sexta-feira, 28 de setembro de 2018

A graça da doença terminal

Em toda a história da humanidade é sabido que o diabo quer implantar nos seres humanos o ódio ao sofrimento e a dor. Quer implantar nas pessoas a busca incessante pelos prazeres e tudo que é bom, de todas as formas, e uma repulsa imensa por tudo que machuca, dói e nos faz sofrer.

E não é de se admirar que ele tenha essa atitude, afinal, o cristão sabe o que Jesus aceitou fazer por cada um de nós. Foi algo diferente de sentir dor e sofrer? Sabemos que não, sabemos que era necessária essa reparação pelos pecados da humanidade. O preço foi alto e o remédio curador, bem amargo.

Como podemos entender a dor é filha do amor. Jesus, por amor, passou pelo que passou, por todos nós, lembrando que Deus não faz distinção de pessoas. Acolhe a todos que o buscam conformados a sua palavra. Uma palavra dura, difícil de seguir, mas uma palavra que tem por objetivo dar frutos de vida eterna.

Nossa Senhora disse a Santa Catarina Labouré que não lhe prometeria felicidades nesse mundo, mas no outro. Disse em Fátima para os três pastorinhos que não existe mais quem reze e sofra pela conversão dos pecados. Ensinou a todos a oferecem diariamente e constantemente seus sofrimentos a Deus, pelos outros. Quantos fazem isso? Ao contrário, poucos fazem. Ademais, a regra é assim e vez por outra, não é incomum vermos Deus, na proximidade da morte de alguém, conceder a graça de receber uma doença terminal. Uma doença que demonstra que a luz no fim do túnel está próxima, é hora de acertar os ponteiros e as últimas contas por aqui para poder se apresentar a Jesus com sua mala pronta para a viagem.

Na vida de muitos santos e santas foi exatamente assim que aconteceu. Doenças gravíssimas os acometeram durante os anos ou meses finais e exigiram (ou melhor dizendo na perspectiva cristã), possibilitaram, por conta de grandes dores e sofrimentos, uma expiação e reparação final pelos pecados já perdoados e ainda não justificados plenamente. A agonia da morte e todos os seus adereços são presentes finais de Deus para que o penitente, ainda em vida, aumente seu grau de santidade. Difícil aceitar, porém, é assim que está posto. Mortes tranquilas, vidas bem vividas junto de Deus, mortes opostas a isso, vidas não muito bem vividas e que ficaram pendências para serem resolvidas.


fonte: Jefferson Roger
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quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Ele está muito tranquilo

A individualidade de cada um confere no receituário da vida muitos ingredientes para modificar o tempero do cotidiano das pessoas. De fato, qualquer um é perito em descrever como funcionam as relações interpessoais. No fundo dizem que elas não funcionam. Vamos entender.

Não funcionam como se esperavam que funcionassem porque o ponto de vista, o termo de comparação acaba, na grande maioria das vezes, sendo o da própria pessoa. De vez em quando não escutamos as pessoas dizerem: “ponha-se no meu lugar”? Pois bem, deve possivelmente ser uma grande verdade, um grande alerta. É sinal de que não existe o “nosso”, existe apenas o “eu”. Se agimos assim, nos parece haver três pontos de partida:

- primeiro: julgamos o comportamento do outro baseado no seu passado;

- segundo: julgamos o comportamento do outro baseado no comportamento da maioria da sua espécie;

- terceiro: julgamos o comportamento do outro baseado no comportamento que nós adotaríamos se estivéssemos no lugar outra pessoa.

Claro que existem outras formas de análise, mas vamos por esse caminho simplificado que já nos é de grande valia. Se a pessoa mudou de comportamento, seja uma mudança brusca ou não, já imaginamos o que pode estar errado, ou, o que será que está acontecendo. A tendência natural é se colocar o pé atrás ou ficar com a pulga atrás da orelha. Se a pessoa se recordar do ditado popular que diz que onde há fumaça há folgo, aí danou-se!

Parece uma reflexão meio sem necessidade ou meio sem sentido, mas as aparências enganam. Sempre que essas coisas acontecem em nosso dia a dia devemos encarar como uma oportunidade de auto avaliação, Jesus já dizia que temos a trave em nossos olhos e por que reparamos no cisco no olho do irmão? O copo está meio cheio ou meio vazio para nós? Sempre existem muitas variáveis na equação da vida e bem sabemos que as vezes, como na matemática, vamos desenvolvendo o cálculo e ao final não chegamos ao resultado. A grande dica vem dos céus: o que Jesus faria, o que ele pensaria, como ele agiria, o que ele responderia e assim sucessivamente. Sermos seus imitadores (1ª Coríntios 11,1 – Efésios 5,1) nunca deixará de ser uma excelente atitude.


fonte: Jefferson Roger
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A contagem regressiva da vida

Passando o olhar pela história da criação de forma resumida, percebemos que a morte entrou no mundo depois da desobediência do homem. Nunca entenderemos plenamente porque a culpa de Adão e Eva recaiu sobre todos os seres humanos. Afinal, se ele quisesse, já que é todo poderoso, poderia ter resolvido a situação de modo local e assim sabemos que é porque, sabe-se que a toda cheia de graça foi preservada do pecado para ser mãe do redentor. Não nos cabe, no entanto, gastarmos nosso precioso tempo com aquilo que, caso não saibamos, não irá prejudicar nossa salvação.

O que ocorre então é que chegamos a este mundo com prazo de validade. Cada um tem o seu e a grande “sacada” de Deus é não permitir que tenhamos consciência do nosso dia de morte. O motivo é muito simples e deve servir de incentivo dado pelo pai eterno para que alcancemos o grau de santidade que precisamos para ir ao céu. Ou seja, como não sabemos quando morreremos precisamos viver o nosso dia como se fosse o último. Se a morte nos colher de surpresa e existirem pendências não resolvidas com Deus, estando ainda por aqui, essa situação poderá transformar-se num grande agravante e a salvação corre o risco de escapar por entre os dedos.

