quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Eu escolho: arco e flecha

No desenho de animação da Disney chamado “Brave”, traduzido para o Brasil com o título de Valente, vemos a evolução de um relacionamento entre mãe e filha e valores familiares em jogo, aliados à tradição e ao peso que colocam sob os ombros. Em certo momento da história, a fim de dar um “jeitinho” em sua situação, que estava sendo comandada pela mãe, a personagem chamada Merida decidiu intervir em benefício próprio planejando uma interferência nas regras da tradição, justamente colocando em prática sua melhor habilidade.

Sua mão para o casamento seria disputada entre três pretendentes através de uma disputa de tiro ao alvo com arco e flecha. Cada um dos candidatos disparou sua flecha em direção ao alvo; um deles saiu-se melhor, porém, eis que na quebra da tradição, a princesa Merida surge em meio a todos e concluiu a situação disparando três flechas, uma para cada alvo e todas exatamente ao centro deles. O desfecho da situação todos nós conhecemos.

Partindo deste ponto, este artigo embarca na decisão que a personagem tomou para resolver, vamos colocara dessa maneira, uma situação não escolhida por ela e que precisava ser encarada e solucionada. Agarrou-se naquilo que de melhor sabia fazer.

Assim deve se comportar o cristão, muitas adversidades entram em nossas vidas quando menos esperamos; instalam-se sobre nossos ombros e se deixarmos, nos colocam de joelhos, abatidos, humilhados, derrotados, desanimados e incapazes de reunir forças para não sucumbir. Duas coisas podem acontecer aqui: tentamos sozinhos e não conseguimos ou nos colocamos debaixo da graça e ajuda celeste e saímos vitoriosos porque, se Deus é por nós, quem será contra nós?

Sendo assim, precisamos então, escolhermos o que temos de melhor para a batalha, sabemos que não devemos nos lançar em campo sozinhos (João 15,5); Deus nos concedeu Jesus, ele nos deu os sacramentos, nos concedeu Maria Santíssima, ela nos trouxe o rosário, temos a santa missa, os sacramentais, nossos anjos da guarda e toda a milícia celeste.

Então, colocadas as coisas neste prisma, parece ser a melhor saída enfrentarmos o que vem pela frente munidos de nosso arco e flecha.


fonte: Jefferson Roger
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terça-feira, 30 de outubro de 2018

É o diabo, satanás ou o demônio?

Caros leitores, por que será que nosso inimigo cruel é chamado de várias formas? Já pararam para pensar? Será que existe alguma atribuição quanto ao seu grau de maldade? Será que são entidades diferentes, como se fossem uma paródia da Santíssima Trindade? Como se o diabo, fosse o chefe, satanás seu braço direito e o demônio, uma espécie de capataz?

Bom, vamos por partes, para compreendermos bem a relação do mal com tudo isso. A palavra diabo tem origem no latim e quer dizer “caluniador”, “acusador”.

Satanás tem origem hebraica e quer dizer “adversário”.

Demônio quer dizer anjo caído. Demônios são espíritos malignos também denominados de espíritos imundos. Quanto a expressão “maligno”, designada aos anjos caídos, assim como Lúcifer, quando esta denominação está escrita como “Maligno” refere-se então ao diabo.

Como vemos então, aquele que tentou Jesus no deserto, é o diabo, caluniador, pai da mentira, mas também é o adversário de Deus e de todos que estão com Deus, satanás. Nas palavras do próprio Cristo, ouvimos dizer que ele viu Satanás cair do céu (anjo caído = demônio) como um raio.

São Paulo vai dizer em suas cartas que não é contra a carne e o sangue que é nossa batalha, mas contra os espíritos malignos dispersos pelos ares. Podemos, frente a este ensinamento católico e bíblico, compreendermos que existem os servos do mal (demônios ou espíritos malignos ou imundos) comandados pelo diabo, a antiga serpente do Jardim do Éden. Dessa forma, o que precisa ficar bem nítido para o cristão, é que não importa a natureza do nome, não importa como é denominado aquilo que vai contra nós, como disse Jesus, se não está com ele, está contra ele. Se algo é mal, não está a nosso favor.

Ademais, temos que lutar contra as forças do mal, não importando suas denominações ou atribuições. Na medalha de São Bento o diabo é chamado de dragão e satanás. Na oração de São Miguel nomeia-se o mal por demônio e espíritos malignos. Nos parece, com este pequeno artigo que existe uma simplicidade única nesta batalha e nela não existe meio termo embora o diabo tente se disfarçar de bonzinho. Consciente dessa realidade e cientes da proteção divina, devemos nos esforçar cada dia mais para nos mantermos sob os cuidados daquele que decretou a derrota de Satanás.


fonte: Jefferson Roger
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segunda-feira, 29 de outubro de 2018

As razões somam 17

Números são uma realidade que nos acompanham. Talvez alguns de nós quando crianças, se perguntaram porque estudar matemática na escola. Para que “cargas d’água” aprender tantas coisas que se relacionam com os números. Existe o profissionalismo e as razões acadêmicas e sociais para isso. Em tempos eleitorais, números são temporariamente memorizados; em tempos de olimpíadas, também; quando acontece a copa do mundo e por aí em diante. Números, nos cercam por toda a parte. Que número de sapato você usa? Qual seu número da chamada em sala de aula? Qual seu número de telefone? Número da casa onde mora? Do CEP? E as senhas? Um monte de números não é mesmo! Nossa vida, além de tudo isso e muito mais, tem a regência explicitada a partir dos números. O que dizer da “contagem regressiva” que progride a cada dia? Nascemos e começamos a morrer um pouco a cada dia. O tique-taque dos segundos anuncia constantemente que: o tempo está passando, o tempo está se esgotando.

Se é assim que são as coisas, que tal darmos atenção ao que realmente importa? Já sabemos pela palavra de Deus que Jesus irá julgar cada um pelas obras (Apocalipse 22,12). Podemos achar muito prudente por conta disso, não chegarmos na frente dele no dia do juízo de mãos abanando, vazias, sem termos o que fazer com elas porque não temos obras para apresentar. Em verdade, serão, de certa forma, números que irão expor nossa quantidade de obras.

Então, se as coisas são assim, que tal também não ficarmos enumerando reclamações e passarmos a enumerar razões para vivermos uma vida que agrade a Deus e no fim de nossa peregrinação terrestre possa nos garantir a glória dos céus?

Jesus disse ao jovem rico “siga os mandamentos” – são dez.

