação, pois se sofrermos e trocarmos de caminho (caminho do mundo e seus prazeres) já sabemos que o ponto final não será o mesmo. Então as coisas são assim, a regra não é nossa, vem de Deus, todo mundo tem que padecer, faz parte da condição de se carregar a própria cruz. Seu peso, que é sob medida, trata de nos proporcionar tudo que precisamos em termos de sofrimento se almejarmos chegar um dia na glória do paraíso. O diabo sabe disso, sabe que o sofrimento abraçado por amor a Deus (lembremos do primeiro mandamento) faz parte do processo de santidade. Por isso ele se empenha para que as pessoas detestem o sofrimento e procurem apenas o prazer. E convenhamos, ele tem tido sucesso porque é muito difícil encontrar alguém que encare os sofrimentos da vida na ótica imaculada de Deus. fonte: Jefferson Roger
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