O cristão não deve viver esquecido da sua realidade, não deve apenas agradecer a Deus todos os dias por mais um dia de vida concedido; deve também recordar-se que isso significa um dia a menos de vida. Quanto mais coisas deixamos para trás, menos tempo temos para resolve-las. É como a natureza reprodutiva das mulheres. Elas nascem com seu estoque de óvulos e depois da maturidade sexual, começam mês a mês, ciclo a ciclo, ir diminuindo essa quantidade. É uma coisa certa.

Assim é nossa vida, a morte irá nos abraçar e isso precisa, embora não seja atitude comum das pessoas, ser encarado com bons olhos. Se não há como fugir à passagem de etapa é preciso estarmos bem preparados. É necessário colocar no exame diário de consciência o pensamento da morte. Se eu morrer hoje à noite, pensa-se de dia, como ficará meu destino? Essa e tantas outras formas de meditação e reflexão nos possibilitam enxergar nossa natureza finita aqui neste plano.

Porém, não devemos imaginar que estamos acostumados com a questão da morte porque vemos muitos filmes e noticiários policiais que tratam do assunto. Devemos encarar a situação sob o olhar do nosso ponto de vista relacionado com a nossa morte. Estamos melhorando a cada dia? Piorando? Tem dias que ficamos estacionados? Temos mais melhorado ou piorado? Como vemos, no quesito salvação da alma não pode haver equilíbrio. Jesus disse que o morno ele vomita. O morno é aquele que quer agradar a dois senhores; Jesus disse que não é possível. Então, a saída é fazermos violência contra o pecado, lutar até o sangue contra ele e vivermos sob os cuidados de Deus, aceitando tudo que nos acomete para nosso próprio bem. Todo mundo sabe que o sucesso vem com preparo e oportunidade, o aluno vai bem na prova se estudar para ela, se ele se preparar para (na oportunidade) concedida pelo professor, sair-se bem na avaliação. Se agimos assim, demonstrando que a natureza humana imita a natureza divina, não devemos tratar com desdém questões mais importantes como a questão da nossa salvação.


fonte: Jefferson Roger
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A confiança do filho

- Pai........
- Hummmmm?
- Como é o feminino de sexo?
- O que?
- O feminino de sexo.
- Não tem.
- Sexo não tem feminino?
- Não.
- Só tem sexo masculino?
- É. Quer dizer, não. Existem dois sexos. Masculino e Feminino.
- E como é o feminino de sexo?
- Não tem feminino. Sexo é sempre masculino.
- Mas você mesmo disse que tem sexo masculino e feminino.
- O sexo pode ser masculino ou feminino. A palavra "SEXO" é masculina. O SEXO masculino, o SEXO feminino.
- Não devia ser "A SEXA"?
- Não.
- Por que não?
- Porque não! Desculpe. Porque não."SEXO" é sempre masculino.
- O sexo da mulher é masculino?
- É. Não! O sexo da mulher é feminino.
- E como é o feminino?
- Sexo mesmo. Igual ao do homem.
- O sexo da mulher é igual ao do homem?
- É. Quer dizer... Olha aqui. Tem o SEXO masculino e o SEXO feminino, certo?
- Certo.
- São duas coisas diferentes.
- Então como é o feminino de sexo?
- É igual ao masculino.
- Mas não são diferentes?
- Não. Ou, são! Mas a palavra é a mesma. Muda o sexo,mas não muda a palavra.
- Mas então não muda o sexo. É sempre masculino.
- A palavra é masculina.
- Não. "A palavra" é feminino. Se fosse masculino seria "o pal..."
- Chega! Vai brincar, vai.
O garoto sai e a mãe entra. O pai comenta:
-Temos que ficar de olho nesse guri...
- Por quê?
- Ele só pensa em gramática.

Caros leitores, com essa pequena história escrita por Luis Fernando Veríssimo, ilustramos neste artigo um fator muito importante que deve se manter na crista da onda no que diz respeito ao relacionamento entre pais e filhos: a confiança. Embora o texto tenha uma dose de humor serve muito bem para exemplificar uma questão que é muito importante no convívio do lar. Nossos filhos precisam ter a confiança de nos contarem tudo sobre a parte de suas vidas que vivem longe de nós pais. Devem ter a confiança para se abrirem e buscarem no seio do lar a sabedoria de que precisam para enfrentarem a selva de pedra. Por isso devemos sempre estarmos em sintonia com as coisas de Deus e debaixo da ação do Espírito Santo para jamais agirmos inadequadamente em nossas vidas para evitarmos que um dos pilares da família se faça ruína. Ou nossos filhos podem contar conosco (os pais) e Deus, ou contarão com quem?

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terça-feira, 25 de setembro de 2018

Que a morte seja o último acontecimento da vida

Caros leitores, desejar para alguém que a morte seja a última coisa que lhe aconteça ou desejar que a morte seja a última coisa que nos aconteça parece, para os olhares menos atentos, que um desejo deste, beira, no mínimo, o absurdo. Ora, muitos podem pensar, não há sentido em desejar que a morte seja o último acontecimento da vida porque segundo se sabe, se não formos da geração que irá presenciar a vinda gloriosa de Jesus, todos seremos chamados à sua presença antes desse dia.

Porém, as coisas não são como parecem ser, acreditem! O cunho religioso deste site, que tem o objetivo de colocar a luz em questões referentes a fé católica, espera contribuir mais uma vez com esse assunto pertinente a crença dos filhos de Deus. Pois bem, estudando a vida dos santos pode-se aprender com eles que a preparação para uma boa morte é uma boa vida. A morte, não planejada por Deus, entrou no mundo pelo pecado e para nós cristãos, esse castigo por conta de nossa desobediência constitui-se numa espécie de remédio.