Jesus disse que devemos desapegar de tudo se queremos o céu – Lucas 9,23 – uma razão.

Ele disse que devemos perdoar se quisermos o perdão de Deus – mais uma razão.

Também disse que devemos fazer ao outro o que queremos que nos façam.

Disse ainda que devemos ser sal da terra e luz do mundo – outras duas.

Disse para sermos vigilantes e orarmos sem cessar – mais duas.

Estas são algumas razões que, somadas dão 17, mas as coisas não param por aí. A santa palavra de Deus é muito mais do que isso, porém, como podemos atestar, a caminhada rumo à pátria celeste segue os mesmos moldes da resposta de Jesus à Pedro: não são sete vezes, são setenta vezes sete. Da mesma forma não são apenas 17, são setenta vezes 17. O que não faltam são razões para vivermos aquilo que Deus nos pede, Jesus nos ensina e o Espírito Santo nos promove.


fonte: Jefferson Roger
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sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Lanço o bem e não o mal

Utilizando-se da história de ficção e fantasia da Disney de nome Malévola, retiramos para a reflexão desse artigo o teor de uma das mensagens que a personagem viveu e transmitiu aos telespectadores. Fica muito claro para quem assiste ao filme que no transcorrer da história, a bondade e autenticidade da Aurora, seu jeito simples de ser, livre de malefícios, provoca na até então vilã do enredo, um arrependimento pelos seus atos e um desejo de voltar atrás, seguir por outro caminho e abandonar as coisas ruins que praticava. O ponto máximo do filme para essa questão, aconteceu quando Aurora, posta para dormir por Malévola e alvo do feitiço desde seus primeiros meses de vida, por vingança ao que o Rei Estevão fez para ela (para Malévola), está para ser liberada do malefício. Eis que o intento não deu certo.

Eu revogo o feitiço, lanço bem e não o mal, era o que se ouvia Malévola dizer em tom progressivo, porém, não pôde ser desfeito por causa do pré-requisito (um beijo de amor verdadeiro). No entanto, no epílogo do filme, após sua conversão, ela mesma vê nascer dentro de si, um sentimento de amor verdadeiro e o resultado disso tudo todos nós conhecemos.

Alguém notou no teor da mensagem alguma semelhança com a vida e o propósito cristão da caminhada rumo à pátria celeste? Pois bem, que notou, acertou. O cristão, à medida que vai se corrompendo pelo mal, vai se afastando de Deus e se aproximando do mundo (Tiago 4,4). Vai vivendo com o pouco que o mundo lhe oferece embora lhe pareça muito. Engana-se, pois, o que recebe é muito do que? Não percebe o que é, mesmo sentindo que seu coração não é preenchido. E se insiste em mudar, não mudando, não fazendo o que precisa, como a personagem do filme fez, suas tentativas nunca desatolam do banhado dos pecados. Local fétido, não iluminado, completamente afastado da luz que é Jesus.

Se a mudança não vier acompanhada de transformação de nada adianta. Ficamos insistindo em agradar a dois senhores (Deus e o mundo – Deus e nosso umbigo) e patinamos passada a passada num processo muito penoso que dificilmente nos fará alcançar o que precisamos.


Fonte: Jefferson Roger
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quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Vale a pena recordar

Mensagem recebida pelo Padre Stefano Gobbi em 13/05/1979 (aniversário da primeira aparição em Fátima), já falecido em 29/06/2011 com 81 anos, fundador do movimento sacerdotal mariano, que se iniciou depois que a Virgem Santíssima lhe dirigiu uma locução interior em 1972, no Santuário de Fátima em Portugal: ““Vim do Céu para vos revelar o meu desígnio nesta luta que envolve todos, alinhados para o combate às ordens de dois comandantes opostos: a Mulher vestida de sol e o dragão vermelho. Indiquei-vos o caminho a percorrer: é o caminho da oração e da penitência.

Convidei-vos à conversão interior da vossa vida. Preparei-vos também o refúgio para serdes recolhidos, para serdes protegidos e fortalecidos durante a presente tempestade que se tornará ainda maior. O refúgio é o meu Coração Imaculado. Agora anuncio-vos que este é o tempo da batalha decisiva. Nestes anos, eu mesma intervenho, como a Mulher vestida de sol, para levar ao cumprimento o Triunfo do meu Coração Imaculado que já comecei por meio de vós, meus filhos prediletos.

Ser-vos-ão pedidos sofrimentos, mas no meu Coração Imaculado, sereis chamados a saborear também as íntimas alegrias do meu amor materno. As trevas adensar-se-ão, mas se tornará ainda mais forte o raio de luz que parte do meu Coração para vos indicar o caminho. O pecado cobrirá todas as coisas, mas sereis ajudados por mim a revestir-vos da graça divina, que deverá resplandecer cada vez mais em vós para dardes a todos um testemunho de santidade.

Escutai com docilidade e humildade a minha voz. Deixai-vos guiar a cada momento por mim. Este desígnio, que estou cumprindo há anos, no silêncio e no escondimento, em breve se revelará em todo o seu esplendor. Então aparecerá perante toda a Igreja a grande obra-prima do amor do Coração divino e misericordioso do meu Filho Jesus.”

Como podemos ver, caros leitores, o destaque fica para o fato da Virgem Santíssima dizer que esta é uma luta que envolve todos.

Mais claro nem precisa ser. Outrossim, para o alívio dos filhos de Deus, nos acalenta dizendo que combaterá conosco nos indicando o caminho (Jesus, a quem devemos seguir).

Ademais, se Deus quis servir-se de Maria para trazer a este mundo a salvação dos homens, nos concede a graça da “cheia de graça” interceder por nós para que não pereçamos por estarmos em duro combate, penando para nos mantermos no caminho da porta estreita. Jesus é a porta, o bom pastor, o pão vivo que desceu do céu. Apontando para ele, nossa mãe querida segue firme a mando do pai em comunhão com todos aqueles que querem seu auxílio e sabem que o Cristo não iria nos conceder do alto da cruz uma graça, um auxílio qualquer. Aproximar-se de Maria é deixar as escadas e andar de elevador. Ela pode nos ajudar a nos configurarmos ao molde de seu filho, caminho, verdade e vida. Deus Pai quer fazer morada em nós, com o filho e o Espírito Santo, mas a morada significa uma condição advinda da comunhão com Jesus e sua igreja; membros do corpo de Cristo, assim como Maria também o é, não podem querer o céu e excluir alguém. O egoísmo terá endereço certo no final dos tempos.


