sexta-feira, 17 de agosto de 2018

O preço a se pagar

Uma coisa é muito certa, percebo que todos que já caminharam um bom bocado nesta vida podem atestar na prática a responsabilidade que é envolvida nas escolhas que são feitas. Os ditados populares dizem que para tudo temos que pagar. Paga-se para nascer, paga-se para viver e paga-se para morrer. Ou seja, tudo tem um preço. Triste realidade do mundo em que vivemos, capitalista, competitivo e individualista. Atualmente compartilhar é algo muito diferente do que se lê em Atos dos Apóstolos quando as pessoas compartilhavam bens para o sustento e bem-estar das pessoas.

Hoje em dia compartilhar é algo que não vai exigir de quem compartilha nenhum compromisso ou doação. Haja vista as redes sociais. Existe até um botãozinho para se enviar para alguém alguma coisa; tudo está digitalizado. Que cômodo, se dispara para a rede de amigos (essa é boa viu, “mui amigos”) aquele link, foto, vídeo ou mensagem que achou bela. Pois bem, é assim que é, a escolha de compartilhar uma vida a dois, depois a três, depois a quatro vai tomando rumos muito distantes do ingrediente da responsabilidade e do preço da escolha. Dentro da perspectiva cristã católica sabemos que existem duas formas de viver segundo a vontade de Deus: fiéis a ele pela virgindade ou fiéis a ele pela castidade. Ou se é solteiro e como solteiro se vive como Deus quer e não como se fosse casado. Ou se é casado e se vive como Deus quer e não como se fosse solteiro. É neste ponto que as coisas foram maculadas e o tempero satânico colocou desordem na natureza humana desgraçadamente corrompida.

As pessoas solteiras não sabem mais viver como solteiras. Hoje ser solteiro é sinônimo de liberdade total, para se fazer o que bem quiser, como e quando quiser, da forma que quiser e como melhor lhe atender suas expectativas. Hoje ser casado é sinônimo de viver com um grupo de pessoas fazendo possível para manter hábitos da vida solteira. Até é possível, mas o problema é que o tempo da pessoa casada agora é destinado à outras coisas. Mudanças são necessárias. Não se trata de uma mudança radical, mas agora a vida em família requer um outro estilo de vida e responsabilidade. Aquela liberdade se transformou.

A razão de ser agora é outra, esposa, marido e filhos estão no mesmo barco e se ajudam mutuamente na caminhada de todos e cada um para um dia retornarem para a pátria celeste. Outro problema existente, as pessoas não querem mais pagar o preço, custa caro para muitos viver conforme o agrado de Deus. Mais fácil é viver segundo as próprias vontades, levando uma vida que procura fazer dela um parque de diversões. Não querem, agindo assim, aceitar o preço que foi pago por elas, com sangue no alto da cruz, por Jesus. Com isso terminarão pagando um preço muito maior no final da jornada por este vale de lágrimas que é esta etapa de nossas vidas eternas. Mesmo para os que não creem num pós-morte ou na ressurreição não faz parte da sensatez os hábitos desregrados que não promovem o bem em comum. Sempre temos que escolher e sempre teremos que encarar as consequências. Jesus escolheu nos remir por seu sangue encarando as consequências, já passou da hora de fazermos o mesmo.


fonte: Jefferson Roger

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