Sim, porque o misericordioso Deus além dessa etapa de nossas vidas, nos oferece a oportunidade das expiações finais por aqueles pecados já perdoados e indevidamente satisfeitos, no purgatório, assim como, através da morte, também de igual maneira a oportunidade de reparação e expiação por faltas cometidas. Abraçar o sofrimento, a dor e a agonia da morte constitui prática recomendada pela igreja e atestada e testemunhada na vida de muitos santos da igreja católica. No momento derradeiro, quando a vida conta os últimos segundos deste lado da existência, a tentação vem de encontro ao ser humano para motiva-lo a deixar de lado qualquer tentativa de arrependimento final. Não é à toa que pedimos à Virgem Maria para rogar por nós na hora de nossa morte!

Além disso, se a morte nos colhe despreparados, a possibilidade da salvação pode nos escapar definitivamente. Quando vivemos uma vida afastados de Deus, presos as ofertas do mundo, de braços dados com o diabo, embotamos nossa mente e vivemos aqui na terra uma vida sem Deus, imergida nos desejos do corpo. Semeando as coisas da carne, diz a escritura, da carne se colherá. A morte surpreendendo alguém neste estado é de uma desgraça imensa, porque não foi a última coisa que aconteceu na vida da pessoa. O que faltou acontecer antes da morte? Faltou o arrependimento, o firme propósito de mudança de vida e um movimento constante de conversão. Que triste é para o cristão não estar preparado como as virgens imprudentes da narrativa do evangelho. Que essa atitude de deixar para depois a comunhão com Deus não seja foco de esquecimento em nossas vidas porque, sempre vale lembrar, leite derramado...


fonte: Jefferson Roger
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Dificuldades na minha vida

Pessoal, uma coisa é certa, não se conhece alguém vivo que possa dizer que sua vida é uma maravilha, é uma vida livre de preocupações, dificuldades, desafios, tribulações, provações ou qualquer tipo de obstáculo que seja capaz de tirar-lhe horas de sono ou, como se diz no dito popular, branquear-lhe os cabelos. Porém, parece contraditório o que vou escrever, mas mesmo assim vou fazê-lo: animemo-nos se a vida é assim, é sinal de que não estamos sozinhos no mundo e de que a “regra” do jogo é a mesma para qualquer um.

Todavia alguém poderá ser tentado a pensar: de que adianta eu não estar sozinho se mesmo assim meus problemas continuam sendo somente meus? É a famosa conclusão apressada de quem acha que seus problemas não são da conta de ninguém. Quem pensa assim não poderia estar mais errado. Vamos compreender?

Deus dá a cada um que quer ser salvo uma cruz na medida de suas possibilidades. Deus também quis conceber a cada um de nós com uma especialidade e particularidade: somos únicos. Portanto, diferentes entre cada ser humano, assim o quis para que, através da ajuda mútua, trabalhássemos em conjunto para nossa salvação e a salvação do próximo. Diferentes pessoas com diferentes dons e defeitos precisam interagir para o bem comum, o crescimento no amor e na santidade e com isso, imitando a Cristo (Efésios 5,1 – 1ªCoríntios 11,1), alcançarmos a estatura esperada por Deus para podermos um dia ouvirmos a frase tão esperada a ser pronunciada por Jesus: “vinde benditos”.

Vale também lembrar que o mesmo Jesus disse que sem ele nada podemos fazer (João 15,5). E mais, um dos sete dons do Espírito Santo é o dom da fortaleza. No que consiste esse dom? Consiste em, na vida fazer aquilo que se dá conta e entregar à Deus aquilo que não se dá conta. Quem não pede esse dom termina por ter seus problemas soterrando-o. Ademais, não bastasse as advertências de Jesus, ainda por cima existe um propósito nisso tudo: Romanos 8,28 – “sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são os eleitos, segundo os seus desígnios”. Caros leitores, é isso mesmo que lemos nas escrituras, tudo, significa tudo, inclusive as dificuldades de toda a espécie.

Claro que sofrer não é nada agradável, porém, quanto mais esperneamos, mais o sofrimento dói. Uma pessoa numa camisa de força, quanto mais se esforçar para escapar dela mais a camisa vai incomoda-la. Mateus 11,28-30 – “Vinde a mim, vós todos que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei. Tomai meu jugo sobre vós e recebei minha doutrina, porque eu sou manso e humilde de coração e achareis o repouso para as vossas almas. Porque meu jugo é suave e meu peso é leve”. Como vemos, não estamos sozinhos, podemos e devemos contar com o próximo, o Espírito Santo e Jesus, só para começo de conversa; no entanto, se formos mais afundo, eis que surge em nossas vidas Maria Santíssima e os anjos e santos de Deus.

O diabo não quer uma atitude assim, de pertença total a Deus; ele nos quer reclamando de tudo para que com isso nossa fé diminua e os sofrimentos não sejam vistos conforme a natureza pensada por Deus. Santa Catarina de Sena já dizia que quando abraçamos as cruzes de nossos sofrimentos, paramos de padecer.


fonte: Jefferson Roger
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segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Os pecadinhos de estimação

Fáceis de cometer, difíceis de abandonar. Assim são definidos pelos santos e santas da igreja católica e também pela patrística, os pecados que, segundo Nossa Senhora em suas aparições, são os que mais condenam almas ao inferno.

São Tomás de Aquino vai logo nos esclarecendo que este tipo de pecado, o tal “pecadinho”, de pecadinho não tem nada, ele está na natureza de uma das seis possibilidades de se pecar contra o Espírito Santo. Vale lembrar que Jesus no disse que somente os pecados contra o Paráclito não possuem perdão, nem nesta vida, nem na vindoura.

Pois bem, na raiz deste tipo de pecado existe uma condição que impede a pessoa de se arrepender, voltar atrás, pedir perdão a Deus na confissão e seguir sua vida, caminhando pela subida que irá lhe conduzir para a porta estreita, onde a glória e felicidade eternas o aguardam.