fonte: Jefferson Roger
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terça-feira, 23 de outubro de 2018

Um, dois, três

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Na vida sempre estamos a passar por muitas coisas; a vida de todos e de cada um consiste num caminhar que, por nossa livre escolha, pode ser um caminho que desce, de vento em polpa, ou que sobe, degrau por degrau. Sempre, nossas escolhas estão permeadas por quesitos, pré-requisitos, pontos de vista, conceitos adquiridos, desejos e anseios. Muitos ingredientes fazem parte de uma receita que pode fazer o bolo “batumar” ou não. Quanto mais se cresce, tornando-se adulto, as coisas de criança e o modo de pensar e agir, acompanham esse crescimento, que não é só físico. Dizemos que através dessas experiências amadurecemos, deixamos etapas para trás e abraçamos as novas responsabilidades. Nessa viagem, o desapego, tão fortemente ensinado por Jesus, nos acompanha durante toda a jornada. E por que, tanto o Cristo quer que sejamos desapegados? Despojados? Parece uma crueldade, mas não é. O despojo e o desapego nos permitem sermos livres, e livres principalmente dos egoísmos. Dessa forma, livres assim, compreendemos porque somos capazes de amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. Não sofremos de apegos a pecados de estimação. Não sofremos por estarmos escravizados por desejos do corpo. Não sofremos porque nossa alma está inquieta, uma vez que o corpo a mantém acoada no fundo da escuridão.

 

 

 

 

 

 

Ao contrário, vivemos uma vida que cheira o perfume de rosas (presença de Maria Santíssima), uma vida que tem o odor da santidade (morada da Trindade Santa em nosso coração), uma vida onde o divino esbarra em nós, nos emociona e lá dentro nos faz perceber que tudo isso que acreditamos, que vem de Deus, não é mentira. É o ponto que não tem mais volta, o ponto em que a cruz onde Jesus esteve pregado por nossa causa, derramando seu sangue, nos atinge fazendo com que também cada um que vive neste vale de lágrimas derrame o seu também. Se não fisicamente, espiritualmente. Não desanimeis jamais embora venham ventos contrários. Com a ajuda de Jesus ainda posso um pouco mais, dizia Santa Gema Galgani, minhas padroeiras. Nosso arqui-inimigo não quer isso para nossas vidas, sua politicagem promete, promete e promete. Agora, no mundo em que vivemos, para ele, é a época de campanha eleitoral.

Depois, no dia do juízo final, na prestação de contas, o tempo sede seu espaço para a eternidade, onde tudo se esclarecerá. Quem fez o que tinha que fazer, ótimo; quem deixou de fazer, dependendo do motivo, como disse Jesus, receberá sua recompensa. A contagem está posta e ela é regressiva e progressiva ao mesmo tempo. Regressiva porque cada dia é um dia a menos para o dia de nossa morte. Progressiva porque a cada dia podemos fazer mais e mais, coisas boas, ou, mais e mais coisas ruins. Não há meio termo, ou santos ou nada, Jesus disse que o meio termo (o morno) ele vomita, pois quem é inimigo de Deus, se faz amigo do mundo – Tiago 4,4. Temos sempre que repensarmos e avaliarmos quem somos, o que estamos fazendo, como estamos agindo. Exame de consciência é uma excelente vacina, nos previne dos remédios amargos que Deus, por amor e para nossa salvação, se preciso irá enviar. fonte: Jefferson Roger

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segunda-feira, 22 de outubro de 2018

E eles? Como ficam?

Se somos egoístas...
Eles que se danem.
Se somos pessimistas...
Eles que se ferrem.
Se somos chatos...
Eles que aguentem.
Se somos impacientes...
Eles que tomem jeito.
Se somos bravos...
Eles que andem na linha.
Agora,
Se eles são egoístas...
Que vão se danar.
Se eles são pessimistas...
Que vão se ferrar.
Se eles são chatos...
Eu é que não vou aguentar.
Se eles são impacientes...
Eu é que não vou suportar.
Se eles são bravos...
Que aprendam a me tolerar.

Como disse Jesus, entre nós não deve ser assim. Ele nos ensinou e nos cobra a dura tarefa de sermos aquele que serve a todos. Pai não é rei, mãe, não é escrava e criada, filhos não são pajens. Família não é grupo de pessoas, não é time, não é amontoado de humanos, não é dupla, trio, quarteto e por aí vai. Família vai além (Gênesis 2,24 – Mateus 19,5). Ninguém fere a própria carne nem faz mal ao seu próprio organismo. Assim é entre os membros de uma família, precisa entre cada um deles, ser impensável praticar alguma forma de mal contra um dos seus (membros da família). O diabo sabe de tudo isso e por esse motivo busca quebrar o elo de ligação (Jesus) entre seus membros. Afaste Jesus Cristo dos corações e dos lares para ver no que dá. Ruína, desgraças, brigas, mentiras e todo tipo de imundícies que não brotam de um coração onde o Espírito Santo faz morada. E então, como fica?


Fonte: Jefferson Roger
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O agora conta para sempre

A boa notícia da morte sacrificial de Cristo e da gloriosa ressurreição tem implicações eternas para o destino de cada ser humano. Sua resposta a essa mensagem, caro leitor, seja em humilde confiança ou em incredulidade desafiadora, será o seu ponto de inflexão entre a felicidade infinita além dos seus sonhos mais ousados e o tormento implacável além dos seus piores pesadelos.

O Deus vivo, soberano sobre cada átomo em seu universo e sobre cada nano segundo da sua história, está dirigindo o cosmos para uma consumação que mostrará a majestade da sua sabedoria, poder, justiça e misericórdia, para cada criatura, em todos os lugares, contemplar. Os céus e a terra atuais, manchados pelo pecado humano e pela maldição em que incorreram, “perecerão” e “serão mudados” (Hebreus 1,11-12), abalados e removidos (Hebreus 12,26-27). Para o primeiro céu e terra, nenhum “lugar” será encontrado, mas em seu lugar um novo céu e uma nova terra aparecerão (Apocalipse 20,11; 21,1).

A promessa é tão antiga quanto a profecia de Isaías: “Pois eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, jamais haverá memória delas” (Isaías 65,17-18; 66,22-23). São Pedro afirma que a justiça habitará os novos céus e a nova terra pelos quais esperamos (2ª Pedro 3,13).

