Eis aí uma questão, caros leitores, bastante interessante para refletirmos em relação ao nosso dia a dia e nosso proceder. Humanamente falando, existem algumas questões que devemos levar em conta em nossas decisões. Sabemos bem, por experiência própria, que algumas atitudes e decisões não podem ser voltadas atrás, outras, sim. Ou será que podemos voltar atrás em todas elas? Vamos refletir. Se decidimos, por conta da tentação da gula, comermos um alimento que sabemos que irá nos fazer mal, mas mesmo assim decidimos come-lo e inclusive em abundância, depois de termos ingerido o “conhecido veneno gastronômico”, com consequente resultado de mal-estar ou quem sabe até outro agravante de maior prejuízo para nossa saúde, podemos até nos arrependermos, porém, não podemos voltar atrás. Já ingerimos. O que podemos então é, aproveitando o arrependimento, fazermos firme propósito de não mais cometermos o mesmo erro e a partir de então, seguirmos em frente com uma melhor conduta. Se decidimos, por conta da tentação da carne, adotarmos práticas que ferem a castidade (fidelidade a Deus e ao cônjuge), mesmo sabendo que isso é um erro (pecado) gravíssimo contra Deus e o próximo, mas mesmo assim caminhamos por essa estrada de satisfação de prazeres baixos, depois de tanto andarmos por esta via, terminamos atolados no lamaçal da condenação. Da mesma forma aqui, depois do ato de pecado, vem o vazio de coração, porque o prazer é para o corpo, a felicidade é para o espírito; um coração só pode ser alegrado com as coisas do alto. A sementinha colocada por Deus em nós no ato da criação move a cada um ao arrependimento. Deus não iria deixar de imputar em suas criaturas, instruções mínimas (diretrizes) do que fazer, como fazer e porque fazer (porque viver) conforme seu plano original e ainda vigente na história da humanidade. Então, assim como o alimento já ingerido, o pecado já praticado (seja de que natureza for), não pode ser desfeito, nem divinamente porque a história caminha para frente. Deus assim determinou, por isso sobre a questão, cabe, o arrependimento, propósito de não reincidir e a partir deste ponto uma atitude substitutiva de mudança de atitude. Este conjunto engloba, motivado pelo arrependimento (desejo contrito de voltar atrás), um ódio e repulsa genuínos a tudo que nos faz mal ou faz mal a alguém. Chegando aqui o cristão alcançou novamente a trilha da porta estreita, sente a felicidade do olhar divino sobre ele e a abundância das graças. E já que não se pode fisicamente voltar no tempo, Deus se encarrega, como ensinam as escrituras, de nos perdoar e nos acolher com sua misericórdia, recebendo nossas penitências (Mateus 4,17), que devem ser feitas por nós e como nos ensina Nossa Senhora de Fátima, pela conversão dos pecadores. fonte: Jefferson Roger
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