quarta-feira, 5 de setembro de 2018

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Dividir algo com alguém é uma das coisas que o ser humano aprende desde pequeno. Quando ainda criança a natureza egoísta e o sentimento de possessão dela vai sendo treinado para se tornar equilibrado, num nível socialmente aceitável e necessário. Diz-se necessário porque devemos ter um grau de sentimento de posse. Porém, equilibrado e aceitável porque ele não pode nos tornar pessoas chatas, más companhias, pessoas que só querem contar vantagem, que só querem se vangloriar e querem ver os que se dão bem na vida (não materialmente) caírem em desgraça.

As pessoas mal resolvidas interiormente não evoluem espiritualmente, atiram para todos os lados querendo ser o centro das atenções, ser sociais e badaladas, mas não conseguem crescer no amor e na caridade. Pessoas assim ficam fazendo propaganda daquilo que fazem em suas vidas, muito ao contrário das pessoas que andam conforme agrada a Deus. Estas, diferentes daquelas, não precisam alardear nada porque o seu próprio modo de viver é transparente e demonstra como andam suas vidas.

Não é raro os sentimentos baixos, como a inveja, tomarem posse dos não resolvidos que também são pessoas que não querem crescer, amadurecer e se tornarem responsáveis. Andam na contramão daquilo que Jesus ensinou: “quem quer ser o primeiro, seja o último, quem quer ser servido, seja aquele que serve”. Não conseguem se doar de corpo, alma e coração para as pessoas (não conseguem imitar Jesus), por isso tentam demonstrar para os outros que se esforçam para trilhar o caminho da porta estreita, que elas estão bem. Pobres, pura casca, pura aparência. Não passam de maquiagem.

Agora, quando a moeda troca de lado, a conversão acontece, as máscaras caem, tudo fica as claras na vida, a felicidade do outro é motivo de alegria para nós, a tristeza do outro nos leva a sentir compaixão, exatamente como acontecia e acontece com Jesus. Numa atitude de vida a esta maneira, conseguimos respeitar o espaço do próximo, vivermos nossa vida, compartilharmos dela com as pessoas e nos preocuparmos com as coisas que realmente importam.


fonte: Jefferson Roger

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