Como descrever os novos céus e a nova terra? Nele, misérias, angústia, luto, dor, morte, nenhum resquício da maldição permanecerá (Apocalipse 21,4; 22,3). Os profetas e os apóstolos forçam a linguagem aos seus limites para oferecer vislumbres das realidades gloriosas além da nossa experiência. Podemos dizer que a ressurreição de Jesus nos mostra o que esperar da ressurreição. Depois que Jesus ressuscitou, ele podia comer e ser tocado (Lucas 24,39-43), de modo que a materialidade do seu corpo nos leva a esperar que o cenário descrito no livro de Apocalipse — as folhas curativas e a fecundidade incessante da árvore da vida, por exemplo (Apocalipse 22,1-5), não é completamente simbólico. Pelo menos podemos dizer que a nossa casa final não é etérea e imaterial, mas uma reafirmação vigorosa do projeto original do Criador, pois ele declarou que o primeiro céu e a primeira terra eram “muito bons” (Gênesis 1,31).

Desta forma vemos que as visões de Apocalipse ressaltam a importância crucial do evangelho a partir de uma perspectiva muito séria. Aqueles cujos nomes não estão no livro do Cordeiro serão julgados por suas próprias ações ao longo da vida. Sem a cobertura do sangue expiatório do Cordeiro, eles serão expostos à justa ira de Deus, condenados e “lançados no lago de fogo”, a segunda morte (20,13-15). Suas almas serão reunidas com os corpos nos quais praticaram a sua rebelião, e nesse lago ardente experimentarão não somente a incessante angústia física, mas também a privação total de alívio mental e espiritual. O próprio Jesus falou desse terrível e eterno destino que aguarda os rebeldes, um lugar “onde não lhes morre o verme, nem o fogo se apaga” (Marcos 9,43-48; Isaías 66,24). Será que a perspectiva de tormentos incessantes — assegurados pela inabalável justiça de Deus — faz nosso seu coração temer? Será que os prazeres vindouros nos novos céus e na nova terra estimulam os anseios do nosso coração? Deveriam. Agora é a hora de confiar no Cordeiro e em seu sangue remidor. O agora realmente conta para sempre.


fonte: traduzido e adaptado de ligonier.org
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quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Jesus disse: "tem olhos e não veem"

Eclesiástico capítulo 09: “Não lances os olhos para uma mulher leviana, para que não caias em suas ciladas. Não detenhas o olhar sobre uma jovem, para que a sua beleza não venha a causar tua ruína. Desvia os olhos da mulher elegante, não fites com insistência uma beleza desconhecida. Toda mulher que se entrega à devassidão é como o esterco que se pisa na estrada.”

Marcos 13,23 – (Disse Jesus) – “Ficai de sobreaviso. Eis que vos preveni de tudo.”

Marcos 13,33 – (Disse Jesus) – “Ficai de sobreaviso, vigiai; porque não sabeis quando será o tempo.”

Como vemos pessoal, não existe desculpa alguma para o cristão que possa justificar alguma atitude de pecado. Ao cristão informado, vemos nas palavras de Jesus, que estamos prevenidos por ele de TUDO!!!

Infelizmente, a boa nova que ele nos traz também atesta duras realidades. Existem aqueles que não querem saber desse comprometimento e desse preço que se deve pagar para ser admitido pelo amor misericordioso do pai na glória eterna. Uma analogia cabe muito bem aqui. Em nossa realidade terrestre, vemos que quando alguém muito quer alguma coisa, empenha-se com verdadeiro vigor para conquistar o seu intento. As pessoas realmente se empenham naquilo que priorizam. Como não priorizam o esforço que, no mínimo deve ser o máximo, para se chegar ao céu, olham para as coisas espirituais e não enxergam suas essências.

A humanidade ao longo dos séculos vai se autodenominando evolutiva, mas não percebe que deixa de lado a simplicidade de Deus em sua palavra tornando-a complicada e injusta. Ademais erra, “porque a palavra de Deus é viva, eficaz, mais penetrante do que uma espada de dois gumes e atinge até a divisão da alma e do corpo, das juntas e medulas, e discerne os pensamentos e intenções do coração. Nenhuma criatura lhe é invisível. Tudo é nu e descoberto aos olhos daquele a quem havemos de prestar contas.” – Hebreus 4,12-13.

Na religião católica vemos na história viva da igreja de Jesus, que é a vida dos santos e santas de Deus, quantos martírios precisaram acontecer, como medida final – luta contra o pecado até o sangue (Hebreus 12,4) – para que Jesus não fosse ofendido pelos pecados cometidos. O preço pessoal da salvação, agora ao alcance de todos, sempre é alto. Não adianta a revolta, a birra ou rebeldia de nossa parte, o preço continuará o mesmo. Então, como disse Santa Catarina de Sena, devemos abraçar nossa cruz para pararmos de padecer. Peçamos a Deus a graça de compreendermos a realidade como ela foi criada e não como ela é pintada pelo diabo.


fonte: Jefferson Roger
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terça-feira, 16 de outubro de 2018

Tementes a Deus? Para quê?

A bíblia diz que o temor a Deus é o início da sabedoria. As pessoas têm medo de Deus, o Deus castigador, as pessoas têm medo de que Deus se afaste delas, as pessoas têm medo de ofender a Deus, as pessoas têm medo de entristece-lo. Todos esses medos de uma certa maneira, possuem raiz no mesmo medo gerado no coração de Adão e Eva quando, desobedecendo a Deus, comeram do fruto proibido:

Gênesis 3,9-10 – “Mas o Senhor Deus chamou o homem, e disse-lhe: “Onde estás?” E ele respondeu: “Ouvi o barulho dos vossos passos no jardim; tive medo, porque estou nu; e ocultei-me.” Como vemos este é o medo da consequência que estava por vir, por causa de alguma coisa errada que foi feita.

Dito e feito, Deus resolveu que a morte fosse integrada a natureza humana. Dali em diante, as coisas ainda iriam piorar, a mácula do pecado impôs ao ser humano uma avaliação que dura a vida inteira. Quem se sair bem e for aprovado, recebe de volta a condição perdida (viver sob a graça de Deus na eternidade); quem for reprovado “cai do cavalo” e além de não receber a condição inicial ainda tem como acréscimo a perdição no fogo eterno feito para o diabo.

Como vemos, existe sim a radicalidade divina. Aprendemos nos dois testamentos bíblicos que Deus é misericordioso, isso precisa ficar bem claro, pois, do contrário, a tentação de se achar que Deus, que não precisava ter-nos criado, já que criou, nos trata como seus brinquedinhos, onde quem seguir seus mandatos e regras irá viver em seu rebanho no céu, e como diz na bíblia, adorando-o e glorificando-o pelos séculos dos séculos. Ou alguém acha que o paraíso será como um parque de diversões? Muito pelo contrário.

