Em toda a história da humanidade é sabido que o diabo quer implantar nos seres humanos o ódio ao sofrimento e a dor. Quer implantar nas pessoas a busca incessante pelos prazeres e tudo que é bom, de todas as formas, e uma repulsa imensa por tudo que machuca, dói e nos faz sofrer.
E não é de se admirar que ele tenha essa atitude, afinal, o cristão sabe o que Jesus aceitou fazer por cada um de nós. Foi algo diferente de sentir dor e sofrer? Sabemos que não, sabemos que era necessária essa reparação pelos pecados da humanidade. O preço foi alto e o remédio curador, bem amargo.
Como podemos entender a dor é filha do amor. Jesus, por amor, passou pelo que passou, por todos nós, lembrando que Deus não faz distinção de pessoas. Acolhe a todos que o buscam conformados a sua palavra. Uma palavra dura, difícil de seguir, mas uma palavra que tem por objetivo dar frutos de vida eterna.
Nossa Senhora disse a Santa Catarina Labouré que não lhe prometeria felicidades nesse mundo, mas no outro. Disse em Fátima para os três pastorinhos que não existe mais quem reze e sofra pela conversão dos pecados. Ensinou a todos a oferecem diariamente e constantemente seus sofrimentos a Deus, pelos outros. Quantos fazem isso? Ao contrário, poucos fazem.
Ademais, a regra é assim e vez por outra, não é incomum vermos Deus, na proximidade da morte de alguém, conceder a graça de receber uma doença terminal. Uma doença que demonstra que a luz no fim do túnel está próxima, é hora de acertar os ponteiros e as últimas contas por aqui para poder se apresentar a Jesus com sua mala pronta para a viagem.
Na vida de muitos santos e santas foi exatamente assim que aconteceu. Doenças gravíssimas os acometeram durante os anos ou meses finais e exigiram (ou melhor dizendo na perspectiva cristã), possibilitaram, por conta de grandes dores e sofrimentos, uma expiação e reparação final pelos pecados já perdoados e ainda não justificados plenamente. A agonia da morte e todos os seus adereços são presentes finais de Deus para que o penitente, ainda em vida, aumente seu grau de santidade. Difícil aceitar, porém, é assim que está posto.
Mortes tranquilas, vidas bem vividas junto de Deus, mortes opostas a isso, vidas não muito bem vividas e que ficaram pendências para serem resolvidas.
fonte: Jefferson Roger
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