Consiste então, para deixar a introdução por aqui, em pecados onde o sujeito está convencido de que aquilo não é pecado. Isso mesmo que você leu, caro leitor; a pessoa, por não achar que está cometendo alguma ofensa contra Deus, que já foi diminuído e retirado pelo pecador de seu trono majestoso, não se sente no dever de pedir perdão. Dessa forma, de graves pecados em graves pecados, vai se afundando cada vez mais no lamaçal da perdição.

“Eu gosto desse pecado e não me livro dele” – assim pensa o empedernido. De desculpas e definições próprias vai vivendo uma vida pautada naquilo que quer acreditar, na sua verdade construída, numa verdade que melhor se apresente e corresponda aos seus desejos em detrimento da verdade que liberta, a verdade do verbo, que cobra com seu amor justo e misericordioso uma posição a altura da nossa condição de filhos de Deus.

Estimar alguma coisa é tê-la em alto preço, é recebe-la como algo de grande importância. Não deve ser assim com aquilo que não tem origem divina, quando o assunto coloca em jogo a salvação de nossas almas. Outra citação dos santos: por prazeres terrenos sofrem-se tormentos eternos.

Assim se comporta o pessoal do inferno, agora é época de propaganda da parte deles, depois quando o tempo se acabar nessa vida e a realidade, que já nos é revelada nas escrituras, for apresentada de fato, de nada adiantará. É a história do leite derramado. Sabemos pela vida de São João Maria Vianney, que ainda existe tempo entre a ponte e o rio. Deus não quer que ninguém confiado a Jesus se perca, mas que sejam salvos e conheçam a verdade. É preciso então estimar o que realmente vale a pena, não pecadinhos e sim o amor de Deus para conosco, pois, dessa forma, por amor a ele amaremos ao próximo como a nós mesmos e a Deus acima de todas as coisas.


fonte: Jefferson Roger
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sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Consegui

Durante a jornada da vida, o pobre cérebro humano é “frito” quase que diariamente por conta da quantidade de variáveis que nos acometem pelo caminho. Vale sempre lembrar que, primeiro: somos preciosos aos olhos de Deus e o livro da Sabedoria vai nos recordar de que, nossa condenação em nada agrada a ele; segundo: também podemos dizer que somos preciosos aos olhos do diabo. Ambos nos querem com eles e fazem de tudo para que acatemos suas ofertas.

Do ponto de vista de cada um, o que eles têm para nos oferecer é o que possuem de melhor. E também cada ponto de vista indica que seria um absurdo, uma verdadeira loucura não aceitar aquilo que é proposto e que é uma joia preciosa. Existe aqui um grande absurdo por parte do ser humano. No que consiste isso? Ele quer fugir da sua natureza e quer viver uma vida com plena autonomia. Isso até lhe é permitido por seu criador, porém, os resultados de uma caminhada a esmo não podem terminar bem. Como se dão as coisas então?

Como dissemos, a grande “mancada” do homem é achar que ser homem é caminhar por conta própria, não tomando para si uma configuração dependente de Deus para tudo, conforme nos instrui Jesus em seus evangelhos. Quanto mais sabedoria terrena adquirem, mais acham que Deus está passando a perna e “escondendo” o jogo. Deus quis revelar aos pequenos e esconder aos sábios, nos diz a escritura. Pois bem, vai aí uma grande direção que nos apontam as santas palavras de Deus. Resta acatar ou descartar, resta, como sempre sabemos bem, uma escolha.

Se escolhemos aceitar a verdade que vem dos céus, passamos a partir de então a vivermos num esforço titânico para podermos em vida, nesta etapa provisória dela, pelas obras (Apocalipse 22,12) de cada um, recebermos pelo amor misericordioso de Deus a coroa da glória eterna com o direito de colocar os pés para o lado de dentro do paraíso. “Vinde benditos” – são as palavras que todo filho de Deus, que pretende não ser condenado, almeja um dia ouvir.

Com o veredito a nosso favor e o direito de atravessar a porta estreita, encontrada por poucos, vale muito a pena nesta vida refletirmos a respeito de qual seria a primeira palavra que poderíamos pronunciar quando estivermos livres de todo o mal para todo o sempre.

Falo por mim, quero poder dizer: Consegui! Não sei se irei estender os braços, afastar as pernas, olhar para a frente e um pouco para cima, não sei. Sei que diariamente separo um tempo do dia para meditar, refletir e colocar como firme propósito isso em minha vida. Não devemos jogar a eternidade de nossa pátria celeste por um pequeno pedaço de pão bolorento, que são os prazeres terrenos (prazeres baixos da carne) que só viciam, são fáceis de cometer e difíceis de abandonar. Nosso corpo, que é santo, é objeto de desejo do diabo, porque ele sabe que através dele [do corpo] e (isso inclui nossos sentidos), podemos nos corromper e trocar as coisas do alto, como diz São Paulo, pelas coisas que passam. Se assim o fizermos, junto com elas irá passar diante de nossos olhos a triste realidade de se perder o céu.


fonte: Jefferson Roger
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terça-feira, 18 de setembro de 2018

Voltar atrás

Eis aí uma questão, caros leitores, bastante interessante para refletirmos em relação ao nosso dia a dia e nosso proceder. Humanamente falando, existem algumas questões que devemos levar em conta em nossas decisões. Sabemos bem, por experiência própria, que algumas atitudes e decisões não podem ser voltadas atrás, outras, sim. Ou será que podemos voltar atrás em todas elas? Vamos refletir.

Se decidimos, por conta da tentação da gula, comermos um alimento que sabemos que irá nos fazer mal, mas mesmo assim decidimos come-lo e inclusive em abundância, depois de termos ingerido o “conhecido veneno gastronômico”, com consequente resultado de mal-estar ou quem sabe até outro agravante de maior prejuízo para nossa saúde, podemos até nos arrependermos, porém, não podemos voltar atrás. Já ingerimos. O que podemos então é, aproveitando o arrependimento, fazermos firme propósito de não mais cometermos o mesmo erro e a partir de então, seguirmos em frente com uma melhor conduta.