Mesmo por aqui, neste vale de lágrimas, não estamos o tempo todo nos divertindo, não estamos o tempo todo fazendo sempre a mesma coisa. Distribuímos dentro do tempo que dispomos nossos afazeres conforme o grau de importância que damos para cada um.

Então, tementes a Deus sim, poderíamos dizer que é questão de vida ou morte. Posta a regra por ele, nossa parte consiste em segui-la. De nada adianta uma atitude contrária. Somos um nada, incapazes de qualquer autonomia. Basta um querer da parte dele e nossa vida se esvai como poeira ao vento. Podemos as vezes nos rebelarmos por conta de desejos e anseios que temos e que não coadunam com as máximas divinas. Se queremos ser salvos e santos, não há outra forma. É preciso reconhecer que ele nos tirou do nada, da não existência e agora nos propõe uma eternidade por conta do seu amor, que é exigente e nos compromete. Ou santos ou nada, se compreendemos seu projeto entendemos porque precisamos teme-lo: isso é uma atitude de resposta para aquele que nos amou primeiro. Alguém que gostamos não queremos magoar, assim deve ser com o Pai Eterno.


fonte: Jefferson Roger
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segunda-feira, 15 de outubro de 2018

E se a peteca cair?

Caros leitores, na situação em que as dificuldades estão afrontando a vida das pessoas, as provações são muitas e incorrem na possibilidade de promover o desânimo nesta ou naquela situação, para tal, quando se deseja incentivar alguém para que não desanime, não esmoreça e não abandone o que esteja fazendo, entre as expressões corriqueiras do bom português, existe o ditado que diz “não deixe a peteca cair”.

Pois bem, vale um pequeno lembrete para os leitores que talvez não conheçam a expressão peteca. Trata-se de um brinquedo, como o mostrado na figura do artigo, confeccionado de material não agressivo e perigoso ao toque que serve para ser jogado de cá para lá, entre duas ou mais pessoas através do contato deste com a mão. Brincar com a peteca exige certa habilidade e destreza porque a força da gravidade mantém a dificuldade da brincadeira; senão houver certa destreza, coordenação e atenção, a peteca irá cair.

Esclarecida a questão do ditado, vamos refletir na consequência do episódio. Mas, e se a peteca cair? Na brincadeira sabemos o que acontece, mas na analogia feita ao ditado como ficam as coisas? Podendo ainda estender a reflexão: e se cair? E se caiu?

A questão segue a mesma da “vaca que vai para o brejo”, tem que desatolar o animal, do contrário ele irá padecer. Na vida a analogia da peteca segue essa linha. Se a peteca cair é preciso juntar a peteca do chão. Traduzindo para termos cristãos, não deixar a peteca cair é se esforçar para caminhar sob a graça de Deus, se a peteca caiu significa a queda por conta da admissão das tentações em nossas vidas. Juntar a peteca significa, cair em si, arrepender-se, voltar-se para Deus, se confessar com firme propósito de emenda de vida e não mais exercer hábitos que conduzem para as ocasiões de pecado e com isso, retornar para o caminho da graça.

Caiu? Levanta! Caiu de novo? Levanta de novo! Não importa o número de quedas, o que importa é que no final da peregrinação o número de vezes que você levantou seja igual ao número de quedas, mais um. Pelo menos. O que isso significa? Significa que quando Deus te chamar você não estará caído na lama do pecado, estará de pé lutando a batalha que te acompanha até a sepultura.


fonte: Jefferson Roger
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quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Todos temos do que reclamar

A palavra reclamar possui dois significados diretos, pode ser “queixar-se” ou “exigir, reivindicar”. Normalmente, porém, mais a utilizamos na forma menos positiva. Eis aí um grande problema, as reclamações, as queixas nunca devem descer, devem subir ou, no mínimo, manter-se no patamar atual. Vamos entender.

Aquele que espreita, rondando como um leão procurando a quem dar o bote tem sua intenção facilitada quando baixamos a guarda e tratamos de anunciar aos quatro ventos nossas insatisfações com alguma coisa. Ele é excelente ouvinte e não perde tempo em organizar tudo ao nosso redor para que o cenário seja propício para a realização de nossos desejos, por mais desenfreados e desregrados que sejam.

Quando acatamos isso, estamos com nossa atitude dizendo: Satanás, pode cuspir e esbofetear mais uma vez Jesus, que promete vida em abundância, mas só me concede abundância de sofrimentos, dificuldades, tribulações e todo tipo de problemas. O problema é que a pessoa não percebe que o diabo cada vez oferece menos e cada vez exige mais; ele sempre usa a pessoa como papel higiênico.

As pessoas reclamam porque se acham injustiçadas, exatamente como está escrito no evangelho quando aqueles que trabalharam apenas uma hora, receberam o mesmo salário que aqueles que trabalharam o dia todo. Sempre é uma questão do “eu”, dos meus interesses. Nem se para e se analisa que existem interesses muito maiores que os nossos, essa falta de visão, que vem de um olhar espiritual que temos que depositar em nossas vidas é o que possibilita compreendermos a “regra” não é nossa, vem de Deus e a salvação que brotou da cruz nos apresenta um preço que se traduz em sofrimentos.

Todo mundo sabe que não é raro as reclamações não surtirem efeito. E a culpa um pouco é nossa. Na bíblia lemos que “o Espírito Santo intercede por nós com gemidos inefáveis porque nem sabemos o que devemos pedir, nem orar como convém.”

O resultado não poderia ser diferente, pedidos o que queremos e não o que precisamos; quem nos dá o que precisamos é Deus, o diabo nos dá o que queremos. Para que Deus nos dê o que queremos, aquilo que queremos precisa estar em conformidade com sua vontade. Lucas 9,23 vai nos dizer que é preciso uma renúncia de nossa parte e isso inclui nossas vontades e na oração do Pai Nosso somos ensinados a pedir que a vontade de Deus seja feita e que ele nos perdoe na medida em que perdoamos. Esses são ensinamentos que são direcionados a filhos pelo pai, se temos o que reclamar, reclamemos para ele (1ºmandamento) e não para seus inimigos e avessos às suas propostas.


fonte: Jefferson Roger
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terça-feira, 9 de outubro de 2018

As formas da tentação

Tentações existem, todo mundo sabe disso; alguns erroneamente a banalizam, assim como banalizam os erros graves (denominados pecados) e os erros menores (pecados veniais). Foi-se o tempo em que não “dar bola” para os pecadinhos não fazia diferença. É a história da mentirinha boa ou boba. Como pode uma mentira ser boa? Não importa seu tamanho, mentira é o oposto da verdade, faz parte da relação bem e mal. A verdade é como a luz, resplandece. A mentira se esconde por trás de tudo para se disfarçar.

