Fáceis de cometer, difíceis de abandonar. Assim são definidos pelos santos e santas da igreja católica e também pela patrística, os pecados que, segundo Nossa Senhora em suas aparições, são os que mais condenam almas ao inferno. São Tomás de Aquino vai logo nos esclarecendo que este tipo de pecado, o tal “pecadinho”, de pecadinho não tem nada, ele está na natureza de uma das seis possibilidades de se pecar contra o Espírito Santo. Vale lembrar que Jesus no disse que somente os pecados contra o Paráclito não possuem perdão, nem nesta vida, nem na vindoura. Pois bem, na raiz deste tipo de pecado existe uma condição que impede a pessoa de se arrepender, voltar atrás, pedir perdão a Deus na confissão e seguir sua vida, caminhando pela subida que irá lhe conduzir para a porta estreita, onde a glória e felicidade eternas o aguardam. Consiste então, para deixar a introdução por aqui, em pecados onde o sujeito está convencido de que aquilo não é pecado. Isso mesmo que você leu, caro leitor; a pessoa, por não achar que está cometendo alguma ofensa contra Deus, que já foi diminuído e retirado pelo pecador de seu trono majestoso, não se sente no dever de pedir perdão. Dessa forma, de graves pecados em graves pecados, vai se afundando cada vez mais no lamaçal da perdição. “Eu gosto desse pecado e não me livro dele” – assim pensa o empedernido. De desculpas e definições próprias vai vivendo uma vida pautada naquilo que quer acreditar, na sua verdade construída, numa verdade que melhor se apresente e corresponda aos seus desejos em detrimento da verdade que liberta, a verdade do verbo, que cobra com seu amor justo e misericordioso uma posição a altura da nossa condição de filhos de Deus. Estimar alguma coisa é tê-la em alto preço, é recebe-la como algo de grande importância. Não deve ser assim com aquilo que não tem origem divina, quando o assunto coloca em jogo a salvação de nossas almas. Outra citação dos santos: por prazeres terrenos sofrem-se tormentos eternos. Assim se comporta o pessoal do inferno, agora é época de propaganda da parte deles, depois quando o tempo se acabar nessa vida e a realidade, que já nos é revelada nas escrituras, for apresentada de fato, de nada adiantará. É a história do leite derramado. Sabemos pela vida de São João Maria Vianney, que ainda existe tempo entre a ponte e o rio. Deus não quer que ninguém confiado a Jesus se perca, mas que sejam salvos e conheçam a verdade. É preciso então estimar o que realmente vale a pena, não pecadinhos e sim o amor de Deus para conosco, pois, dessa forma, por amor a ele amaremos ao próximo como a nós mesmos e a Deus acima de todas as coisas. fonte: Jefferson Roger
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