Se decidimos, por conta da tentação da carne, adotarmos práticas que ferem a castidade (fidelidade a Deus e ao cônjuge), mesmo sabendo que isso é um erro (pecado) gravíssimo contra Deus e o próximo, mas mesmo assim caminhamos por essa estrada de satisfação de prazeres baixos, depois de tanto andarmos por esta via, terminamos atolados no lamaçal da condenação. Da mesma forma aqui, depois do ato de pecado, vem o vazio de coração, porque o prazer é para o corpo, a felicidade é para o espírito; um coração só pode ser alegrado com as coisas do alto. A sementinha colocada por Deus em nós no ato da criação move a cada um ao arrependimento. Deus não iria deixar de imputar em suas criaturas, instruções mínimas (diretrizes) do que fazer, como fazer e porque fazer (porque viver) conforme seu plano original e ainda vigente na história da humanidade.

Então, assim como o alimento já ingerido, o pecado já praticado (seja de que natureza for), não pode ser desfeito, nem divinamente porque a história caminha para frente. Deus assim determinou, por isso sobre a questão, cabe, o arrependimento, propósito de não reincidir e a partir deste ponto uma atitude substitutiva de mudança de atitude. Este conjunto engloba, motivado pelo arrependimento (desejo contrito de voltar atrás), um ódio e repulsa genuínos a tudo que nos faz mal ou faz mal a alguém. Chegando aqui o cristão alcançou novamente a trilha da porta estreita, sente a felicidade do olhar divino sobre ele e a abundância das graças.

E já que não se pode fisicamente voltar no tempo, Deus se encarrega, como ensinam as escrituras, de nos perdoar e nos acolher com sua misericórdia, recebendo nossas penitências (Mateus 4,17), que devem ser feitas por nós e como nos ensina Nossa Senhora de Fátima, pela conversão dos pecadores.


fonte: Jefferson Roger
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segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Acordemos

A Sabedoria não entrará na alma perversa, nem habitará no corpo sujeito ao pecado; o Espírito Santo educador (das almas) fugirá da perfídia, afastar-se-á dos pensamentos insensatos, e a iniquidade que sobrevém o repelirá. Sim, a Sabedoria é um espírito que ama os homens, mas não deixará sem castigo o blasfemador pelo crime de seus lábios, porque Deus lhe sonda os rins, penetra até o fundo de seu coração, e ouve as suas palavras. Com efeito, o Espírito do Senhor enche o universo, e ele, que tem unidas todas as coisas, ouve toda voz. Aquele que profere uma linguagem iníqua, não pode fugir dele, e a Justiça vingadora não o deixará escapar; pois os próprios desígnios do ímpio serão cuidadosamente examinados; o som de suas palavras chegará até o Senhor, que lhe imporá o castigo pelos seus pecados. É, com efeito, um ouvido cioso, que tudo ouve: nem a menor murmuração lhe passa despercebida. Acautelai-vos, pois, de queixar-vos inutilmente, evitai que vossa língua se entregue à crítica, porque até mesmo uma palavra secreta não ficará sem castigo, e a boca que acusa com injustiça arrasta a alma à morte. Não procureis a morte por uma vida desregrada, não sejais o próprio artífice de vossa perda. Deus não é o autor da morte, a perdição dos vivos não lhe dá alegria alguma. Ele criou tudo para a existência, e as criaturas do mundo devem cooperar para a salvação. Nelas nenhum princípio é funesto, e a morte não é a rainha da terra, porque a justiça é imortal. Mas, (a morte), os ímpios a chamam com o gesto e a voz. Crendo-a amiga, consomem-se de desejos, e fazem aliança com ela; de fato, eles merecem ser sua presa. – Sabedoria 1,4-16.

Caros leitores, excelente início do livro da Sabedoria que vai logo dando aquele empurrão para ver se os desatentos católicos tratam de pegar no tranco de uma vez por todas, tomarem vergonha nas suas caras e começarem a viver uma vida responsável. O trecho é muito claro em apontar a aproximação desgraçada que as pessoas fazem daquilo que não convém e ainda julgam como desculpa por suas atitudes que Deus “tem culpa no cartório”. Ficam entoando a ladainha do diabo que insiste em dizer que se ele fosse um Deus de amor, não promoveria sofrimentos.

Quanta falta de memória de longa duração, parecem os brasileiros que se esquecem a cada feriadão, o quanto é sofrido o real que seu suor adquire com seu trabalho. Vamos parcelar além das possibilidades. Fazem o mesmo com suas vidas e como vemos, conseguem com suas más atitudes manter o Espírito de Deus alheio delas. Acordemos se ainda não o fizemos, sempre é hora de recomeçar, de voltar atrás, de viver a vida que Deus impõe na liberdade que nos permitirá um dia chegarmos até a morada eterna.


fonte: Jefferson Roger
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quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Que trepada

Olá caros leitores, antes que alguém imagine que o assunto não cabe para o teor deste site, vou logo esclarecendo que os dicionários informam que trepada significa “caminho íngreme; ladeira”. É por aí que transcorrerá este artigo e não pelos caminhos do português baixo que atribui outro significado para o título da matéria.

Seguindo adiante queremos refletir que essa expressão pode acontecer em tom de constatação, de confirmação do fato. A porta do céu, tão almejada pelos cristãos que procuram viver uma vida que ofereça condições de transpô-la, está separada de nossa existência atual por uma distância preenchida por este caminho íngreme, por esta ladeira, por esta trepada, um caminho que, além de ser subida, não é pavimentado, espaçoso, tampouco bem estruturado, com quiosques para descanso, muita área de recreação e um serviço de assistência que tem por objetivo nos promover um conforto durante a caminhada.

Muito pelo contrário, esses quesitos estão presentes no caminho da perdição:

Mateus 7,13-14 – “Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso o caminho que conduzem à perdição e numerosos são os que por aí entram. Estreita, porém, é a porta e apertado o caminho da vida e raros são os que o encontram”.