Assim como Jesus disse que existem pecados maiores e menores, também os erros possuem dimensões. Alguns são cumulativos (capitais), como as doenças espirituais que somam pecado sobre pecado, escravizam a pessoa através do vício onde seu grau de entrega trará, cedo ou tarde, a ruína da alma.

Isso é algo muito bem sabido pelo diabo, que na sua atuação ordinária (comum) ataca todas as pessoas através de suas tentações. Que fique bem claro que ele não sabe o que se passa dentro de nós, isso cabe pela grandiosíssima graça de Deus, aos nossos anjos da guarda, seres superiores a nós que possuem a missão principal de nos conduzirem até o céu.

Partindo deste ponto logo vamos percebendo o tamanho da “burrada” que fazemos. Deixamos nossos segredos escaparem e ele, que ronda como um leão procurando a quem dar o bote, não perde jamais uma oportunidade de investida. Todos nós, decaídos da graça por conta do pecado original, desobediência gravíssima que gerou consequência para toda a natureza humana, possuímos nossos pontos fracos. Satanás usa, entre tantos meios, a técnica da água mole em pedra dura. Ele nos tenta aqui, depois nos tenta ali e assim de grão em grão vai, como alguém procurando uma rachadura na parede, tentando penetrar em nosso coração.

De duas formas, basicamente falando, se dão as tentações. O diabo nos tenta a fazermos aquilo que não devemos e nos tenta a não fazermos aquilo que devemos.

Na tentação para fazermos aquilo que não devemos ele cria todas as condições facilitadoras para que nossa queda aconteça.

Na tentação para não fazermos aquilo que devemos ele cria todas as condições de empecilho para que deixemos de lado nossas práticas religiosas e boas atitudes.

Em ambos os casos o resultado será o mesmo, o saldo de nossas escolhas irá gerar dividendos que, se não houver o choro amargo do arrependimento durante nossa caminhada rumo à pátria celeste, irá aparecer para depor contra nós no dia do juízo.

Jesus disse à Santa Maria Faustina Kowalska que agora é o tempo da graça e arrependimento, ele terá a eternidade inteira para punir os transgressores. Ou seja, nada vai ficar de graça.


fonte: Jefferson Roger
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segunda-feira, 8 de outubro de 2018

O manto da humildade

“O diabo pode ocultar-se até sob o manto da humildade, mas não sabe vestir o manto da obediência”. Quem disse isso foi Santa Maria Faustina Kowalska, a mensageira da divina misericórdia que em toda a sua vida nos dá o exemplo de como um cristão deve viver próximo de Jesus e dos sacramentos da confissão e eucaristia.

Queres ser humilde? Como fazer, a bíblia tem as respostas, vamos resumir?

Devemos pedir incessantemente a Deus, devemos colocar nosso olhar em Jesus Cristo, modelo incomparável e de excelência em humildade e devemos nos esforçar para imitarmos Maria Santíssima, a Rainha dos Humildes.

Certa vez, durante um exorcismo, o sacerdote perguntou ao espírito que possuía a pessoa, o que ele mais detestava em Nossa Senhora e o diabo respondeu que detestava a humildade. De fato, é a própria Mãe de Deus que diz que o Altíssimo, que fez maravilhas nela, olhou para a “humildade de sua serva”.

“Deus resiste aos soberbos, mas concede a graça aos humildes” – Tiago 4,6. Aprendei de mim, que sou manso e “humilde” de coração, disse Jesus. Como vemos, a santa palavra de Deus nos traz todos os ingredientes necessários para a vitória sobre este mundo. A falta dela, da humildade, nos envenena e nos coloca sobre o risco da van glória e do alto enaltecimento e soberba constantes. Quem não conhece alguém que se comporta como se soubesse de tudo? Não importa o assunto, a pessoa se comporta como se soubesse de tudo e ai de quem discordar dela, arruma encrenca.

Infelizmente quando o coração está maculado com inverdades que caminham na contramão do que Jesus nos ensina, fica muito difícil o Espírito Santo fazer morada, pois não existe a vontade de se viver em comunhão com a trindade. A fé, que vai se apagando porque vai se tornando percentual libera espaço para a sujeirada do mundo e do demônio e com isso, vai embotando a mente e o coração da pessoa, prejudicando seus recursos e sua caminhada que passa a ser um cambaleio sem firmeza alguma.

Quem está de pé, cuide para que não caia, nos alerta São Paulo em sua carta aos Coríntios. Jesus diz que a recaída é sete vezes pior. Como vemos, existe a gravidade acentuada como resultado de más escolhas, precisamos, portanto, nos colocarmos sobre o manto de Nossa Senhora e dentro das Santas Chagas de Jesus e seu Sagrado Coração pois, sozinhos, não temos chance, ficamos desgovernados achando que seguindo a maioria que seguem as modas do mundo, fazemos ótimo negócio aos olhos de Deus. Que engano!


fonte: Jefferson Roger
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Sempre se conhecendo

Gênesis 2,24 – “Por isso o homem deixa o seu pai e sua mãe para se unir à sua mulher; e já não são mais que uma só carne”.

Mateus 19,4-5 – “Respondeu-lhes Jesus: Não lestes que o Criador, no começo, fez o homem e a mulher e disse: Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher; e os dois formarão uma só carne”?

Então, como vemos, para início de conversa, percebemos que a realidade criada por Deus, coloca homem e mulher como um casal, não como uma dupla. Jesus disse “quem me vê, vê o pai, eu e o pai somos um”. É por isso que ele confirma os dizeres do pronunciamento do Gênesis, não pode haver contradição ou desacordos dentro da Trindade Santa.

