terça-feira, 9 de outubro de 2018

As formas da tentação

Tentações existem, todo mundo sabe disso; alguns erroneamente a banalizam, assim como banalizam os erros graves (denominados pecados) e os erros menores (pecados veniais). Foi-se o tempo em que não “dar bola” para os pecadinhos não fazia diferença. É a história da mentirinha boa ou boba. Como pode uma mentira ser boa? Não importa seu tamanho, mentira é o oposto da verdade, faz parte da relação bem e mal. A verdade é como a luz, resplandece. A mentira se esconde por trás de tudo para se disfarçar.

Assim como Jesus disse que existem pecados maiores e menores, também os erros possuem dimensões. Alguns são cumulativos (capitais), como as doenças espirituais que somam pecado sobre pecado, escravizam a pessoa através do vício onde seu grau de entrega trará, cedo ou tarde, a ruína da alma.

Isso é algo muito bem sabido pelo diabo, que na sua atuação ordinária (comum) ataca todas as pessoas através de suas tentações. Que fique bem claro que ele não sabe o que se passa dentro de nós, isso cabe pela grandiosíssima graça de Deus, aos nossos anjos da guarda, seres superiores a nós que possuem a missão principal de nos conduzirem até o céu.

Partindo deste ponto logo vamos percebendo o tamanho da “burrada” que fazemos. Deixamos nossos segredos escaparem e ele, que ronda como um leão procurando a quem dar o bote, não perde jamais uma oportunidade de investida. Todos nós, decaídos da graça por conta do pecado original, desobediência gravíssima que gerou consequência para toda a natureza humana, possuímos nossos pontos fracos. Satanás usa, entre tantos meios, a técnica da água mole em pedra dura. Ele nos tenta aqui, depois nos tenta ali e assim de grão em grão vai, como alguém procurando uma rachadura na parede, tentando penetrar em nosso coração.

De duas formas, basicamente falando, se dão as tentações. O diabo nos tenta a fazermos aquilo que não devemos e nos tenta a não fazermos aquilo que devemos.

Na tentação para fazermos aquilo que não devemos ele cria todas as condições facilitadoras para que nossa queda aconteça.

Na tentação para não fazermos aquilo que devemos ele cria todas as condições de empecilho para que deixemos de lado nossas práticas religiosas e boas atitudes.

Em ambos os casos o resultado será o mesmo, o saldo de nossas escolhas irá gerar dividendos que, se não houver o choro amargo do arrependimento durante nossa caminhada rumo à pátria celeste, irá aparecer para depor contra nós no dia do juízo.

Jesus disse à Santa Maria Faustina Kowalska que agora é o tempo da graça e arrependimento, ele terá a eternidade inteira para punir os transgressores. Ou seja, nada vai ficar de graça.


fonte: Jefferson Roger

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