Pessoal, como vemos, o buraco é mais embaixo, é o próprio Jesus que nos atesta uma dura verdade. As pessoas que procuram viver como Jesus lhes pede são raras. Minha nossa! Que não façamos parte dessa maioria dita pelo Cristo. São Paulo nos fala a respeito do paraíso maravilhoso criado para nós que nem sequer podemos conceber e o que muitos fazem? Procuram arriscar uma vida de seja lá quantos anos forem em troca de uma vida ETERNA na felicidade pura, sem manchas, proporcionada por Deus. Parece meio idiotice e loucura não é mesmo! É exatamente isso que alguns santos diziam: “os pecadores são loucos, precisam de hospício”.

Como a “regra” não é nossa e não existe meios de se completar o percurso adotando uma prática diferente da prevista nessa regra, o imprescindível então é parar de chorar pelo leite derramado e ainda mais, tomar vergonha na cara e parar de continuar a derramar leite. Jesus nos disse: “eis que vos avisei sobre tudo”. Que as palavras do redentor nos movimentem à uma conversão constante, pois São Pedro nos disse que o justo se salva com dificuldade. Vale lembrar que a bíblia dá como exemplo de homem justo São José. Olhemos para nossa realidade e nos ajustemos ao propósito de salvação apresentado a cada um na sua justa medida do misericordioso e justo Pai Eterno. Agora é a hora, o amanhã não existe ainda, o ontem não existe mais...


fonte: Jefferson Roger
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Os vilões que nos cercam

Se ouvirmos a expressão vilão, podemos facilmente, rebobinarmos uma lista de personagens de ficção que representam o mal, a maldade e que efetivamente são inimigos e cruéis. Todo mundo já ouviu a expressão “o herói salva a mocinha das garras do vilão”. Podemos, também facilmente, atribuirmos uma série de “características e atitudes” próprias a estes personagens. No entanto, trazendo a coisa para o lado da realidade, algo interessante acontece. Entre nós seres humanos, existem também os vilões, reais e abstratos. Um diabético poderá dizer que “o açúcar em exagero é um vilão para ele”. Ou alguém poderá dizer que “o vilão causador daquele acidente de trânsito foi o consumo de álcool”.

Como vemos, entendemos bem o que significa essa expressão e seus agravantes. E é neste ponto, transpondo o assunto para o cunho religioso, que moram os problemas. Sabemos em nossas vidas, físicas e espirituais, o que nos faz mal. Virtudes praticadas nos fazem bem e também ao próximo, contra virtudes praticadas nos fazem mal e também ao próximo. E detalhe, uma agrada a Deus e outra, conforme sua natureza, além de desagradar, ofende e rompe a amizade com ele. Qual a consequência disso? Qualquer um sabe, ficamos afastados das graças santificantes.

E não bastasse as dificuldades naturais que a vida nos impõe, ainda por cima tratamos de criar outras mais. Negligenciamos o pior dos inimigos, nosso cruel inimigo número um, o diabo. São Pedro já dizia que ele anda como um leão à espreita procurando a quem dar o bote. A iminente calmaria passageira de nossas vidas nunca quer dizer que ele nos deu um descanso. Muito pelo contrário. Em tempos de guerra declarada a vigilância militarizada aumenta; em tempos de paz ela diminui. Não deveria. Ouvimos nos noticiários que para a realização de algum evento a segurança foi reforçada. Em condições normais não. Porém, todos nós podemos concordar que, basta uma simples comprovação nas mídias sociais, coisas ruins acontecem todos os dias.

É no descuido que caímos, no descuido das atitudes, dos pensamentos, nos falta nesse descuido a vigilância e São Paulo nos recorda em sua carta aos Coríntios que “estando de pé devemos cuidar para não cairmos”. As pessoas, de um modo geral, se esquecem ou não acreditam que o diabo já está fazendo o seu melhor contra nós. Ele não descuida, não descansa, não afrouxa seus intentos, não menospreza oportunidades, não pega leve, enfim, vamos repetir, ele, nosso inimigo número um, está fazendo o seu melhor. Por conta disso, devemos agir como disse Jesus: “fazer aquilo sem deixar isso de lado”. Ou seja, o cuidado tem que ser total, do corpo e da alma em 100% do tempo. Satanás “vende” prazer terreno no aqui e no agora, Deus não vende nada, só nos promete a vida eterna ao seu lado SE seguirmos a sua palavra, o verbo que se fez carne sendo seus imitadores (1ª Coríntios 11,1). A bíblia já nos fala que o veneno do pecado é doce na boca e amargo no estômago e que a graça primeiro é amarga, depois doce. Com isso, entendemos que a consequência de nossas escolhas no além-túmulo poderá ser amarga (condenação) ou doce (glória eterna). Não caminhemos sozinhos (João 15,5) e sejamos “alegres na esperança, pacientes na tribulação e perseverantes na oração” – Romanos 12,12.


fonte: Jefferson Roger
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quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Declarações

Declarar é proclamar, pode ser oficialmente ou não. Declarar é deixar claro a proclamação que é existente. Nas relações interpessoais ouvimos muito a expressão que fulano se declarou para fulana. Entendemos logo de cara que o teor sentimental do intuito promoveu uma abertura sincera de coração.

As declarações têm um peso muito grande, são fontes de verdade nas quais podemos confiar. Vamos ver alguns exemplos bíblicos?

Mateus 8,8-12 – “Respondeu o centurião: Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha casa. Dizei uma só palavra e meu servo será curado. Pois eu também sou um subordinado e tenho soldados às minhas ordens. Eu digo a um: Vai, e ele vai; a outro: Vem, e ele vem; e a meu servo: Faze isto, e ele o faz... Ouvindo isto, cheio de admiração, disse Jesus aos presentes: Em verdade vos digo: não encontrei semelhante fé em ninguém de Israel. Por isso, eu vos DECLARO que multidões virão do Oriente e do Ocidente e se assentarão no Reino dos céus com Abraão, Isaac e Jacó, enquanto os filhos do Reino serão lançados nas trevas exteriores, onde haverá choro e ranger de dentes”.