Somente, através do projeto de Deus, é possível a geração de uma família. Duplas não geram famílias legítimas, geram caricaturas delas. Excetuando-se homem e mulher, que unidos em santo matrimônio, mas impedidos de procriarem por problemas físicos, adotam uma criança, não existe perante Deus outra exceção. Podem gritar aos quatro ventos, a vontade, o pessoal LGBT que, raríssimas vezes, pensam em adotar uma criança, o que mais querem é promover o aborto e dessacralizarem seus corpos. Isso se deve porque a natureza desse pessoal tem propósitos bem distantes daqueles que Deus nos coloca. Atitudes assim, podem comover a opinião pública distorcida (adoção de crianças por duplas homossexuais), mas ficam muito aquém de agradar a Deus. O espanto até pode acontecer, alguém pode pensar: mas se um “casal” de gays, bem-sucedidos, resolvem adotar uma criança que mal existe nisso? Afinal é um ato louvável perante a sociedade acolher um necessitado e dar-lhe abrigo, carinho, conforto e por aí vai.

É Jesus quem responde a isso quando diz que de nada adianta atitudes cristãs idênticas a atitudes pagãs, quem as praticam já receberam suas recompensas. O mesmo Cristo nos ensina que é preciso “fazer isso sem deixar aquilo de lado”, ou seja, o cuidado deve ser com o corpo e a alma. De que adianta ganhar o mundo inteiro se vier a perder a sua alma? O recado está dado pelo próprio redentor. Pessoas assim, que não aceitam o projeto de Deus e, portanto, não estão em “plena” comunhão com ele, não tem condições de ensinarem sobre as verdades que libertam e salvam. Continuando...

Deixando suas primeiras famílias e sobre o testemunho divino começam suas novas famílias, uma caminhada a dois, depois a três, depois a quatro.... que dura o resto da vida. Num processo de contínuas mudanças porque não podemos nunca dizer que conhecemos o cônjuge ou os filhos. As pessoas possuem em sua natureza aspectos evolutivos que estão em constante mudança e por isso viver sob o mesmo teto sempre será uma dura batalha; não é à toa que Deus cumula o casal de bênçãos especiais (sacramento do matrimônio) para possibilitar uma melhor participação nesse convívio diário. Enquanto muitos aspectos são aprendidos e internalizados na relação, tantos outros são mutáveis e tê-los em conta menor muitas vezes é fator determinante para tantos insucessos que abalam as estruturas familiares.


fonte: Jefferson Roger
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sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Testemunhas de Jeová e a Virgem Maria

As Testemunhas de Jeová acusam os católicos de adorar a Maria, o que segundo eles é condenado em Êxodo 20:3: "Não terás outros deuses diante de minha face". A Igreja em resposta nega a alegação. O ensino oficial Católico sempre foi que a adoração pertence somente a Deus. Nenhuma criatura (incluindo Maria) merece adoração. O Credo de Niceia ensina que "Cremos em um só Deus". A doutrina do politeísmo é repudiada. Maria não é uma deusa. Qualquer católico que coloca Maria no mesmo nível que Deus é culpado de violar o Primeiro Mandamento e de pecar. A próxima acusação levantada pelas Testemunhas é de que os católicos violam Êxodo 20.4: "Não farás para ti ídolo, nem figura alguma do que está em cima, nos céus, ou embaixo, sobre a terra, ou nas águas, debaixo da terra." Novamente eles não entendem a visão da Igreja Católica que categoricamente rejeita a adoração de estátuas ou imagens de Maria, dos santos ou mesmo Cristo como idolatria e superstição. Esses objetos não têm poder nem divindade intrínseca a si próprios. Auxílios visuais em devoção ou entendimento bíblico não servem a outro propósito que não o de chamar a mente os personagens que são lembrados. Qualquer um que atribui divindade a estas imagens ou estátuas é culpado do pecado da idolatria. Então o que os católicos realmente dizem sobre Maria? Dizem que Maria deve ser venerada da mesma maneira que Deus a honrou. Lembre-se que o próprio Deus enviou o anjo Gabriel para anunciar que o Senhor estava com ela e que ela havia sido grandemente abençoada e que Deus havia sido benevolente com ela. (Veja São Lucas 1,28-30)

Deus a escolheu para ser a mãe de Seu Filho. As Testemunhas de Jeová deveriam entender que Deus não criou Jesus como humano independentemente e o enviou diretamente a terra. Não, Jesus nasceu da mulher Maria. Maria não é uma simples mulher como as Testemunhas de Jeová admitem. Carregar o Filho de Deus a colocou totalmente em outra categoria. Os católicos também são ensinados a respeitar e estimar Maria por causa de sua fé e obediência. Maria, no verdadeiro sentido da palavra, foi a primeira crente, a primeira Cristã. Em Lucas 1,38 ela respondeu ao anjo que "Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra." Maria disse "sim" a Deus por começar a carregar a Cristo para o mundo. Se Maria não acreditava no Pai, no Filho e no Espírito Santo, quem acreditaria? (Veja São Lucas 1,31-35).

Na mensagem do anjo Gabriel, ela recebeu a Palavra de Deus em seu coração e em seu útero, e deu a Vida (Jesus), para o mundo através do Espírito Santo. Em São Lucas 2,19 e 51 vemos que Maria fielmente ouviu a palavra de Deus e a manteve em seu coração. Bem diferente do que respondeu o incrédulo Zacarias em São Lucas 1,20. O próprio Jesus declarou abençoados aqueles que ouvem a Palavra de Deus e a guardam. (São Marcos 3,35; Lucas 11,27-28). Jesus certamente não estava rebaixando sua mãe nesta passagem, como as Testemunhas de Jeová estão sempre a sugerir.

Maria fez o que Deus queria que ela fizesse; ela ouviu a Palavra de Deus, a entesourou em seu coração e a obedeceu. (São Lucas 1,45) Jesus está realmente dizendo a seus ouvintes para imitar a sua mãe porque ela guardou a Palavra de Deus. Jesus também ensinou a necessidade de desprendimento da família pelo amor de Deus. Mas, por colocar a Deus acima de sua família não pretende ser um sinal de desrespeito. O mesmo Jesus também disse: "Honra a teu pai e a tua mãe." (São Mateus 15,4) Através da intercessão de Maria, Jesus realizou o seu primeiro milagre em Caná (João 2,1-11). As palavras de Maria aos servos aplicam-se a nós até hoje: "Fazei o que Ele (Jesus) vos disser". Aliás, ao abordar sua mãe como "mulher, isto compete a nós?" Não significa "isto não é da sua conta", como acreditam as Testemunhas, mas "não se preocupe, tudo vai dar certo". Isto é o que certamente significava para Jesus para que ele imediatamente fizesse o milagre da transformação de água em vinho a pedido de sua Mãe!

