terça-feira, 25 de setembro de 2018

Que a morte seja o último acontecimento da vida

Caros leitores, desejar para alguém que a morte seja a última coisa que lhe aconteça ou desejar que a morte seja a última coisa que nos aconteça parece, para os olhares menos atentos, que um desejo deste, beira, no mínimo, o absurdo. Ora, muitos podem pensar, não há sentido em desejar que a morte seja o último acontecimento da vida porque segundo se sabe, se não formos da geração que irá presenciar a vinda gloriosa de Jesus, todos seremos chamados à sua presença antes desse dia.

Porém, as coisas não são como parecem ser, acreditem! O cunho religioso deste site, que tem o objetivo de colocar a luz em questões referentes a fé católica, espera contribuir mais uma vez com esse assunto pertinente a crença dos filhos de Deus. Pois bem, estudando a vida dos santos pode-se aprender com eles que a preparação para uma boa morte é uma boa vida. A morte, não planejada por Deus, entrou no mundo pelo pecado e para nós cristãos, esse castigo por conta de nossa desobediência constitui-se numa espécie de remédio.

Sim, porque o misericordioso Deus além dessa etapa de nossas vidas, nos oferece a oportunidade das expiações finais por aqueles pecados já perdoados e indevidamente satisfeitos, no purgatório, assim como, através da morte, também de igual maneira a oportunidade de reparação e expiação por faltas cometidas. Abraçar o sofrimento, a dor e a agonia da morte constitui prática recomendada pela igreja e atestada e testemunhada na vida de muitos santos da igreja católica. No momento derradeiro, quando a vida conta os últimos segundos deste lado da existência, a tentação vem de encontro ao ser humano para motiva-lo a deixar de lado qualquer tentativa de arrependimento final. Não é à toa que pedimos à Virgem Maria para rogar por nós na hora de nossa morte!

Além disso, se a morte nos colhe despreparados, a possibilidade da salvação pode nos escapar definitivamente. Quando vivemos uma vida afastados de Deus, presos as ofertas do mundo, de braços dados com o diabo, embotamos nossa mente e vivemos aqui na terra uma vida sem Deus, imergida nos desejos do corpo. Semeando as coisas da carne, diz a escritura, da carne se colherá. A morte surpreendendo alguém neste estado é de uma desgraça imensa, porque não foi a última coisa que aconteceu na vida da pessoa. O que faltou acontecer antes da morte? Faltou o arrependimento, o firme propósito de mudança de vida e um movimento constante de conversão. Que triste é para o cristão não estar preparado como as virgens imprudentes da narrativa do evangelho. Que essa atitude de deixar para depois a comunhão com Deus não seja foco de esquecimento em nossas vidas porque, sempre vale lembrar, leite derramado...


fonte: Jefferson Roger

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