Mateus 12,5-6 – “Não lestes na lei que, nos dias de sábado, os sacerdotes transgridem no templo o descanso do sábado e não se tornam culpados? Ora, eu vos DECLARO que aqui está quem é maior que o templo”.

Mateus 13,16-17 – “Mas, quanto a vós, bem-aventurados os vossos olhos, porque vêem! Ditosos os vossos ouvidos, porque ouvem! Eu vos DECLARO, em verdade: muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes e não o viram, ouvir o que ouvis e não ouviram”.

Mateus 16,15-18 – “Disse-lhes Jesus: E vós quem dizeis que eu sou? Simão Pedro respondeu: Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo! Jesus então lhe disse: Feliz és, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que te revelou isto, mas meu Pai que está nos céus. E eu te DECLARO: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela”.

Mateus 18,2-4 – “Jesus chamou uma criancinha, colocou-a no meio deles e disse: Em verdade vos DECLARO: se não vos transformardes e vos tornardes como criancinhas, não entrareis no Reino dos céus. Aquele que se fizer humilde como esta criança será maior no Reino dos céus”.

Como vemos, caro leitor, nesses pequenos exemplos, as declarações se sustentam num embasamento. Elas possuem, pela autoridade e dignidade de quem as proclama, um teor irredutível de verdade. Por isso devemos preserva-las muito, pois até o diabo se encarrega de misturar em nossas verdades, as suas, nos tentando a darmos falsos testemunhos (pecado contra o oitavo mandamento) e com isso ofendermos a Deus e ao próximo. Deixemos a distração de lado, sejamos firmes, dificuldades sempre existirão e é bom que existam pois elas valorizam ainda mais a nossa postura ereta e firme na verdade e compromisso com Deus e com o próximo. Que possamos sempre nos esforçar para podermos perante a todos e ao Pai Eterno sermos recebidos com um olhar de satisfação e contentamento. Que esse esforço nos leve sempre a somarmos na vida das pessoas, para que saiam da nossa presença, melhores do que chegaram.


fonte: Jefferson Roger
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quarta-feira, 5 de setembro de 2018

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Dividir algo com alguém é uma das coisas que o ser humano aprende desde pequeno. Quando ainda criança a natureza egoísta e o sentimento de possessão dela vai sendo treinado para se tornar equilibrado, num nível socialmente aceitável e necessário. Diz-se necessário porque devemos ter um grau de sentimento de posse. Porém, equilibrado e aceitável porque ele não pode nos tornar pessoas chatas, más companhias, pessoas que só querem contar vantagem, que só querem se vangloriar e querem ver os que se dão bem na vida (não materialmente) caírem em desgraça.

As pessoas mal resolvidas interiormente não evoluem espiritualmente, atiram para todos os lados querendo ser o centro das atenções, ser sociais e badaladas, mas não conseguem crescer no amor e na caridade. Pessoas assim ficam fazendo propaganda daquilo que fazem em suas vidas, muito ao contrário das pessoas que andam conforme agrada a Deus. Estas, diferentes daquelas, não precisam alardear nada porque o seu próprio modo de viver é transparente e demonstra como andam suas vidas.

Não é raro os sentimentos baixos, como a inveja, tomarem posse dos não resolvidos que também são pessoas que não querem crescer, amadurecer e se tornarem responsáveis. Andam na contramão daquilo que Jesus ensinou: “quem quer ser o primeiro, seja o último, quem quer ser servido, seja aquele que serve”. Não conseguem se doar de corpo, alma e coração para as pessoas (não conseguem imitar Jesus), por isso tentam demonstrar para os outros que se esforçam para trilhar o caminho da porta estreita, que elas estão bem. Pobres, pura casca, pura aparência. Não passam de maquiagem.

Agora, quando a moeda troca de lado, a conversão acontece, as máscaras caem, tudo fica as claras na vida, a felicidade do outro é motivo de alegria para nós, a tristeza do outro nos leva a sentir compaixão, exatamente como acontecia e acontece com Jesus. Numa atitude de vida a esta maneira, conseguimos respeitar o espaço do próximo, vivermos nossa vida, compartilharmos dela com as pessoas e nos preocuparmos com as coisas que realmente importam.


fonte: Jefferson Roger
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Você Decide

Tiago 4,4 – “Quem se faz amigo do mundo, se faz inimigo de Deus”. Pois bem, caro leitor, a afirmação bíblica é direta e não permite concessões, nem meios termos. Ou é uma coisa ou é outra. Não podeis agradar a dois senhores, disse Jesus. Pessoal, a coisa é muito simples e o ser humano, que se acha o tal, trata logo de complica-la para poder se justificar quanto ao seu modo de vida. Sim, é exatamente isso! Porque essa automassagem no ego e o apego desregrado pelas coisas que passam, como disse o Padre Tomas Kemphis em seu livro A Imitação de Cristo, esse tipo de conduta e atitude não é raro desagradar a Deus.

Começamos bem, ou deveríamos dizer, começamos mal? Não se trata de se “mongeficar”, nada disso, com faziam os monges e santos padres do deserto, sito como exemplo Santo Antão. Não é necessário cairmos em depressão e lamentos constantes olhando para nossa religião como um militarismo imposto por Deus que irá nos colocar em mais alta provação durante toda a vida para, caso consigamos com nosso esforço titânico sobreviver ao confronto diário do pode e do não pode, receber o prêmio da coroa da glória eterna.

A bíblia diz que Deus quer filhos, não escravos ou servos inúteis. O problema acontece porque queremos ser filhos desobedientes e birrentos, que insistem em viver num estado permanente de rebeldia adolescente. Não adianta, o prazer está no mundo, a felicidade não, ela nos espera na eternidade. No entanto isso não quer dizer que não vivamos as experiências da “alegria”. Todo mundo já passou por momentos alegres na vida, também por momentos não tão alegres assim. Às vezes até parecem ser em maior proporção. Dentro desses acontecimentos a desatenção quando acontece nos confunde e nos coloca em risco da segunda morte.