A utilização da palavra "mulher" na antiguidade num grau mais baixo não implicava em qualquer desrespeito - equivale hoje em dia ao termo "Senhora", muito distante do que as Testemunhas de Jeová gostariam que acreditássemos que a expressão significa. Em vez de sempre tentar desvirtuar o papel de Maria e o devido respeito dela, as Testemunhas de Jeová fariam bem em seguir o exemplo da Igreja Católica, que ao longo de séculos tem cumprido as palavras da própria Virgem Santíssima nas Escrituras: "Por isto, desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações". "São Lucas 1,48) Por isso que nós lhe chamamos de Virgem Maria Abençoada (São Lucas 1,30-35). Uma vez que Deus foi a primeiro a honrar Maria, por que seria errado para os cristãos a fazer o mesmo?


Fonte: adaptado do site veritatis
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terça-feira, 2 de outubro de 2018

Temos que consertar

Se pararmos para analisar a evolução comportamental das pessoas, e porque não dizer, nossa própria evolução, iremos perceber que a medida que vivemos a interação que temos com o mundo, as pessoas, os acontecimentos, movida por interesses pessoais, compulsórios ou necessários, vai causando em nossa integridade e personalidade muitas mudanças.

É comum ouvirmos alguém dizer que cresceu e amadureceu, também é comum, infelizmente, ouvirmos alguém falar que aquele sujeito parece criança, só tem idade. Porém, chegamos num ponto que precisamos deixar a meninice de lado e pensar que onde vivemos, este mundo, não é um paraíso:

“O mundo não é um grande arco-íris; é um lugar sujo, um lugar cruel, que não quer saber o quanto você é durão. Vai botar você de joelhos e você vai ficar de joelhos para sempre se você deixar. Você, eu, ninguém vai bater tão forte como a vida, mas não se trata de bater forte. Se trata de quanto você aguenta apanhar e seguir em frente, o quanto você é capaz de aguentar e continuar tentando. É assim que se consegue vencer. Agora se você sabe do teu valor, então vá atrás do que você merece, mas tem que estar preparado para apanhar. E nada de apontar dedos, dizer que você não consegue por causa dele ou dela, ou de quem quer que seja. Só covardes fazem isso e você não é covarde, você é melhor do que isso”.

Reflexões assim, fazem “cair a ficha”, fazem com que nós percebamos que precisamos pensar em tudo com um olhar sobrenatural, até porque, os sofrimentos terrenos não são nada comparados aos sofrimentos eternos. Se reclamamos por aqui, precisamos urgentemente rever conceitos, consertamos pontos de vista e saberes que tínhamos a respeito de coisas que não estão produzindo em nossas vidas o que Deus espera.

Como comunidade que somos, membros do corpo de Cristo, caminhamos unidos rumo à pátria celeste, pois Jesus disse que ele e o pai quer que sejamos um com eles e o Espírito Santo. Muitas vezes quando as coisas não dão certo o problema pode estar em nós mesmos. Problemas, se não forem resolvidos se comportam como nossas sombras, sempre irão dar as caras. Todo mundo já ouviu falar que é preciso cortar o mal pela raiz, ou que a raiz do problema é tal coisa. Pois bem, é bem assim mesmo que funciona, tampar o sol com a peneira ou se agarrar naquilo que se quer ao invés de se agarrar naquilo que se precisa pode fazer toda a diferença quando formos chamados para a prestação de contas perante o justo juiz.


fonte: Jefferson Roger
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segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Ninguém me chamará em vão

Essa foi uma das grandes afirmações que Santa Teresinha do Menino Jesus e da Santa Face disse ainda em vida. De criação católica desde o berço, ainda muito jovem dizia para sua mãe que não via a hora que ela morresse. Espantoso para uma filha dizer isso à sua mãe? Com certeza sim, porém, o viés aqui é puramente católico e, tão bem ensinada pelos pais sobre as verdades celestes, compreendia muito bem os assuntos do paraíso e por isso, queria que sua mãe o quanto antes fosse para lá.

A mesma menina que angustiada esperava seu pai chegar em casa do dia de trabalho para pedir-lhe que a levasse para confessar. Teresinha que dedicou seus vinte e quatro anos, duração total de sua vida à Jesus. Conhecida como a Santa da pequena via, uma moça que queria ser como os grandes santos, mas que tinha consciência de sua pequenez e por isso, contentava-se em oferecer a Deus tudo na medida de suas virtudes. Uma santa de clausura.

Para nós, que contamos com a graça da comunhão dos santos, no meio dessa portentosa armada celestial, eis que surge uma menina moça que nos garantiu, sustentada por sua fé no Cristo que, assim como o Redentor nos disse que estará conosco até o fim dos tempos, também ela não se acovardará quando chamada em nosso auxílio. Da mesma forma, já somos chamados a sermos imitadores de Jesus, atitude dessa pequena santa, devemos também nós sermos presença marcante na vida daqueles que mais precisarem.

Se achamos sermos pequenos e nos acovardamos pensando que não podemos fazer muito pelo próximo, muito nos enganamos, mas muito mesmo.

E esse engano quase beira uma ofensa a Deus, ou no mínimo um desprezo ao que ele nos ensina. Quem pensa assim esquece que está escrito nas santas palavras que “se Deus é por nós, quem será contra nós”. Santo Antão já dizia que a oração é a arma do cristão e nossa Senhora chama seu saltério mariano também pela expressão “arma”, nome que seu devoto Padre Pio usava quando se referia ao Santo Rosário. Diga-se de passagem, também, que o Rosário é um caminho sem volta, quem entra por ele nunca mais irá o abandonar, falo por experiência própria, diária e de muitos anos.

Como vemos, muito importante é aquilo que colocamos nossa dedicação e fortificados pela fé, temos a certeza que não é em vão. Não rezamos em vão, não nos confessamos em vão, não vamos à santa missa em vão, não obedecemos a Deus em vão, não aprendemos lendo a bíblia em vão, pois, se tudo isso for em vão, se Jesus, como disse São Paulo, não morreu crucificado e ressuscitou, vã é a nossa fé e estamos aqui a perder tempo com esse “negócio” chamado religião católica, deixemos de perder tempo com isso e vamos procurar mais o que fazer da vida. Agora, se as coisas são assim, como muitos santos e santas antes de nós já atestaram em vida e após ela, então o que disse Santa Teresinha é o que nos disse e nos diz Jesus todos os dias: Ninguém me chamará em vão.


fonte: Jefferson Roger
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