As alegrias que geram prazer são benvindas e abençoadas por Deus. Os prazeres que geram alegria, nem sempre, alguns não provém dele. E como saber? Simples, os não conectados com o céu, depois de experimentados geram o vazio no coração. Esse mal-estar se trata de Jesus, nos alertando pela nossa consciência de que algo não está certo. Esse é o momento da decisão. Nos arrependemos ou ignoramos seu chamado abraçando os males da alma?

Vivemos, como diz a sagrada escritura, através da carne ou do espírito. Colhemos, continua o ensino bíblico, aquilo que semearmos. E para Deus não existe meio termo, algo não é um pouco mal ou um pouco bom. Não podemos pela manhã vivermos da carne e a tarde vivermos do espírito. O Padre Gabriele Amorth já dizia, ou santos ou nada, não existe meio termo.


fonte: Jefferson Roger
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Prioridades

Se existe uma coisa que todo mundo tem que fazer na vida é organizar suas prioridades. Como o Deus todo poderoso, justíssimo que é e de infinita misericórdia “não quer que nenhum daqueles que entregou ao seu filho se percam, mas sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade”, tratou logo de conceder a todos a mesma quantidade do recurso chamado tempo.

Todo mundo dispõe de 24 horas por dia. E as coisas param por aí. Como não somos donos do minuto seguinte em nossas vidas não podemos “contar” com perspectivas futuras em relação ao tempo. Chega a ser quase paradoxal porque devemos viver no agora a esperança na eternidade e sim, planejar e projetar nossas vidas, porém, sem deixar de lado o essencial de cada dia.

Isso significa dizer que não devemos adiar coisas muito importantes para a salvação de nossas almas. Não devemos adiar a presteza em atender alguém. Muitas vezes o que é mais importante em certo momento é atender, ajudar, auxiliar, confortar, ouvir, assistir, amar, acariciar, acalmar, ensinar, aconselhar e tantas outras ações que nos colocam a serviço do próximo.

Valer recordar a passagem do evangelho onde se lê que Jesus depois de um dia inteiro de pregações e atendimento aos que acorriam a ele, estendendo-se isso durante altas horas da noite, quase ao amanhecer do dia, ao invés de ir descansar ele fez o que? Saiu cedo para se colocar a sós com o Pai, em oração, se preparando para continuar sua missão de levar a boa a nova a todos. Ou seja, não pensou em si, pensou nos outros.

Ótimo exemplo a seguir, muitas vezes quase tropeçamos numa pessoa que está clamando silenciosamente por nossa ajuda, nossa atenção, nosso carinho e nosso amor e simplesmente para nós ela não passa de mais um figurante, mais um objeto na paisagem. Nem paramos para ver o quão escravos somos de nossas vontades e das coisas que nos escravizam ao invés de nos auxiliarem.

Queremos ser assistidos pelas pessoas prontamente e muito mais ainda por Deus; temos pressa quando somos nós quem precisamos, mas somos tardios ou relapsos quando a prioridade do outro não nos diz respeito. Egoísmos e vaidades, pobre de nós quando sucumbimos a eles, nos distanciamos muito da trilha que devemos percorrer até o céu. Porém, existe no agora a oportunidade dada por Deus para voltarmos para seu caminho, repensarmos nossas atitudes, retomarmos um caminho de graça e comunhão com ele e vivermos felizes na certeza de um dia podermos olhar para trás e ver que tudo valeu a pena. Tudo que fizemos pelas pessoas quando ninguém mais quis fazer, tudo que suportamos por amor a Deus. Como diz Santa Catarina de Sena, Jesus não costuma pagar mal quem o hospeda em seu coração.


fonte: Jefferson Roger
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terça-feira, 4 de setembro de 2018

Ganhei o dia

Sempre tenho falado pelas catequeses e palestras que tenho dado, com temas relacionados com a meta final de todo católico que, o que importa, além de estarmos sempre com a “malinha” pronta para viagem, é focarmos no objetivo final que é passar para o lado de lá da porta estreita. Às vezes, em reflexões e meditações que faço, penso: “qual será a primeira coisa que irei dizer quando, por misericórdia divina, for admitido aos céus?” Penso e respondo: “consegui”.

É aquele sentimento de ter superado todas as adversidades da vida, todas as incompreensões que nos derrubaram tantas vezes e ter vencido todas as batalhas que me deixaram prostrado no chão. É poder olhar para a primeira etapa da vida que se foi e perceber que os anos terrestres deixam naquele instante de perder importância porque o objetivo da vida eterna na glória de Deus foi alcançado. O que são anos terrestres de uma vida, mesmo que de dificuldades e sofrimentos comparados a felicidade eterna?

Pergunta feita tantas vezes em vida para motivar a caminhada nessa subida que ainda conta com a cruz nas costas. A alegria de ganharmos alguma coisa, sincera como forma de expressão de sentimento que alguém tem por nós é um tira gosto, uma amostra daquilo que poderemos ganhar se levarmos a sério nossas vidas e vivermos conforme os mandatos divinos, ainda que isso nos custe no aqui e agora.

Os altos e baixos da vida sempre existiram e sempre existirão, parece estar na “regra” do jogo criada por Deus, não nos livramos delas. Estão aí e dependemos de segui-las além de imitá-lo para podermos um dia, estarmos, como Jesus nos conta no evangelho, na fila da direita, a fila dos benditos, que irão para o reino dos céus, preparado desde o início dos tempos. Precisamos pensar que, melhor que ganhar o dia, embora isso seja reconfortante, seja ainda mais, ganhar a entrada no reino dos céus, para poder, depois que se colocar os pés para o lado de dentro do paraíso, podermos dizer: Consegui!!!


fonte: Jefferson Roger
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